22 setembro 2013

os holandeses descobrem a caridade

Basada en la solidaridad y la iniciativa privada, cuenta con las familias para hacerse cargo de sus mayores y dependientes. De los ayuntamientos y los propios vecinos, espera a su vez que regulen servicios antes generales. En suma, un modelo social con menos subsidios y ayudas más costosas, en lugar del Estado de bienestar levantado durante los últimos sesenta años.

El País

Uma característica dos países do Norte que muita falta nos faz é a adaptabilidade. Os holandeses constataram que o Estado Providência não era sustentável e toca a mudar de paradigma. O novo chama-se ‹‹sociedade participativa›› e assenta na caridade - embora lhe chamem ‹‹solidariedade directa››.

Nos países do Sul esta adaptabilidade não existe. Também precisamos de abandonar o Estado Providência mas não conseguimos gerar o consenso necessário para o fazer. O resultado é ficarmos com um Estado Providência isquémico e impotente, e comprometermos o desenvolvimento económico e a independência nacional para os próximos 20 anos.

Notem que na Holanda são os socialistas que lideram a mudança.

10 comentários:

zazie disse...

É a noção de commitment que os prot têm.

lusitânea disse...

No caso Holandês a coisa tem que considerar:
"A caridade não é apenas recomendada pelo Islã, mas é requerida de todo muçulmano financeiramente estável. Dar caridade àqueles que a merecem é parte do caráter do muçulmano e um dos Cinco Pilares da prática islâmica. O Zakat é visto como “caridade compulsória”; é uma obrigação daqueles que receberam sua riqueza de Deus responder aos membros necessitados da comunidade. Desprovidas de sentimentos de amor universal, algumas pessoas só sabem acumular fortuna e aumentá-la emprestando com juros. Os ensinamentos do Islã são a verdadeira antítese dessa atitude. O Islã encoraja o compartilhamento da riqueza com outros e ajuda as pessoas a se estabelecerem e serem membros produtivos da sociedade.

Em árabe é conhecido como zakat, que literalmente significa “purificação”, porque se considera que o zakat purifica o coração da ganância. O amor pela riqueza é natural e é preciso uma crença firme em Deus para uma pessoa se desfazer de parte de sua riqueza. O Zakat deve ser pago sobre categorias diferentes de propriedade – ouro, prata, dinheiro; gado, produção agrícola; e mercadorias – é pagável a cada ano após um ano de posse (dos bens). Requer uma contribuição anual de 2,5% dos bens e fortuna do indivíduo."
Claro que sacar isso de não crentes até é mais motivador...

Ricciardi disse...

