04 dezembro 2013

a termodinâmica e a ética


Se o propósito da vida é reduzir um gradiente termodinâmico, entre o Sol e a Terra (vamos falar do que nos diz respeito), qual será o comportamento humano que melhor realiza este fim?
A resposta a esta pergunta pode estabelecer as bases de uma ética fundada na física e, em última análise, na matemática – a linguagem que Deus usou para criar o Universo (Einstein).
Deve ser um comportamento que aumente a massa de cada indivíduo - aumentando a negentropia -, que aumenta o número de indivíduos  vivos à face da Terra, multiplicando a concentração de negentropia/ capita e ainda que garanta um equilíbrio entre nós e meio ambiente, de tal modo que possamos continuar a contribuir para reduzir o referido gradiente “indefinidamente”.
Numa linguagem diferente, é o mesmo que dizer: ‹‹crescei e multiplicai-vos››. E, digo eu, ‹‹respeitai o meio ambiente›› porque dele depende a sobrevivência da vida na Terra.
É muito interessante, mas desconfio que não poderia ser de outro modo, que uma ética alicerçada na termodinâmica, vá ao encontro de “mandamentos divinos”. Não poderia ser de outro modo porque se esses mandamentos, ou tradição, contribuíssem para um aumento da entropia já nos teríamos extinguido há muito.

4 comentários:

marina disse...

benuron é bom para combater febre ...

é que fiquei sem perceber pq os da meterologia fisica passam a vida a falar de oceanos e atmosfera. por esse caminha o Joaquim não tarda diz que o aquecimento global é antropogénico :)

Unknown disse...

Caro Joaquim,

se me permite, deixo-lhe aqui uma comentário: a termodinâmica é dos assuntos mais fascinantes e profundos da ciência moderna. Desde logo porque, partindo de postulados, sustenta toda a interpretação do real que qualquer cientista faça ou queira fazer. No entanto, é dos tópicos menos compreendidos e estudados, razão pela qual se abuse dela até dizer chega. Um pouco como a religião. Assim sendo, vejo que em alguns dos posts que tem deixado aqui surgem erros científicos. No post da "negentropia", por exemplo, afirma-se que energia e entropia - se bem percebi - são inversamente proporcionais, o que é falso. Deixo ficar aqui dois clássicos na matéria, verdadeiras pérolas:

"Thermodynamics and the Kinetic Theory of Gases", Wolfgang Pauli

"Thermodynamics and an Introduction to Thermostatistics", Herbert Callen

Noutra linha: já ouviu falar na Econophysics? Bull - em estrangeiro - IMHO!

Os meus cmpts,

Nelson Marques

marina disse...

tão engraçado , o Joaquim com a termodinamica também repudiara o capitalismo !
oh para este bocadinho entrópico :

"O ser humano começou libertar muita energia muito entrópica que demorou anos ao nosso planeta a organizá-la com a ajuda da energia solar (de lembrar que o carvão e petróleo vêm de matéria orgânica formada pela vida vegetal).

Este consumo excessivo de recursos naturais é claramente impossível a longo prazo. A terra demora milhares, milhões, de anos a fazer combustíveis fósseis que nós destruímos em séculos (cerca de 2 ou 3), como é que isto pode ser sustentável?

O ser humano, guiado pelo ímpeto da acumulação de capital, criou uma besta capaz de matar o dono: uma economia de produção cujos paradigmas são insustentáveis em qualquer mundo.

Posto isto tudo, parece-me um pouco óbvio que a industrialização frenética promovida pelo capitalismo é, per si, um sinónimo de insustantiblidade ambiental.

Como esta industriali.....!

Anónimo disse...

Caro Nelson Marques,

Obrigado pelas referências. No meu post negentropia, não afirmo que energia e entropia sejam inversamente proporcionais. O que afirmo é que ao retirarmos energia do meio ambiente contribuímos para aumentar a sua entropia.
Estou a usar conceitos expressos por Schrodinger no seu ensaio What's Life.
Deixei aqui um link para esse documento.

Joaquim