21 setembro 2013

a cultura alemã não é Má


O Henrique Raposo, na sua crónica de hoje no Expresso, revela uma xenofobia tão intensa que seria repulsiva se correspondesse a um pensamento original. Felizmente não, felizmente o Miguel apenas papagueia um lugar-comum. A opinião de que os alemães, por serem um povo ordeiro e respeitador das leis, têm uma particular propensão para acatar e executar ordens superiores, sem questionar a sua moralidade.
O Holocausto, descobriu recentemente o Henrique, não foi executado por ‹‹doentes mentais ou psicopatas››, foi executado por gente comum com ‹‹um grau doentio de ordnung››, pessoas ‹‹tão racionais que acabam na irracionalidade››.
Não gosto de desapontar ninguém e muito menos o Henrique Raposo, por escrever ao lado do Rui Ramos e do lado oposto ao Daniel Oliveira, mas os alemães não são nem mais nem menos racionais do que os outros povos do mundo e não manifestam nenhum traço psicopático ou obsessivo que seja mais prevalecente por lá do que por cá.
São seres humanos como nós, com uma cultura diferente da nossa porque vivem num ambiente diferente, mas em tudo o mais parecidos connosco. São indivíduos que Deus criou e pôs na Terra para o Bem, mas que têm livre-arbítrio e são capazes do Mal.
O Holocausto representou, no século XX, o Mal absoluto. Infelizmente esse Mal absoluto não é, nunca foi e nunca será um monopólio dos alemães. Dadas as circunstâncias adequadas pode emergir em qualquer parte do mundo. Na Síria, no Irão, e até em Israel, por paradoxal que possa parecer.
Já nos esquecemos dos 65 milhões de vítimas do Maoismo e dos 20 milhões de vítimas do Estalinismo? Tal como Hitler, Mao e Stalin foram ajudados por cidadãos comuns, pelo povo.
Comparando a cultura portuguesa com a alemã, o Miguel Raposo afirma que ‹‹a desordem portuguesa pode ser mais humana e civilizada do que a ordem germânica››.
- Diga isso, Henrique, aos 800.000 desempregados que temos em Portugal e aos 150.000 imigrantes que se piraram de tão humana e civilizada Pátria.

14 comentários:

Ricciardi disse...

Certo, mas às vezes temos uma certa tendencia para esquecer o passado.
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Vejamos em termos de DEFAULTS efectivos, com quebra no Cumprimento do serviço da divida.
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A Alemanha faliu (incumprimento) por OITO vezes :

Germany (1932, 1939, 1948)
Hesse (1814)
Prussia (1807, 1813)
Schleswig-Holstein (1850)
Westphalia (1812)
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. Portugal faliu SEIS vezes:

Portugal (1828, 1837, 1841, 1845, 1852, 1890)
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Eles é que são disciplinados e competentes, mas ao mesmo tempo Incumpriram mais vezes do que nós.
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Isto não serve de consolação. Mas a vitalidade da Alemanha tem muito a ver com os Pós-Guerras e no que se foi passando no meio delas...
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Mas isto é normal. Todos os países tem as suas proprias virtudes e más opções na história.
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Às vezes nem é mérito nem desmérito. É simplesmente a sorte e o azar. O timming etc.
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Por exemplo, a Alemanha do Pós Guerra teve a sorte de ter havida uma gajo chamado KEYNES que propos e foi aceite um perdão substancial da divida à alemanha e que a parte restante fosse paga em função do ritmo das exportações do país. Isso fez com que a alemanha pudesse respirar e recuperar.
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Portugal não tem a mesma SORTE. Quando precisava de uma valvula de escape, como dia o Ricardo Arroja, é nos oferecida uma panela de pressão sem valvula alguma. Um logro, enfim.
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Rb

Anónimo disse...

"O Holocausto representou, no século XX, o Mal absoluto. Infelizmente esse Mal absoluto não é, nunca foi e nunca será um monopólio dos alemães. Dadas as circunstâncias adequadas pode emergir em qualquer parte do mundo. Na Síria, no Irão, e até em Israel, por paradoxal que possa parecer."
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paradoxal!!!?? depois das ideologias Judaicas Napoleónicas e do Comunismo Judaico, paradoxal!!??