A coisa que eu aprecio são artigos que não dizem nada. Palavras que nada querem dizer. Ideias vagas sobre assuntos concretos.
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O artigo diz que vão retirar apoios aos doentes crónicos. Que os apoios vão ser substituídos pela boa vontade dos vizinhos.
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Eu não sei como se materializa isso na prática.
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Consigo perceber a solidariedade em torno de cenas possíveis de fazer.
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O voluntariado os missionários. Os armazéns de distribuição de alimentos, os bombeiros voluntários. Consigo perceber que pode haver uma organização civil para dirimir carências no cuidado aos idosos e crianças e outros.
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Na verdade o problema é outro. O problema é de organização económica global e não de organização civil social de cada país.
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A Holanda tem um endividamento privado enorme. Um bolha nas palavras do CN. Uma bolha semelhante à que a Alemanha terá brevemente tambem. Alimentada por um influxo de capitais despropositado. As empresas que constituem o nosso PSI 20 tem lá as suas sedes sociais para pagar menos impostos e lavar alguma massa.
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Esse influxo de massa alterou a economia. Como vai alterar na Alemanha quando o pessoal deixar de refugiar a sua massa nos Titulos deles, alegadamente virtuosos. As taxas da OT's deles chegaram a ser negativas. Imagine that. Pouparam 42 mil milhoes em juros do que aquilo que seria normal. Nessa altura a Alemanha vai ter problemas nas suas contas. Habituou-se a uma realidade que vai mudar de supeton.
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A Holanda iniciou a austeridade a desproposito. O problema nunca esteve na dimensão da despesa, nem está, mas antes no endividamento dos privados alimentados pelos influxos de capitais referidos.
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Iniciou um programa de redução do défice. Mas o défice desajustou-se, obviamente, porque atacaram o problema no lado errado. Costumes liberais, enfim.
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Não tarda nada e comete o mesmo erro de Portugal. Irá aumentar impostos e a queda será ainda pior porque vai comprometer a própria banca, como na Irlanda.
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Antes de aumentar os impostos vão tentar reduzir os apoios sociais. Mas é um valor RIDICULO aquilo que eles podem cortar na Despesa de Apoio Social.
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A Holanda tem o maior Endividamento privado de todos os países. 400% do rendimento.
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O governo nacionalizou um banco. Para financiar esta aquisição organizou um programa de austeridade que piorou ainda mais o problema. Agora o desemprego está a aumentar. Quando o desemprego se descontrola as contas publicas vão por arrasto.
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Ainda está nos 8%, mas está em crescimento acelerado. Dizem por lá que o desemprego real será 12%, pois o governo mascarou-o com medidazinhas contabilisticas.
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A transferencia de riqueza é simples. Os bancos colapsaram por causa dos excessos nos influxos de massa, o governos ajudaram-nos a não cairem, o povo paga. Quando o povo paga, as contas públicas sofrem nas receitas. O defice descontrola. E mais medidas de cortes são requeridas sucessivamente. O limite são as profundezas.
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Alguns Austerians crêem que já batemos no fundo do Abismo, do buraco abismal. Parece que alguns já sentiram os primeiros sons do impacto.
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O que me parece é que os Austerians tomam as paredes pelo fundo. Oiço os guinchos de quem vai em queda. Ais e uis sucessivos.
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Perderam inclusivamente o controlo da própria queda. Em vez de cairmos verticalmente pelo meio do buraco abismal, já vamos em rebolanço contras as paredes.
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O que até nem é mau de todo. Pelo menos vamos perdendo velocidade e o impacto com o fundo será mais suave. O problema é que chegaremos lá esgroviados.

Mais grave:

Esqueceram-se de fornecer uns arnês de segurança, cordas e roldanas para subir.
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Além de esgroviados não teremos como subir.
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Resta-nos cair, bater no fundo e sermos obrigados a repensar esta União Europeia, este tipo de comercio internacional.
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Rb

marina disse...

tranquilo que a gente vai copiar...afinal é no estrangeiro , ainda por cima os holandeses , tão avançados :)

Vivendi disse...

Por cá vamos copiar a Europa a fragmentar-se (com a Espanha em grande destaque)o que nos leva à decadência do centralismo...

Vem aí a Europa das cidades-estado e regiões-estado.

Vivendi disse...

E cada cidade e região passará a ter autonomia para fazer o que bem entender. O dinheiro dos outros já passará a ser o nosso dinheiro.

Zephyrus disse...

A Europa poderá fragmentar-se mas creio que a UE continuará.

Se a Catalunha ficar independente como ficará a situação dos Estado Catalães? Os nacionalistas da Catalunha também querem as Baleares, a comunidade de Valência, e concelhos de Aragão ou do Sul de França, e ainda um concelho de Múrcia. Eles reclamam um país com todos as regiões que falam catalão.

Zephyrus disse...

E se a Catalunha ficar independente o País Basco não ficará calado.

A Bélgica também está à beira de cair e a Itália tem a Liga do Norte. Bruxelas poderia mesmo vir a ser uma cidade-estado.

A Escócia deve permanecer com Inglaterra, pois em referendo a maioria da população votará a favor da união.

Vivendi disse...

A Galiza, a Bélgica em 2... a Baviera na Alemanha, a Sicília, a Córsega.

Luís Lavoura disse...

Parece-me que Ricciardi tem razão.
O problema da Holanda foi gerado pelo setor privado: excesso de dívida das famílias. E agora, para endireitar o problema, querem que seja o Estado Social a ser cortado.
O Estado Social, que pouco mal provocou, é quem paga as favas pelas asneiras que os privados andaram a fazer.
Agora vão introduzir a austeridade e a caridade, com consequências já vistas na Grécia e em Portugal. Não só não endireitarão o défice, como piorarão muito a vida da população.