27 outubro 2013

o grande encanto

Ao contrário do que o Joaquim pensa, a grande intimidade do processo reside nos sinais convincentes e convergentes. E sobre isso ele não leu há um ano, nem ontem, nem nunca irá ler uma única linha escrita por mim acerca disso, nem mesmo como anónimo.

Aliás, arrisco-me mesmo a dizer que o Joaquim nunca irá ler isso escrito por ninguém que tenha, efectivamente, conseguido interpretar e relacionar esses sinais.

Mas não é tudo, caro Joaquim. O grande encanto não foi vivido ontem.

O grande encanto foi no momento em que consegui ligar todos os pontos. Citando PA, "perante muitos sinais convincentes e convergentes que a realidade me foi fornecendo ao longo do tempo, fui gradualmente pondo-os em conjunto, articulando-os, até que chega o momento em que a conclusão se torna inevitável, uma absoluta necessidade lógica."... aqui sim, reside o encanto.

Mas ainda relativamente à privacidade, tivesse eu o email do Prof. PA e nem o Joaquim nem ninguém teriam lido o meu comentário (promovido a post por decisão exclusiva do Prof. PA que não conheço). Limitei-me a dar o meu testemunho no sentido em que este confirma as teses de PA.

Vou tentar explicar-lhe de outra forma:

Imagine o Joaquim que a Anónimo, LDA é uma microempresa familiar que após anos de reuniões com a gigantesca multinacional Deus, SA finalmente percebe que a Deus, SA sempre esteve disponível para incorporar a Anónimo, LDA no seu grande e poderoso grupo ecuménico com representações próprias (qual franchising!) em cada aldeia do mundo.

Então, o CEO da Anónimo, LDA reúne-se em privado com o CEO da Deus, SA e redigem um memorando de entendimento com vista à incorporação. Desse memorando constam vários artigos e suas respectivas cláusulas. Um dos artigos intitula-se "Sinais convincentes e convergentes" e outro "Ligar os pontos". Basicamente o CEO da Anónimo, LDA teve de "confessar" ao CEO da Deus, SA como é que tinha percebido que esta multinacional ecuménica sempre tinha estado aberta a incorporar a sua pequena e insignificante microempresa.

No final da reunião, no maior e mais rigoroso sigilo, assinam o contrato e dá-se a incorporação.

À comunicação social chega uma PR onde consta apena: "A Deus, SA incorporou hoje a Anónimo, Lda e mais outras 375.873 empresas familiares".

Perante isto, o Joaquim fica impressionado?!?!?!
5:22 PM
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Anónimo Anónimo disse...
Mas vou simplificar o melhor que consigo.

Deus reside em cada um de nós. E existe um momento em que nos damos conta disso.

Alguns sempre souberam porque acreditam (fé).

Outros, como eu, necessitam de provas. Aos 20 anos nunca pensei que as fosse ter, portante, julguei que seria agnóstico para sempre (era a única opção racional e lógica).

Contudo, (sic) "perante muitos sinais convincentes e convergentes que a realidade me foi fornecendo ao longo do tempo, fui gradualmente pondo-os em conjunto, articulando-os, até que chega o momento em que a conclusão se torna inevitável, uma absoluta necessidade lógica."

Assim:
- Face a todos estes sinais convincentes e convergentes que a vida nos vai fornecendo
e
- perante a articulação lógica entre eles, ou seja, quando conseguimos ver ordem no que até então era apenas caos,

só existe uma conclusão racional a tirar: Ele existe ou Algo existe.

Por outras palavras, pode sair-me o euro-milhões uma vez. Já sair-me o euro-milhões várias vezes ao longo de 10 anos é, no mínimo, estatisticamente, estranho.

Com os sinais acontece precisamente isso. O que nos apercebemos é que existem certos acontecimentos que são estatisticamente tão improváveis de ocorrer que algo não bate certo. Ocorrer uma vez, vá que não vá. Duas vezes, começo a torcer o nariz...

Analisando os sinais isoladamente ainda podemos aceitar a coincidência... algumas coincidências. Mas quando do caos nasce a ordem, torna-se irracional não aceitar as evidências. Somos levados a considerar que algo estatisticamente muito improvável só pode ter acontecido porque na verdade era impossível (e não improvável) e aconteceu precisamente porque Algo fez com que acontece.

Para melhor entender é necessário perceber que o cerne da questão está no tempo e nas relações entre os acontecimentos e não nos acontecimentos isolados em si.
5:45 PM
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1 comentário:

Anónimo disse...

Não digo que não...
Infelizmente a ordem não nasce só do caos e desses sinais todos...
Praticamente toda a gente passa por situações em que as coincidências também não chegam para as explicar... e o caos nasce da ordem... uma vez? vá que não vá... mas várias vezes?
E então há quem faça o caminho contrário... e pode até nem renegar Deus, mas começar a achar que não só existe como tem um sentido de humor do catano...
(O que nem é o meu caso, mas ando atento e sou sensível ao que me rodeia, sempre fui.) -- JRF