Anónimo disse...

Perder tempo com Migueis Raposos... Gabo-lhe o gosto Joaquim!... Essa contabilidade estalinista anda muito por baixo...-- JRF

marina disse...

bem , não foi assunto recente aqui no blog a "irracionalidade" dos racionais ao quadrado ? e eram todos alemães :)
eu acho é que são tão bárbaros que precisam de disciplina férrea para se manterem na ordem e pronto , de vez em quando corre mal , põem-se praí a invadir os outros ou a matar às mãos cheias ordenada e racionalmente :) :)

Euro2cent disse...

Arre, este fim de semana a obtusidade dos posts do Dr. estão em maré viva própria do equinócio.

Primeiro não topa a guerra impiedosa que os media do luteranismo movem à Igreja (oi, escandalos de pedofilia que não tocam nos mações, são só com outros, "rings a bell"?).

Depois, não acha que a desgraçada kultur germânica tenha nada de mal. Desde que ficaram ressabiados por os romanos lhes desprezarem as florestas sombrias que as tribos nórdicas não batem bem da bola.

Filosofias delirantes, mecanicismos extremados, invenções do naturismo, vegetarianismo, sexualismo, socialismo, eugenismo, escatologia, praticamente qualquer delírio aberrante pode ir traçar a origem ali.

Coincidências. No pasa nada.

Zephyrus disse...

Cerca de 70% da dívida está em cimento. É insustentável e não vai ser paga. Deve-se à especulação imobiliária.

Se querem aumentar os impostos façam apenas isto: passem a taxar a totalidade das mais valias imobiliárias da compra e venda de solos. Isto já é taxada no Norte da Europa. Por cá deveria ser igual. Um prof. de Coimbra estimou que o Estado perdeu em 10 anos 75 mil milhões de euros por não taxar as mais valias imobiliárias.

zézinho disse...

Pelos vistos a lenda negra do holocausto continua na moda. Valha-nos Deus, como diria o Diácono Remédios.

Anónimo disse...

"‹‹a desordem portuguesa pode ser mais humana e civilizada do que a ordem germânica››."
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desordem!!?? uma Nação com mais de dois mil anos de existência...Grega...Asssiria...Romana...Lusitana...Cristandade Portuguesa!!! A Cristandade Portuguesa foi defendida pelos Templários...As Forças Armadas de Portugal, da Nação Cristã de Portugal!!!os Templários são as Forças Armadas de Portugal...a eles, a eles!!??? A ELES devemos as Linhas de Torres Vedras...As Forças Armadas de Portugal nasceram no dia em que a Ordem Templária foi criada...

zézinho disse...

Toda a gente devia conhecer a razão
dos badalados milhões de alegadas vítimas do pretenso holocausto.
Apenas porque a então Alemanha Federal foi obrigada a pagar a Israel(que não existia na altura dos pretendidos factos)75 contos por cada "vítima" do sobredito, pretenso e nunca por demais alegado holocausto. É que a rapaziada do narizinho adunco nunca foi de misérias quando toca a sacar.

Anónimo disse...

150 mil emigrantes? olhe que as suas contas estao erradas...sao aos 100 mil...por ano
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/200-mil-portugueses-sairam-do-pais-nos-dois-ultimos-anos-1582063

eram oficialmente 4.990.923 emigrantes em 2009 ( http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1160109 )

creio ja termos ultrapassado os 5 milhoes ha muito... que raio de pais e este em que um terco da populacao vive fora das suas fronteiras?

acrescente a isto a queda de nascimentos ( ja ultrapassados pelas mortes ) e temos um pais de velhos, moribundo.

segundo as ultimas projeccoes da UN, seremos 6 milhoes e 700 mil de Portugueses em 2100. nao sei isto conta com os emigrantes, suspeito que nao, mas que nao e um retrato bonito nao e.

http://www.theguardian.com/news/datablog/2011/may/06/world-population-country-un

ainda estamos aqui a falar do holocausto em 2013. holocausto e o que sucessivas geracoes de governantes fizeram ao pais. deixe la a Alemanha ao Pedro Arroja e preocupe-se mas e com o que e nosso. se nao o fizermos ninguem mais o fara.

