21 junho 2013

para o rui a.




The Wall, dos Pink Floyd, conta a história de um rapaz órfão de pai que é educado por uma mãe dominadora. Em termos psicológicos a ausência do pai traduz a anulação da razão e a importância atribuída à mãe traduz o domínio das emoções.
Alucinado, Pink assume o personagem de um ditador e entrega-se à violência.
As manifestações que têm ocorrido no Brasil recordaram-me esta obra dos Pink Floyd, de quem sou um grande fã.
O Estado moderno tem vindo a alienar os jovens, infiltrando as suas actividades e limitando todas as suas opções por um muro metafórico (The Wall) que é uma verdadeira prisão. É natural que surja a revolta.

4 comentários:

lusitânea disse...

Cá só se revoltam os pretos dos bairros periféricos...sempre contra a polícia claro...

Zephyrus disse...

Mas isso é o que sucede no povo português.

O pai ausente e a patroa cuida da prole.

Até mandam nos maridos. Nas consultas só fala a mulher. Ela descreve os sintomas da doença do marido, e até lhe dá os remédios. Como se fossem crianças. É surreal.

zazie disse...

Desta vez a boca do Lusitânea foi a mais certeira.

Quando ninguém respeita ninguém e os de baixo dependem totalmente das benesses que os de cima lhes vão dando, para manterem o poleiro, no dia em que lhes faltam com o habitual, a coisa fica assim.


O mais engraçado é que já não são os descamisados que se revoltam- são a "classe média".

Por cá, também. As greves são da classe média de funcionários públicos.

zazie disse...

Nós temos os pretos dos bairros marginais que se revoltam contra a polícia; e os farruscos da classe média que se revoltam contra o Estado.

Por lá há-de ser parecido- vem tudo do mesmo; muda a escala mas não muda a "casa da Joana".