30 maio 2013

the big picture

Nos EUA. Este gráfico representa a evolução de várias medidas quantitativas de moeda. O M2 é constituído genericamente por numerário e depósitos à ordem e a prazo. O que deve ser realçado é a evolução da moeda "Base" composta essencialmente por numerário e reservas dos bancos (parqueadas no Banco Central), e o seu aumento exponencial durante a crise bancária deve-se a injecções operadas pelo FED para conter o pânico instalado no sistema bancário. Mas a prazo indica que a quantidade de moeda no público deverá começar a aumentar acompanhando a subida da "Base", assim o crédito retome a sua evolução normal, e a prazo um potenciador de inflação de preços, quer de activos reais e financeiros (bolsa americana em novos máximos...) quer de preços no consumidor, no meio de bons motivos para alguma recuperação da economia dada a reestruturação da produção. As taxas de longo prazo (10 anos) têm vindo a subir (0.5% no último mês, agora nos 2.13%). Para já, nada de novo. Por enquanto. Todos os problemas têm sido resolvidos pela via monetária, como seria de esperar. É o mais fácil. Aparentemente parece um "almoço grátis".


8 comentários:

Harry Lime disse...

Sim, vais ter inflação... mas não é essa a ideia?

Não percebo o stress.

Rui Silva

Vivendi disse...

Os EUA tem é uma dívida imparável e impagável.

Alguns vão acabar cheios de stress qd a bolha arrebentar. A crise de 2008 vai parecer um aperitivo comparado com o próximo crash americano.

Anónimo disse...

Não querem falar mais sobre o aumento das taxas de juro? Não sou economista, mas é um tema que me interessa.

Obrigado.
OMI

Anónimo disse...

Vivendi, não é assim. Vc não pode ver a dívida Gringa da mesma forma como vê a nossa, essa sim imparvael e impagavel num quadro de deflação.
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Ao analisar os EUA, a divida é apenas uma componente do balanço. Os activos sobre o exterior são muito superiores aos passivos.
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Rb

Anónimo disse...

O movimento de deslocalização/internacionalização das empresas tem destas coisas, não é?
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O problema dos EUA, enquanto país, é que o rendimento dos activos que têm no exterior, embora compensem os passivos, são muitissimo menores do que na realidade deviam ser. E porquê?
- Exactamente porque o repatriamento de capitais (leia-se, lucros obtidos por empresas gringas no estrabgeiro), boa parte dele fica-se por off-shores onde são trianguladas as facturações de forma a isentar os dinheiros de qualquer imposto.
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Rb

Anónimo disse...

Tem aqui algumas infos:
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«Despite 18 years of near-persistent current-account deficits and an associated negative net international investment position, the United States has—surprisingly—continued to receive more income on assets held abroad than we have paid out on foreign assets held in the United States. U.S. claims on foreigners have a higher average return than foreign claims on the United States.»
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Daqui:
http://www.clevelandfed.org/research/trends/2011/0811/01intmar.cfm
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Rb

Anónimo disse...

CN,

Parece que os EUA estão a fazer um excelente percurso. O FED até já fala em retirar estímulos. E retirar estimulos é fazer o contrário, de forma gradual, daquilo que o grafico revela. Logo que a economia dê sinais de aceleração consistênte, nessa altura, o FEDezinho começa a retirar massa do mercado.
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Breath in, breath out, wax on, wax off... CN son.
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Rb

Anónimo disse...

Alguém fez as contas e chegou à conclusão que a saida da crise de 2008 na europa está a ser mais LENTA do que a que aconteceu na Grande depressão. Imagine That. Já lá vão, xacaber, cerca de 6 anos em crise.
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Finalmente, parece que acordaram. Já não se fala em austeridade na Europa. A Alemanha deve estar um tanto ao quanto apreensiva por causa do Japão que é o principal concorrente das empresas Alemãs. O Japão está a bombar fortemente e concorre no mesmissimo espaço de produtos da alemanha. Vai ver que os Alemães vão mudar a opinião acerca das politicas do BCE. Vai ver. E não falta muito. Quando lhes doi a eles, a ideologia já não servirá, porque elea só serve se servir os interesses.
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Rb