25 novembro 2013

autoridade


Com a invasão nas últimas décadas das ideias protestantes caíram vários valores que são caros à cultura portuguesa. Um deles foi o da autoridade. Os professores perderam autoridade, os padres também, ainda os médicos, os juízes e os militares. Até o pai perdeu autoridade em casa.

A autoridade é, em primeiro lugar, um valor feminino, embora, por vezes, na aparência, pareça ser uma valor masculino porque as formas mais visíveis de autoridade são exercidas por homens.

O meu propósito neste post é duplo. Primeiro, salientar que foi a desvalorização da mulher, típica da cultura protestante que invadiu o país nas últimas décadas,  que deitou atrás de si por terra o valor da autoridade. Não existe autoridade sem mulher. E, pelo caminho, desfazer a ideia errada de que a autoridade, sendo frequentemente protagonizada por homens, é um valor masculino. Num mundo sem mulheres, ou onde as mulheres não contam para nada, não existe autoridade nenhuma - como agora em Portugal.

A primeira forma de autoridade natural é a autoridade da mãe. É uma autoridade intrínseca à mulher, já que o filho lhe sai das entranhas. E o homem, o pai, como é que ganha autoridade? Através de um milhão de frases repetidas, ao longo da vida, e especialmente nos primeiros anos de vida, pela mãe ao filho, como estas: "Se te portas mal, digo ao teu pai"; "Para fazeres isso, tens de pedir ao teu pai". Sem esta intermediação da mãe, o filho nunca reconheceria autoridade de pai àquele homem, na realidade ele nunca o reconheceria sequer como pai. O pai só tem autoridade porque é a mãe que lha dá.  

1 comentário:

Anónimo disse...

Verdade, verdadinha. Mas como é que eu nunca tinha pensado nisto.