Existe uma linha de separação que define muita coisa: existe força envolvida ou não? E aquela que será vista como necessária segue algum critério de justiça? Qual é?
A civilização luta pela minimização do uso da violência nas relações humanas embora a história seja uma colecção de violência institucional do mais alto grau por parte do poder, que excede infinitamente em muita a que se possa atribuir a pessoas ou mesmo a comunidades.
Estranhamente o poder parece ser visto com duplicidade ética e moral. Nada cristão, onde o universalismo implica que as mesmas leis condenem o poder na mesma medida dos outros homens.
Portanto, na história dos homens e das ideias só é preciso avaliar o quanta violência está explícita e implícita e o que se reclama como legítimo para ser usada.
Ayn Rand é problemática em diversas perspectivas. Rothbard e Mises menos. E ainda em que diversos graus, diferentes, pelo menos tinham uma perspectiva de minimização de poder e maximização das relações humanas saídas da cooperação voluntária.
Misturá-los com alguns criminosos ou veículos de incitamento ao crime institucional, não será enfim, muito justo.
Para Cristo existiu Cristo. Nem todos têm coragem suficiente para praticar o seu pacifismo radical. Tolstoi tentou.
O pacifismo pretenderá que o não uso da violência em qualquer situação é o veículo para a não-violência.
There is no way to peace, peace is the way.
Devo dizer que não tenho resposta para isto, embora não tenha a coragem suficiente para ser pacifista, como creio que Ayn Rand terá dito algures.
3 comentários:
O âmbito de um poeta é diferente de um 'Kant' ou 'Marx'. Poucos, se algum, faziam declarações absolutas de como toda a sociedade humana deve ser organizada como Marx, por exemplo fez.
Conta lá onde é que o Kant fez declarações absolutas (ou relativas) acerca de como uma sociedade deve ser organizada.
“Up to now it has been assumed that all our cognition must conform to the objects; but all attempts to find out something about them a priori through concepts that would extend our cognition have, on this pre-supposition, come to nothing. Hence let us once try whether we do not get further with the problem of metaphysics by assuming that the objects must conform to our cognition, which would agree better with the requested possibility of an a priori cognition of them, which is to establish something about objects before they are given to us. This would be just like the first thought of Copernicus, who, when he did not make good progress in the explanation of the celestial motions if he assumed that the entire celestial host revolves around the observer, tried to see if it might not have greater success if he made the the observer revolve and left the stars at rest”
Prefácio da Crítica da Razão Pura
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