- CC

muja disse...

O Mal absoluto.

Claro! Ora se o mal absoluto é matar judeus - porque é o que é o "holocausto". Depreende-se que matar qualquer outra coisa - incluindo não-judeus - já é um mal relativo. Ou não é?

Porque senão, porque é que a obliteração de Dresden - de trezentas mil a quinhentas mil pessoas queimadas vivas - numa noite não o é? Não conhece a história? Assobia para o lado? Então?? E Hamburgo? E Tóquio? E Hiroshima e Nagasaki? Despejar um sol sobre uma cidade, não é mal absoluto? E dois, não chegam para ser? Mas uma história mirabolante de milhões metidos em câmaras de gás ridiculamente pequenas, com portas de barracão feitas de madeira, é mal absoluto?

E se o holocausto fosse cometido por portugueses? Ou fosse essa a acusação (logo condenação, porque com o "mal absoluto" é assim que funciona) pelo menos?
V. também papagueava o "mal absoluto"? Também traía toda a sua história e todos os seus antepassados, para ter a satisfação - na realidade masturbação - moral - perdão!- ética digo, de pensar que está fora desse "mal absoluto"?

V. renega o Deus dos seus pais, dos seus antepassados, do seu povo. Renega-o e renega-lhe a absolvição que ele lhe oferece. Tudo para, acto contínuo, ir prostrar-se, rastejando, a implorar a absolvição de pessoas que não têm nada que ver consigo, às quais não deve nada (muito pelo contrário), apenas porque elas se dizem "escolhidas" e vossemecê, aparentemente, anda no mundo porque vê andar os outros.

E depois ainda me vem dizer que eu sou igual a esses supostos executantes do mal absoluto? Eu?? Então e os bandidos que andam para lá montados em merkavas, apaches, a espalhar fósforo branco e urânio empobrecido sobre gente ainda mais empobrecida? Esses são iguais aos outros ou sou eu igual a eles? Ou como é? Veja lá bem o que escreve. Enfie vossemecê as carapuças que quiser e enfie-se nos sacos que quiser. Mas não me meta a mim neles. Que o grão de onde se fez a minha farinha não tem nada que ver com o deles. Nem eu quero nem preciso que tenha.

Ora dr. Joaquim, V. é tão susceptível, tão susceptível, mas na realidade é um grande bacoco, desculpe que lhe diga. Espero que seja só às vezes, nomeadamente quando escreve aqui estas imbecilidades, mas francamente, já ia sendo tempo de abrir os olhitos de vez em quando quando pega no teclado.

muja disse...

Dito isto, é evidente que o anti-germanicismo é uma estupidez como qualquer outra coisa do género.

Não há nada em que os alemães nos tenham prejudicado, ao longo dos tempos, em que a responsabilidade não fosse, primeiro e antes que tudo o mais, nossa e interna.
Além disso, não existe o mesmo sentimento em relação aos ingleses, esses sim, habitués em tirar partido de nós e outros "aliados". É bom não esquecer que os maiores proponentes da nossa entrada para a máfia que é a UE, foram os "aliados" ingleses (que agora ameaçam sair) e americanos. Mas a culpa agora é dos alemães... 'tá certo...

As ovelhinhas embirram com quem as mandam embirrar, então!

É preciso ser muito pobrezinho de espírito, arre!

Por isso, nem tudo é mau, susceptível dr! V. ainda tem capacidade de pensar pela própria cabeça. Veja é se a usa menos intermitentemente.




Anónimo disse...

Joaquim,
Onde é que o Estaline e o Mao foram buscar essas ideias? Já não falo do Hitler que as deve ter ido buscar à Gronelândia.
Abraço.
PA

Anónimo disse...

É Henrique Raposo