19 setembro 2013

os mitos do ensino


A SABIS é uma rede internacional de escolas primárias e secundarias. Está em 15 países e tem 65.000 alunos.
O CEO, Carl Bistany, paquistanês, diz que a SABIS destruiu 4 mitos educacionais bastante difundidos:
1.     A educação em turmas pequenas é melhor
2.     A educação de qualidade não pode ter fins lucrativos
3.     Quanto mais dinheiro o Estado investir na educação melhor
4.     A memorização não é importante na aprendizagem
O segredo de uma boa educação é ensinar um conceito de cada vez, praticar e avaliar. O tamanho das turmas não conta.
Sem o incentivo do lucro, não é possível melhorar continuamente o ensino. Carl Bistany pede-nos que imaginemos o que seria o software se a Microsoft e a Apple não tivessem fins lucrativos.
Uma educação austera pode ser melhor que uma educação a nadar em recursos. O que conta não são o número de livros da biblioteca, diz, mas o número de livros que os alunos leem.
A memorização é fundamental. Memorizar sem compreender não é bom, mas depois de compreender é necessário memorizar.
Thanks Carl

10 comentários:

CCz disse...

Boa resposta,

Faz-me lembrar ouvir o Peres Metelo ou o Nicolaço, aprende-se a apreciar o contrário do que pregam

Ricciardi disse...

O numero de alunos numa turma não interessa?
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Essa é boa. Consigo concordar, eventualmente, no ensino de idades mais avançadas. No limite, na universidade o nº interessa pouco.
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Mas na instrução primária é Relevantíssimo.
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Rb

Ricciardi disse...

Relevantíssimo na primária porque é um ensino necessáriamente personificado.
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Cada criança tem o seu tempo, distinto das outras, até porque umas entram com 6 anos, outras com 5 anos e outras com 7 anos, dependendo da altura de nascimento. Necessariamente com maturidades diferentes, e o prof tem de estar com eles, com cada um deles. Como pode um prof verificar o andamento da aprendizagem da escrita de 100 alunos? ou 40?
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Não pode.
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Há gajos que parecem malucos. Isto nem é uma questão cientifica. É uma questão de bom senso.
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E agora um gajo vai acreditar num gajo só porque ele é estrangeiro e tem umas escolas pela aldeia global?
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Por outro lado seria dificil que ele dissesse o contrário do que diz, já que tem interesses no assunto.
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Quanto ao resto, olhe, depende. Há exemplos para todos os gostos. Mas concordo em absoluto com a questão da memorização.
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Eu fui produto de uma altura em que não se obrigava a decorar a tabuada. E portanto nunca a soube de cor, nem salteada.
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mas fez-me falta. Aquelas frações de segundo para pensar no resultado de uma multiplicação às vezes são cruciais. Anyway, ninguém se apercebe que a não sei de cor. tenho o calculo mental bem oleado para fazer contas sem saber a tabuada de cor, mas custou-me alguns dissabores em alguns momentos passados.
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Mas obrigo os meus filhos a sabê-la por causa das coisas, quer o prof deles queira, quer não queira. Já chegou fazerem experiencias comigo.
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Rb

Ricciardi disse...

Já agora, estou para aqui a imaginar uma aula de matematica do 1ano da primaria a ser dada num estadio. O prof no meio do campo com um megafone. Os alunos de binoculos sofisticados a ver o que ele escreve no quadro. Um prof para 40000 alunos.
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Olhe que poupanca de recursos.
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Rb

Ricciardi disse...

Qualquer idiota percebe q um turma grande é um problema dos diabos. A partir do meio da sala as crinacas dispersam a atencao.
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Eu ficava sempre lá para o fundo. a porra do R do meu nome colocava-me sempre no fim. Hoje já nao se sentam por ordem alfabetica.
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No 1 dia de aulas cheguei primeiro para o sentar à frente. Trauma de infancia. A prof colocou-o mais tras. Disse que ele nao precisava tanto como outros de estar à frente.
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Nao gostei, mas compreendi. Agora sentam-se de acordo com a personalidade de cada crinaca e nao por ordem alfabetica.
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Agora vem este gajo e diz q isto é indifrenete. O tanas.

zazie disse...

Pois eu penso que nem demasiado grandes, nem demasiado pequenas.

Sempre andei em turmas grandes- desde ensino oficial a privado. Todas com mais de 30 e aprendia-se até por maior competição entre alunos.

Imagine-se o que é uma turma com 15 patetas- ficam todos ainda mais patetinhas.

zazie disse...

E isso dos 100 é absurdo, não é argumento.

A questão pode colocar-se entre turmas de 10 ou 12 como eles defendem e de 30 e poucos a 40, no máximo.

Eu insisto que são preferíveis as maiores.

O que não pode é existir ensino todo igual a nivelar por baixo.

Os alunos com mais dificuldades deviam ter tempos lectivos suplementares.

Mas os profs não devem ensinar menos para nivelarem por baixo. Esse é o tremendo erro da escardalhada.

Luís Lavoura disse...

Este blogue é extraordinário.

Um dos autores sempre a dizer que devemos dar mais atenção ao que é português e menos aos estrangeiros.

Outro autor a defender que devemos dar atenção às teorias de um paquistanês.

zazie disse...

ehehehe

Anónimo disse...

"Carl Bistany pede-nos que imaginemos o que seria o software se a Microsoft e a Apple não tivessem fins lucrativos."

E exactamente o que foi que a Microsoft e a Apple fizeram pelo software?