28 novembro 2013

rendidos à entropia

Maioria das mulheres não tenciona ter mais filhos

A massa biológica de seres humanos representa, em termos físicos, um elevado estado de organização molecular que requer energia para se formar e manter. Ao recusar reproduzirem-se, os portugueses "atiram a toalha ao chão", por assim dizer. Cedem à entropia, aceitam a desorganização, o regresso à matéria bruta, "ao pó".

É muito claro, da leitura do artigo "linkado", que as principais causas desta recusa reprodutiva são de natureza económica; muito bem. Contudo, não devemos esquecer que foram os portugueses que, colectivamente, deixaram criar as condições sociais e políticas que determinaram o colapso económico.

Foi a pulsão da morte, Thanatos, que nos arrastou para a desorganização, para um aumento da entropia. Thanatos é um demónio que Deus criou para desafiar a nossa sede de eternidade. Obviamente, neste momento, os portugueses pensam pouco na eternidade, se é que pensam. Se o fizessem escutariam Deus:
- Crescei e multiplicai-vos.
E saberiam criar as condições sociais para tal. Mas a maioria não vê a luz, envolta que está no manto da morte. Como sociedade, parece que perdemos a "vontade de viver" (the will to live). Rendemo-nos à entropia.

6 comentários:

zazie disse...

Ao menos toma os remédios.

zazie disse...

E aproveita e tira também a temperatura, que isto só pde ser esquentamento na moleirinha.


":OP

marina disse...

não perceber que a renovação continua e cíclica da natureza implica que velho tenha de morrer para novo nascer terá a ver com quê? medo ? é que a morte não é castigo nenhum de Deus , é o fim de um ciclo e o começo de outro.

Anónimo disse...

Marina,

Há mais pessoas a morrer do que a nascer. Topa?

marina disse...

topo :) efeito secundário da ansia de imortalidade do corpo da modernidade : novo não nasce . ou então qualquer coisa da etobiologia do género animais em cativeiro tendem a não se reproduzir :)

Anónimo disse...

Para lá da generalidade das mulheres não desejar ter tantos filhos quantos a natureza permite, há ainda que considerar o efeito comulativo de todas as obrigações, proibições, expectativas e deveres com que levianamete têm sobrecarregado a maternidade/parentalidade.

É um bocado como os impostos ou o atrito: a partir de certo nível, a coisa (economia, movimento) pára. Com tanto dever, risco, proibição, alarme e cuidados ter filhos tornou-se quase sobre-humano... desde não fumar e beber, às cadeirinhas por tudo e por nada até serem adultos, até entrar na casa das pessoas ou retirar filhos "para o seu bem", ao dever de increve-los em colégios xpto, proteger de pedofilos e drogas e um sem fim de entraves que fazem com que se pense 3 vezes, antes... até desistir