Durante demasiado tempo não entendi o despudor
com que o fisco, em Portugal, esmifra os contribuintes. Um mínimo de bom-senso
limitaria o esbulho, com a mesma dedicação que o feliz proprietário de uma
galinha dos ovos de ouro trata a poedeira de tal tesouro.
Finalmente a verdade zumbiu-me aos ouvidos, no dia em que o CEO do BPI fez questão de “pôr” mais uma das suas pérolas, afirmando (por outras palavras) que o governo do PSD/CDS era mais vermelho que a bandeira do PCP no tempo do PREC, quando esta fulgia ao Sol de Moscovo.
A explicação é de uma simplicidade
perturbante: a maior parte dos nossos políticos e governantes tem uma visão
marxista da economia e acredita que todo o lucro resulta do roubo – da exploração
do homem pelo homem. Assim sendo, extorquir as pessoas que criam riqueza para o
País é tão desculpável como roubar um ladrão. Ora, quem é que se dispõe a lidar
com um ladrão com diplomacia e salamaleques?
- Passa mas é pra cá o nosso e cala a boca –
parece a atitude predominante. E se a minha interpretação estiver correta, até
que é bem ajustada a quem pensa que está a lidar com ladrões.
2 comentários:
Pois, fala da sua experiência na banca e do que mais por ali vai vendo.
Então não tem havido, da parte do governo, uma generosa atribuição de capital pela banca em dificuldades?
Do BCP ao BPI entre outros?
Teria sido assim no capitalismo USA?
BCP, era BPN.
Mensagem ao Sr Aguenta.
O António Maria
«Os bancos são desnecessários, e em breve todos perceberemos, a começar pelos banqueiros retardatários, que quem oferecer serviços financeiros transparentes, como hoje ocorre no setor da comunicação entre pessoas, comunidades e organizações, e o fizer à escala planetária dos Google, Facebook, Paypal, e-Bay, Kickstarter, etc., encostará paulatinamente os bancos tradicionais às boxes.
Em 1994 mostrei a Francisco Pinto Balsemão o que iria suceder à imprensa. Hoje, pela tecla inteligente de Charles Hugh Smith, fica o aviso sobre o fim dos bancos e dos banqueiros que conhecemos desde a Florença do século XV até à Wall Street de 2008.
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