04 dezembro 2013

uma ética matemática

Pode parecer extravagante que se afirme a possibilidade de uma ética matemática, mas se ‹‹a matemática foi a linguagem que Deus utilizou na criação do Universo›› e o Bem corresponde à realização da Sua vontade, é evidente que a possibilidade de equacionar a ética em termos matemáticos é uma possibilidade real.
Negá-lo seria negar a existência de Ordem e de Leis universais. Seria Negá-Lo.

4 comentários:

Euro2cent disse...

Descartes, Leibniz, Espinoza, Marx, Wittgenstein, Godel. Não funciona.

A Zazie depois explica-lhe ;-).

Francisco disse...

A matemática, ou na sua versão mais generalizada, a lógica, não é mais do que um conjunto de linguagens com características específicas: cada símbolo tem um único significado pre-definido axiomaticamente. Digo linguagens no plural porque a matemática (e a lógica por arrasto) não tem uma matriz comum que unifica todos os seus ramos num único conjunto de axiomas. Esta unificação era o projecto de Bertrand Russel (Principia Mathematica), que não só falhou como foi demonstrado por Godel que tem problemas irreconciliáveis.

Sendo assim existem problemas extremamente complicados para quem quiser fundar a ética na matemática.

Em 1º lugar é diferente (1) tentar usar a matemática para fundar princípios éticos, ou (2) usar a matemática para extrair conclusões sobre princíos éticos previamente establecidos de outra forma (e. g. utilitarismo).

Na 2ª hipótese a matemática é só usada como ferramenta. Não é a matemática que define os princípios, e portanto não resolve absolutamente nada. Princípios idiotas levam a matemática a produzir conclusões idiotas (e. g. utilitarismo). A parte relevante da ética continua a ser a boa velha da filosofia.

Se for a 1º hipótese que o Joaquim se está a referir neste post, então sim a matemática é parte constituinte da ética, mas os problemas são tão grandes que é difícil antever alguma teoria que não seja idiota (pelo menos eu). Para já "bem/mal" não são coisas que alguma vez se definiram no sentido matemático e portanto incluí-los numa linguagem matemática parece uma tarefa absurda (a linguagem corrente não é formalmente matemática ou lógica, longe disso). E depois o Joaquim teria que escolher qual sistema matemático que pretende utilizar, porque vários têm axiomas irreconciliáveis e não há nenhuma maneira conhecida de saber quais são os "melhores".

Espero que esta longa deambulação tenha feito um mínimo de sentido.

zazie disse...

Não explico. Gosto de ver os maluquinhos entretidos.

":OP

Euro2cent disse...

Está bem, pronto, uma ponta de crueldade é, sempre foi, pregorrativa feminina.

;-)

(Camaradas, metam aqueles nomes nos googles e leiam uns resumos. Esta treta não foi só Aristóteles, Kant e Ayn Rand.)