22 novembro 2013

as explicações psicológicas-sociais sobre as bolhas

Imaginemos que os pais de 2 ou 3 filhos adolescentes começam a passar os fins de semana todos fora, deixando a casa apetrechada de boa aparelhagem de música, comes e muita e variada, cerveja, gin, vinho espalhado pela casa e quando chegam nunca fazem perguntas nem protestam com desarrumação. E isto de forma persistente e continuada.

Podem imaginar onde isto poderia acabar?

Agora imaginem o sistema económico de produção de bens reais, uns de investimento a médio e longo prazo e outros de bens de consumo imediato. E uma moeda de troca, utilizada para crédito por transferência da sua posse, que sem intervencionismo tenderia a ser ortodoxa, livremente escolhida e usada, mas cujas elites académicas, políticas e financeiras dizem ser melhor uma moeda elástica por decreto, de produção instantânea para conceder e expandir o crédito e moeda a custo 0, aparentemente libertando a economia da necessidade de um novo crédito necessitar da abstenção de consumo por um terceiro (poupança).

Podem imaginar onde isto acabaria?

3 comentários:

Anónimo disse...

CN,
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Vamos ver, vc (e os Austriacos) está a ver mal a questao.
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Imagine a seguinte situacao:
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1- Vc ganha 100 euros e poupa 10 euros. Nao gasta a poupanca em nada. Aforra-a.
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2- vc ganha 100 eufos e gasta tudo. A poupança que podia ter gasta-a numa massagista ao fundo da rua.
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A poupança que vc nao fez é poupança da massagista.
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A poupança nacional é igual, quer vc gaste quer vc nao gaste.
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Só é diferente se vc, em vez de gastar a poupança na massagista, passar a gasta-la na compra de um Mercedez ou outro produto qualquer importado.
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Portanto, a poupança diminui pelas importacoes e é indiferente quando a gasta no mercado interno.
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Daí que, o governo devia promover a aplicacao das poupanças em Investimentos que pudessem evitar importacoes. Nomeadamente na area da energia que importamos em demasia.
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Por exemplo, portugal importa cerca de 12 mil milhoes em energia por ano. Se passasse a importar metade, a Poupança nacional disparava, mantendo tudo o resto igual.
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Ou a a Poupança aumentava ou o endividamento externo baixava.
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E isto nao depende de terceiros como no caso das exportacoes. Depende de nós.
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Eu nao percebo estes governantes.
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Se tirarmos as importacoes de energia a nossa balanca comercial é superavitaria. E muito. Mais superavitaria do que a alemanha em termos percentuais.
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Sabendo disto, nao se percebe porque é que nao se fomenta o Investimento privado na obtençao de energias.
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É que bastava ter feito o acordo para construiros pipelines com os paises do norte de africa, em vez de nos sujeitarmos ao gas que entra pela alemanha, para a factura energetica reduzir bastante. Nao se percebe porque se está tao atrasado na exploracao do gas shale. Ainda por cima sabendo que temos algumas reservas na zona de lisboa debaixo da terra. Os paises de leste já estao a produzir, os gringos dentro de 10 anos vao deixar de impkrtar petroleo, os inglesesa bombar e nós, como sempre, a ver passar navios.
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Rb

zazie disse...

Exactamente, ó bacano da cubata. Perdeu-se a hipótese do gasoduto.

O mapa das energias é o mapa da riqueza do mundo.
Quem está no trilho, safa-se; quem fica fora, trama-se.

marina disse...

pois , imaginemos uma árvore , o 3º que se abstem do consumo seria a raiz , não admira que sem esse 3º ao menor ventinho se espatife toda no chão..

e agora imaginemos uma casa : o senhor que compra 1º poupou metade , compra em planta , o construtor com o dinheiro que recebeu paga os materiais a pronto , no fim fazem-se as contas e a casa saiu 40 ou 50 % mais barata do que recorrendo totalmente a essa moeda de troca inflacionada chamada de crédito..