19 abril 2013

uma maneira de estar

Inspecção da Saúde lança raide aos exames feitos no hospital


O ponto de partida desta auditoria é comparar a capacidade instalada de cada hospital com a taxa utilização destes equipamentos. Objectivo: racionalizar os meios de diagnóstico e terapêutica e maximizar resultados através do apuramento de eventuais desperdícios.

De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, em 2012 foram gastos cerca de 643 milhões de euros em meios de diagnóstico e terapêutica. Ainda assim, o valor tem vindo a cair: em 2010 e 2011 a despesa chegou aos 760 milhões e 722 milhões, respectivamente. A percepção é que "existe uma margem de ganhos [de eficiência] que se podem obter se estes equipamentos forem utilizados mais vezes e durante mais tempo", explicou uma fonte ligada ao processo que não quis, contudo, quantificar os valores que podem estar em causa.

Comentário: Ministério da saúde entretem-se com a microgestão.

6 comentários:

Ljubljana disse...

A propósito de exames (diálogo verídico):

médico estrangeiro a trabalhar em Portugal:-porque é que vocês aqui mandam fazer uma bateria de exames (mais ou menos generalizada) para todos os doentes?

médico português:-porque assim não corremos riscos.

tradução da resposta do médico português:-porque assim escusamos de por à prova a nossa competência, ou a incompetência. E afinal, não somos questionados sobre a sua real necessidade/utilidade e os contribuintes pagam e não questionam. Logo, porque não?

Como dizia esta semana o Joaquim Aguiar na sic notícias: o problema são os serviços serem baseados no conceito de "direito adquirido" e não na factura do seu custo.

naoseiquenome usar disse...

...Dê lá ideias alternativas válidas para actuação.

Euro2cent disse...

Carago, se não olham, é porque é às cegas, se olham, é porque é microgestão.

Preso por ter cão, preso por não ter, como se dizia.

(Não é que eu seja grande fã de "índices", e respectiva adoração cega, mas há por aí caça mais grossa.)

Anónimo disse...

Nós, médicos, sabemos que há város problemas:
1. descartar responsabilidades, o que é fruto da ignorância médica.
2. "ver se acerta", o que é fruto da ignorância médica.
3. pedir, porque o "utente" pediu (queria que me passasse um TACO porque ando com dores de cabeça). Se não pedir terá meia hora de moição pelo "utente". A "malta" médica já não está para chatisses.
Acho muito bem que o Ministério "fiscalize" o que se passa: punha na rua uns tantos colegas, com poupança de ordenados e de gastos. Médicos reles não merecem atenções.
Abraço do eao

Anónimo disse...

De manhã é virose porque é caro.
Há tarde marcadores cardíacos porque o seguro morreu de velho!!

BLUESMILE disse...

Entretanto os doentes morrem de enfarte porque os marcadores são caros.