13 fevereiro 2014

não têm sentido de humor


A é A e não ~A
A lógica é a ferramenta da inteligência. Começa com a identificação: A é A e o reconhecimento de que não é ~A (a negação de A). Algo não pode ser o que é e o seu contrário.
Trata-se de um princípio elementar mas que não está ao alcance de todos. Os indivíduos com QI próximo da temperatura ambiente, em graus Fahrenheit, não caracterizam a realidade do modo necessário e, portanto, acabam por confundir o que quer que seja com o seu contrário.
A partir daqui, qualquer abstração torna-se impossível e é por isso que o burro nunca generaliza, concretiza. Não abstrai, materializa.
O que é um pobre? A pessoa inteligente procurará caracterizar o “pobre”. A vítima de pobreza absoluta, o pobre estatístico (menos de 60% do rendimento médio) ou até o pobre de espírito. O burro baralha tudo e, quando fala dos pobrezinhos, ninguém sabe do que está a falar.
Se confrontarmos o burro com as dúvidas que o seu “discurso” levanta, o burro sofre uma metamorfose e transforma-se numa besta. Surgem as afrontas e as ameaças. O burro sabe que é impossível insultar uma pessoa mais inteligente, apenas dispara em todas as direções, para esconder a sua monumental ignorância.
Não adianta pedir ao burro recato e estudo. Tal é “muita areia para a sua carruagem”. Pensem nesta impossibilidade como um défice de memória num computador, é assim.
Como pessoa inteligente, tenho imensa paciência com a burrice. Aos meus olhos clínicos, o burro é um deficiente e as deficiências pedem compaixão. Só há uma características dos burros que me enerva, a falta de sentido de humor.
Como não consegue caracterizar a realidade, o burro também não consegue perceber as associações subtis. Faz uma leitura literal do que vê e ouve, criando situações patéticas.
Costumo libertar-me dessas situações dizendo qualquer coisa enigmática que deixe o burro a pensar, a pensar, e a pensar....
- Olhe, – digo – o que tem de ser pode muito – e vou à vida.

13 comentários:

Anónimo disse...

O meu amigo Roldão era um homem muito inteligente. Talhante e traficante contrabandeava salsichas pela porta traseira.

Anónimo disse...

Joaquim no post anterior:
"a inteligência é um bem escasso"...
"É um ativo precioso, mas escasso"

Caro Joaquim,

Neste aspecto discordo profundamente da sua análise. A inteligência é a matéria prima mais bem distribuída no Mundo.

Leia o que diz Descartes sobre o assunto logo no inicio do "Discours":
Le bon sens est la chose du monde la mieux partagée : car chacun pense en être si bien pourvu que ceux même qui sont les plus difficiles à contenter en toute autre chose n’ont point coutume d’en désirer plus qu’ils en ont. En quoi il n’est pas invraisemblable que tous se trompent ; mais plutôt cela témoigne que la puissance de bien juger, et distinguer le vrai d’avec le faux, qui est proprement ce qu’on nomme le bon sens ou la raison, est naturellement égale en tous les hommes"

D. Costa

Anónimo disse...

Caro Joaquim,

Não me esqueci do assunto sobre o comunismo na Coreia do Norte.
Eu o Joaquim e o povo seriamos felizes nesse regime (não necessariamente nesta ordem).

Mas o tempo, tal como o dinheiro, tem sido escasso.
Como pode imaginar o lazer é um privilégio de ricos, mas necessitamos de lazer para defender o comunismo - racionalmente defendido entenda-se.

Prometo voltar em breve.
Saudações revolucionárias.

D. Costa

joserui disse...

Volte sempre caro D. Costa. -- JRF

Vivendi disse...

Anda tudo muito crispado por aqui...

Vamos lá desanuviar o ambiente e nos preocupar com aquilo que realmente devemos...

http://viriatosdaeconomia.blogspot.com/2014/02/e-nosso-dever.html


Por favor Joaquim faça chegar este link ao PA. Obrigado.

Anónimo disse...

Caro D. Costa,

Conheço essa afirmação do Descartes, mas não concordo.
O bom senso não é a mesma coisa que a inteligência, como se pode demonstrar pelas pessoas altamente inteligentes e desprovidas de qualquer ponta de bom senso.

Joaquim

Anónimo disse...

Foram ao cu da filha e o homem ficou desorientado. Tem lógica.

zazie disse...

Olha, desta vez até o Birgolino soube traduzir o Descartes e mostrar ao toninho do D. Costa que não basta falar-se francês para se perceber o sentido das palavras.

tric disse...

este post fez me recordar a esquerda chique...chama burro aos outros para parecer inteligente...liberalismos...

Anónimo disse...

Quem é esse tal de D. Costa?

É alguém?

Anónimo disse...

http://viriatosdaeconomia.blogspot.com/2014/02/e-nosso-dever.html

Estive a ver. Tirando a foto de uma menina não tem lá nada.

Se calhar os romanos passaram e levaram o conteúdo, para mostrar ao césar.

D. Costa

Anónimo disse...

EStive a pensar se este artigo me era dirigido.

Concluí que não, pois eu sou muito inteligente.

D. Costa

Anónimo disse...

Caro D. Costa,

Eu não faço ataques ad hominem, nem tenho nada contra si

Joaquim