Temos uma língua maravilhosa, uma das mais expressivas do mundo. Quando você quer falar de mecânica ou de parafusos ou máquinas, fala em inglês e em alemão, mas se quer falar de sentimentos tem o português, o italiano e o francês.
Rentes de Carvalho
11 comentários:
Inglês de facto é horrível para exprimir qualquer tipo de emoções ou sentimentos. Sequíssimo.
"I speak Spanish to God, Italian to Women, French to Men, and German to my Horse."
http://en.wikiquote.org/wiki/Charles_V,_Holy_Roman_Emperor
> Sequíssimo.
Depende do artista. Os ingleses do século XVII (Shakespeare e amigos) fizeram bom trabalho na Biblia KJV, nomeadamente Eclesiastes, Salmos e Apocalipse.
Fizeram também disto:
"My vegetable love should grow
Vaster than empires, and more slow;
...
Thus, though we cannot make our sun
Stand still, yet we will make him run."
(Andrew Marvell http://en.wikipedia.org/wiki/To_His_Coy_Mistress )
Efetivamente uma frase que reflete bem o caráter sentimental e a influência das humanidades nas línguas latinas... e o vazio que o português deixou acontecer na linguagem técnica.
Incrível também o facto de que se traduzisse literalmente muitos dos termos técnicos em inglês os homens de ciências pareceriam com uma linguagem ridícula ou mesmo de trapos, embora também fosse conveniente encontrar soluções equilibradas que não se radicassem tanto em latim e grego de forma culta.
Pedro Sá ,deve haver por aí alguma falta de atenção ...
Foi a falar de porcas(?) e parafusos que os alemães produziram o acervo literário e filosófico que por lá têm... Calhou-nos o Saramago e o acordo ortográfico, para melhor expressarmos nossos sentimentos!… -- JRF
Boa, Euro2Cent. O Fellini uma vez fez uma variação da citação do Carlos V
http://www.youtube.com/watch?v=hX0kCtuSDWQ
> os alemães produziram o acervo literário e filosófico que por lá têm
Têm um bocado tendência a desembestar por ali fora, embriagados com a própria linguagem. Que, como se diz de outras coisas, "is a good servant but a poor master".
Começa-se por umas Biblias traduzidas e umas teses de Lutero, depois vai-se da "ding an sich" ao "dasein", daí julga-se que os fins justificam os meios, e a coisa dá para o torto pela medida grande.
(Já agora, a 'boutade' do cavalo que pus acima está trocada por miúdos no texto do wikiquote; como de costume, não foi aquilo que Carlos V disse - não havia cavalo - mas "lingua minax, aspera sit ac vehemens" é mais complicado.)
Já fiz chichi nas calças, caí de cu e parti o cóccix de tanto rir.
É isso tudo… E também foi o Gutenberg que inventou uma maquineta para dar à estampa todos esse livros italianos, franceses e mais ou menos portugueses que agora se usam, floribundos de sentimento. O génio alemão é como o Constantino, já vem de longe…
PS: Um tipo que fala espanhol para Deus, não é bom pai de família. -- JRF
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