A é A e não ~A
A lógica é a ferramenta da inteligência.
Começa com a identificação: A é A e o reconhecimento de que não é ~A (a negação
de A). Algo não pode ser o que é e o seu contrário.
Trata-se de um princípio elementar mas que não
está ao alcance de todos. Os indivíduos com QI próximo da temperatura ambiente,
em graus Fahrenheit, não caracterizam a realidade do modo necessário e,
portanto, acabam por confundir o que quer que seja com o seu contrário.
A partir daqui, qualquer abstração torna-se
impossível e é por isso que o burro nunca generaliza, concretiza. Não abstrai,
materializa.
O que é um pobre? A pessoa inteligente
procurará caracterizar o “pobre”. A vítima de pobreza absoluta, o pobre estatístico
(menos de 60% do rendimento médio) ou até o pobre de espírito. O burro baralha
tudo e, quando fala dos pobrezinhos, ninguém sabe do que está a falar.
Se confrontarmos o burro com as dúvidas que o
seu “discurso” levanta, o burro sofre uma metamorfose e transforma-se numa
besta. Surgem as afrontas e as ameaças. O burro sabe que é impossível insultar
uma pessoa mais inteligente, apenas dispara em todas as direções, para esconder
a sua monumental ignorância.
Não adianta pedir ao burro recato e estudo.
Tal é “muita areia para a sua carruagem”. Pensem nesta impossibilidade como um
défice de memória num computador, é assim.
Como pessoa inteligente, tenho imensa
paciência com a burrice. Aos meus olhos clínicos, o burro é um deficiente e as
deficiências pedem compaixão. Só há uma características dos burros que me
enerva, a falta de sentido de humor.
Como não consegue caracterizar a realidade, o
burro também não consegue perceber as associações subtis. Faz uma leitura literal
do que vê e ouve, criando situações patéticas.
Costumo libertar-me dessas situações dizendo
qualquer coisa enigmática que deixe o burro a pensar, a pensar, e a pensar....
- Olhe, – digo – o que tem de ser pode muito – e vou à
vida.
13 comentários:
O meu amigo Roldão era um homem muito inteligente. Talhante e traficante contrabandeava salsichas pela porta traseira.
Joaquim no post anterior:
"a inteligência é um bem escasso"...
"É um ativo precioso, mas escasso"
Caro Joaquim,
Neste aspecto discordo profundamente da sua análise. A inteligência é a matéria prima mais bem distribuída no Mundo.
Leia o que diz Descartes sobre o assunto logo no inicio do "Discours":
Le bon sens est la chose du monde la mieux partagée : car chacun pense en être si bien pourvu que ceux même qui sont les plus difficiles à contenter en toute autre chose n’ont point coutume d’en désirer plus qu’ils en ont. En quoi il n’est pas invraisemblable que tous se trompent ; mais plutôt cela témoigne que la puissance de bien juger, et distinguer le vrai d’avec le faux, qui est proprement ce qu’on nomme le bon sens ou la raison, est naturellement égale en tous les hommes"
D. Costa
Caro Joaquim,
Não me esqueci do assunto sobre o comunismo na Coreia do Norte.
Eu o Joaquim e o povo seriamos felizes nesse regime (não necessariamente nesta ordem).
Mas o tempo, tal como o dinheiro, tem sido escasso.
Como pode imaginar o lazer é um privilégio de ricos, mas necessitamos de lazer para defender o comunismo - racionalmente defendido entenda-se.
Prometo voltar em breve.
Saudações revolucionárias.
D. Costa
Volte sempre caro D. Costa. -- JRF
Anda tudo muito crispado por aqui...
Vamos lá desanuviar o ambiente e nos preocupar com aquilo que realmente devemos...
http://viriatosdaeconomia.blogspot.com/2014/02/e-nosso-dever.html
Por favor Joaquim faça chegar este link ao PA. Obrigado.
Caro D. Costa,
Conheço essa afirmação do Descartes, mas não concordo.
O bom senso não é a mesma coisa que a inteligência, como se pode demonstrar pelas pessoas altamente inteligentes e desprovidas de qualquer ponta de bom senso.
Joaquim
Foram ao cu da filha e o homem ficou desorientado. Tem lógica.
Olha, desta vez até o Birgolino soube traduzir o Descartes e mostrar ao toninho do D. Costa que não basta falar-se francês para se perceber o sentido das palavras.
este post fez me recordar a esquerda chique...chama burro aos outros para parecer inteligente...liberalismos...
Quem é esse tal de D. Costa?
É alguém?
http://viriatosdaeconomia.blogspot.com/2014/02/e-nosso-dever.html
Estive a ver. Tirando a foto de uma menina não tem lá nada.
Se calhar os romanos passaram e levaram o conteúdo, para mostrar ao césar.
D. Costa
EStive a pensar se este artigo me era dirigido.
Concluí que não, pois eu sou muito inteligente.
D. Costa
Caro D. Costa,
Eu não faço ataques ad hominem, nem tenho nada contra si
Joaquim
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