09 setembro 2014

Carta de Mises a Hayek, 1946

Sobre o projecto da Mount Pèlerin Society

OBSERVATIONS ON PROFESSOR HAYEK’S PLAN LUDWIG VON MISES*

 In the last sixty or eighty years in every country eminent citizens have become alarmed about the rising tide of totalitarianism. They wanted to preserve freedom and Western civilization and to organize an ideological and political movement to stop the progress on the road to serfdom. All these endeavors failed utterly; the parties and groups dedicated to their realization very soon disappeared from the public scene. Even their names fell into oblivion. The cause of this lamentable failure was that the founders of these movements could not emancipate themselves from the sway of the very ideas of the foes of liberty. They did not realize that freedom is inextricably linked with the market economy. They endorsed by and large the critical part of the socialist program. They were committed to a middle-of-the-road solution, to interventionism. (...)

All those evils which the interventionists charge to the market economy are the products of allegedly beneficial interference. Credit expansion results in an artificial boom and then in a crash. Minimum wage rates, whether enforced by government decree or by labor union pressure and compulsion, result in mass unemployment prolonged year after year. The pernicious effects of protectionism and inflation are obvious. He who wants to preserve freedom must not parrot-like repeat the catch-words of the totalitarians. (...)

As I understand the plan, it is not the task of this meeting to discuss anew whether or not a government decree or a union dictate has the power to raise the standard of living of the masses. If somebody wants to discuss these problems, there is no need for him to make a pilgrimage to the Mount Pèlerin. He can find in his neighborhood ample opportunity to do so.

December 31, 1946 Ludwig von Mises

3 comentários:

zazie disse...

A "Liberdade" do Mises era outra utopia que em vez de fazer escravos do Estado ,fazia escravos do mercado.

É ler o Max Stirner que topou antes de todos estas contradições libertárias.

"The friends of freedom are exasperated against selfishness because in their religious striving after freedom they cannot - free themselves from that sublime thing"

Anónimo disse...

Ora bem, este tipo de idolatria ideologica assume a sua verdadeira natureza no facto dos idolatrantes nunca revelarem ideias próprias.
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É quase sempre do mesmo. Plasmam-se uma série de textos dos idolos e está resolvido o assunto. Passam por cima das objecções e seguem para bingo imunes a qualquer critica que possa por em causa as ideias dos idolatrados.
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O Joachim comenta as ideias dos outros e, em abono da verdade, diz se concorda ou discorda com elas. Dá a sua opinião sobre as ideias. Não obstante ainda se refugia nos rotulos quando sente necessidade de defesa.
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O PA ultrapassou isso tudo. Conhece as ideias, abana-as, espalha-as virtualmente sobre uma comunidade especifica e vê se elas seriam úteis e beneficas ou não. É como se intuisse se o sapato que está na montra cabe no respectivo pé sem precisar de entrar na loja e submeter-se ao teste da calçadeira.
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Há coisas que um gajo não precisa de experimentar para perceber que não colhe.
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O PA tem intuido então que o socialismo (na verdade, social-democracia, porque socialismo já não existe), bem como o liberalismo são ideias perniciosas para Portugal. E até já tem a prova da calçadeira na manga, mas nem precisava dela.
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Para o CN nunca há dúvidas e provavelmente nunca estará enganado. O sapato da montra se serve a um Austrico vai servir certamente a um Português.
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Uma gestão de stocks desta natureza levaria o patrão à falência em dois tempos. A não ser que comece a perceber que o tamanho médio das patas dos portugueses são dois numeros abaixo da dos austricos.
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Rb

Anónimo disse...

Um técnico foi visitar uma filial da holding onde trabalhava. No dia seguinte recebe no seu telemóvel uma mensagem do chefe com a seguinte palavra: PORRA.
De imediato o técnico respondeu à gerência da holding com um e-mail enviado do seu telemóvel: FODASE.
De regresso a sede em Lisboa foi de imediato chamado à administração onde lhe disseram com ar de poucos amigos:
-Voce tinha a obrigação de saber que estamos em época de contenção de despesas e que o PORRA" queria apenas significar abreviadamente "Por Obséquio Remeter Relatório Atrasado".
O técnico respondeu:
-Sei de tudo isso e é exactamente dentro desse espírito que informei de imediato a gerência que: "Foi Ontem Despachado Amanhã Será Entregue".