28 julho 2014

as moscas mudam...


Mais treta menos treta, não é possível distinguir entre o PS e a coligação PSD/CDS. Após três anos desta última, o País está basicamente na mesma. Na saúde, na educação e na segurança social, que são áreas críticas, não ocorreu qualquer reforma.
É verdade que as contas estão um pouco mais equilibradas, mas não de uma forma estrutural e a economia, claro, continua sufocada. Se o PS tivesse continuado no governo teria feito, mais ou menos, o mesmo. Os impostos teriam sofrido o mesmo “enorme aumento” e a despesa estaria ao mesmo nível. Até porque estamos condicionados pela UE.
Sócrates foi um trágico epifenómeno, na história de um partido que tem revelado sentido de Estado e que, neste capítulo, não fica atrás do PSD. Pelo contrário, os socialistas têm demonstrado mais pejo de se intrometerem na vida privada dos cidadãos.
Não se compreende portanto o ânimo de tantos panditas, bloguers e comentadores, contra António Costa. Veja-se, por exemplo, a questão do aumento do salário mínimo que César das Neves considera criminosa: António Costa quer aumentá-lo e o governo também, embora possa haver uns trocos de diferença.
Assim sendo, a que se devem os “tiros ao Costa”? Procurarei responder a esta pergunta em futuros posts.

2 comentários:

Euro2cent disse...

Ena, isto é que é pensamento independente - as canetas japonesas estão a dar resultado ;-)

Piadas à parte, concordo totalmente com a primeira parte - é tudo farinha do mesmo saco - mas não me tinha ocorrido vislumbrar laivos de bondade na coroação do camarada Tosta.

Mas também é verdade que anda dificil vislumbrar laivos de bondade no quer que seja neste pântano brumoso. Se calhar é por andar por Lisboa - parece que, estranhamente, a cultura não remenda buracos nem limpa paredes.

Esperam-se ansiosamente os próximos capítulos desta epifania.

Anónimo disse...

Joaquim,
Não dá para mudar o template e ter os textos a preto em vez de cinza deslavado?... Agora com o Sol torna-se difícil a leitura.
Um abraço,
Zeze