20 fevereiro 2014

um bando de ladrões


Durante demasiado tempo não entendi o despudor com que o fisco, em Portugal, esmifra os contribuintes. Um mínimo de bom-senso limitaria o esbulho, com a mesma dedicação que o feliz proprietário de uma galinha dos ovos de ouro trata a poedeira de tal tesouro.
A explicação é de uma simplicidade perturbante: a maior parte dos nossos políticos e governantes tem uma visão marxista da economia e acredita que todo o lucro resulta do roubo – da exploração do homem pelo homem. Assim sendo, extorquir as pessoas que criam riqueza para o País é tão desculpável como roubar um ladrão. Ora, quem é que se dispõe a lidar com um ladrão com diplomacia e salamaleques?
- Passa mas é pra cá o nosso e cala a boca – parece a atitude predominante. E se a minha interpretação estiver correta, até que é bem ajustada a quem pensa que está a lidar com ladrões.

2 comentários:

Bmonteiro disse...

Pois, fala da sua experiência na banca e do que mais por ali vai vendo.
Então não tem havido, da parte do governo, uma generosa atribuição de capital pela banca em dificuldades?
Do BCP ao BPI entre outros?
Teria sido assim no capitalismo USA?

Bmonteiro disse...

BCP, era BPN.
Mensagem ao Sr Aguenta.
O António Maria
«Os bancos são desnecessários, e em breve todos perceberemos, a começar pelos banqueiros retardatários, que quem oferecer serviços financeiros transparentes, como hoje ocorre no setor da comunicação entre pessoas, comunidades e organizações, e o fizer à escala planetária dos Google, Facebook, Paypal, e-Bay, Kickstarter, etc., encostará paulatinamente os bancos tradicionais às boxes.

Em 1994 mostrei a Francisco Pinto Balsemão o que iria suceder à imprensa. Hoje, pela tecla inteligente de Charles Hugh Smith, fica o aviso sobre o fim dos bancos e dos banqueiros que conhecemos desde a Florença do século XV até à Wall Street de 2008.