15 abril 2013

pregar aos peixes


custos políticos — Post de 8 de Junho de 2010

Na sequência deste post do Ricardo e deste artigo do Alberoni, gostaria de colocar uma pergunta:

- O que é que tem maiores custos políticos, proceder atempadamente às chamadas reformas estruturais ou cortar às cegas na despesa quando for inadiável?

Infelizmente, a minha resposta é que tem maiores custos políticos proceder às reformas estruturais. O poder político assenta em coligações de interesses e as reformas iriam alterar o equilíbrio, sempre precário, entre os diferentes parceiros. Logo, a base de apoio do governo poderia esboroar-se.
Pelo contrário, aguardar pelo último segundo, do último minuto, para proceder a cortes cegos na despesa, tem menos potencial para hostilizar os apoiantes. O governo dirá que tentou evitar as medidas mais duras e, ainda, que tratou todos por igual. Nessa perspectiva, poderá tentar manter a sua legitimidade para governar.
Claro que esta segunda via tem mais custos para o País, mas o partido do governo pode ver aí a sua única tábua de salvação.

Comentário: Como previ em 2010, o governo de Portugal (PS e PSD/CDS) aguardou pelo último segundo para proceder a cortes na despesa que, à última hora, terão de ser cegos. Com os efeitos perniciosos que a Drª Teodora Cardoso aponta — ver post anterior.

1 comentário:

marina disse...

deixe estar que os cortes cegos assim à pressa e à bruta , sem olhar ao que estão a fazer à economia , também vai ter custos políticos : não vão conseguir ir aos mercados , como tanto almejam , para poder roubar um bocadinho e o psd vai ficar novamente de quarentena muitos e muitos anos.. são burros todos dias , também estes , deixam tudo preparadinho pró irmão gémeo ps .