Este especialista em politica externa (carreira começada a bombardear vietnamitas para os salvar deles mesmo):
"He told us the invasion and occupation of Iraq would be “fairly easy.” He pontificated that the anthrax attacks were delivered by the Iraqis. His preferred policy for Afghanistan: we should “muddle through,” rather than withdraw. When the North Koreans started acting out, he averred we ought to threaten them with “extinction.” And when Russia and the former Soviet republic of Georgia got into an armed conflict over the breakaway province of South Ossetia, McCain announced “Today, We Are All Georgians” and demanded we go to war with Moscow. He thinks Iran is training Al Qaeda: he also thinks Iraq shares a border with Pakistan." Justin RaimundoMcCain faz há muito o papel do senador romano, Catão, o Velho (234-149 a.c.) com o seu persistente fim de qualquer discurso no Senado, "Delenda est Carthago" [Cartago deve ser destruída], espírito que foi veículo do crescimento do império (há sempre mais um inimigo a combater, como os gauleses, etc.), onde Cartago é tudo o que não lhe agrade, já foi "Delenda est Kaiser" (com os desastrosos resultados conhecidos, incluindo o aparecimento do seguinte), depois o Delenda est comunismo (e a chacina do Vietname, que por si só providenciou a unintended consequence do Cambodja, cujo genocídio foi parado pelos... comunistas do Vietname), depois "Delenda est Saddam", "Delenda est Irão", "Delenda est Assad", e não vai ter fim. Cada um prepara as "unintended consequences" que desenvolvem o próximo. É a "guerra permanente para atingir a paz permanente".
Os impérios perdem as virtude da república que lhe permitem conservar-se como república e a prazo desenvolvem o germe da sua provável auto-destruição por extensão dos problemas internos que cria a si mesmo e a atracção externa que concentra sobre si. Passa a ser o Golias que muitos começam a morder as pernas, tal como de outros candidatos a próximos Golias (China?).
Em 1820 John Quincy Adams dizia "America does not go abroad in search of monsters to destroy". Desde o fim do século 19 (começou por ser o Reino de Espanha de quem quis libertar Cuba, acabou a chacinar os filipinos no outro lado do mundo), passou a ser a sua especialidade. O império da história mais seguro territorialmente (durante muito tempo foi a ilha britânica, lembremos, Hitler, que ia dominar o mundo dizem, não foi capaz de atravessar o canal da mancha) é o mais chickenhawk por um lado (têm medo da própria sombra) e o primeiro que faz guerras-proxy por um pequeno aliado, quando na história foram sempre os pequenos aliados a fazê-las pelo império.
3 comentários:
Devo entender, pelo exposto, que os americanos são culpados por reagir às loucuras homicidas, às intenções imperialistas, às ideologias totalitárias, ao fanatismo terrorista e ao ódio delirante que são despejados contra o seu país e contra o seu estilo de vida, e mesmo contra o Ocidente? Devo entender, pois, que os americanos deveriam ter cruzado os braços e ter assistido passivamente a sanha do Kaiser, a sanha do Eixo, a voracidade de Stálin, a marcha imperialista da URSS, o grito de ódio do fascismo islâmico? Bem, é um modo de ver a história. Penso que seja um modo errado.
Gostaria apenas que o críticos contumazes da América decidissem de vez o que esperam daquele país: quando os EUA se isolam, ou são criticados por se afastar dos "problemas do mundo", ou são paparicados por europeus desesperados, como aconteceu na 2ª Guerra (em 1941,após o ataque a Pearl Harbor, W. Churchill, que estava então empenhado em trazer os EUA para o conflito, exclamou: "Com que, então, vencemos!").
Por outro lado, quando os EUA se envolvem nos "problemas do mundo", a grande maioria deles criados pelos belicosos europeus (inclusive o Vietnan), são então rotulados de 'polícia do mundo', imperialistas,'Delenda Carthago', caçadores de monstros, e seu lá mais o quê.
Enfim, pode-se ou não gostar dos EUA. Mas que os críticos tenham ao menos coerência - e que os srs. europeus resolvam SOZINHOS as suas encrencas.
LG
> os críticos tenham ao menos coerência
É ler Gore Vidal, que ele explica isso. Muito brevemente, por analogia com os romanos, no fim do século XIX a república deu lugar ao império.
E são mestres de propaganda como nenhuns outros antes deles. Põem qualquer tougo a acreditar em seis coisas impossíveis antes do pequeno almoço, e sem ele dar pela coisa, que é o que tem mais graça.
Falar de Catão, o Velho, sem antes estudar, com profundidade, a sua biografia e a do seu tempo, dá nestas associações sem sentido...
Enfim...
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