22 agosto 2013

babes watch


Um sujeito que se prepare para passar umas férias na Califórnia não pode deixar de salivar em antecipação à fortuna de poder contemplar as indígenas, em estado natural, quase como Deus as pôs no mundo.

Eu imaginei-as loiras, de cabelos encaracolados sobre os ombros, de olhos azuis, bronzeadas e sorridentes, com lábios de rubi e dentes como pérolas. Desculpem a foleirada desta confissão juvenil, mas todos temos o direito de voltar a ser adolescentes – quinze dias por ano. Isto sem prejuízo da opinião dos que pensam que esse período deveria ser alargado para as 50 semanas e que quinze dias de juízo perfeito, por ano, já são um fardo terrível.

Ora eu passei por essa fase de salivação Pavloviana antes das férias que agora terminei nesse “El Dorado” norte-americano. Contudo, e essa foi a minha maior frustração nestas férias, depois de ter as glândulas salivares a cem, o estômago acabaria por ficar a dar horas porque “babes” ao estilo Baywatch nem vê-las nem cheirá-las.

As fêmeas que pululam na Califórnia são de tal modo aberrantes que em vez de funcionarem como motor de arranque acabam por convidar a pegar de empurrão, o que de facto parece ter acontecido a muitos dos machos nativos. ‹‹Rais parta a sorte›› – pensei, sem chegar a verbalizar a tristeza que me ia invadindo o espírito, para não convocar uma repreensão da minha mulher que também acha que todos temos o direito a quinze dias de adolescência por ano, só que sem nos comportarmos como adolescentes... retardados.

Próximo já de uma depressão reativa a necessitar de psicoterapia, acabei por ser salvo, no último minuto do último dia, por duas hospedeiras de bordo da Lufthansa. Duas autênticas brasas que me receberam, a bordo de um Airbus 380, de regresso a Portugal, com um caloroso ‹‹Guten Tag››.

‹‹Deus existe, pensei››.

Já em casa, aproveitei a magnífica tarde de verão para dar um salto à praia de Matosinhos e recuperar do “Jet lag”. Foi difícil encontrar um sítio para a toalha, mas fácil curar-me da melancolia californiana.

6 comentários:

Anónimo disse...

De verdade, num estado tão grande como a Califórnia, não viu nada de jeito? Mas como é que isso é possível? Teria a ver com uma composição demográfica dominada cada vez mais por hispânicos, ou mesmo as caucasianas não eram de aproveitar?

Anónimo disse...

Não se aproveitava nada!

Joaquim

Vivendi disse...

E disto aqui encontrou muito Joaquim?

USA: Food Stamps - Living a dream

http://viriatosdaeconomia.blogspot.com/2013/08/usa-food-stamps-living-dream.html

Observe bem o video...

Anónimo disse...

Coitadixo!!!

lusitânea disse...

Pegar de empurrão é a ecologia do sec XXI...

zézinho disse...

Lembro-me perfeitamente. Perdi os três com aquela do lado direito.