A moral católica está de parabéns por ter conseguido não apoiar inicialmente o nazismo(projeto socialista), mas acabou naturalmente a ter de comer por tabela.
Cá foi igual. Depois do 25 de abril os católicos também acabaram a comer de tabela.
Tás a olhar Ricciardi? Não alucines e vai buscá-la.
Antes de mais, há duas coisas fundamentais a ter em conta. A primeira é que a estratégia do NSDAP, sendo um partido populista, e como o seu líder o afirmou; a estratégia era tomar as massas operárias: isto é, competir directamente pela militância com o PC alemão. Não sei se a maioria dos PCs era católico, ou se a maioria das pessoas nas regiões católicas seria o eleitorado alvo do NSDAP. Teríamos que saber, antes de tirar conclusões. Em todo o caso, o que se vê em 32 é muito diferente do que se vê em 33. Em 33 o apoio foi total. O mapa seria todo negro (é o mal... ze germans are coming!).
A segunda coisa a ter em conta é que os católicos contavam com o seu próprio partido, pelo que não espanta nada que votassem nele, sobretudo quando os católicos tendem a votar com a religião se as coisas se puserem nesses termos. O partido foi dissolvido a partir do momento em que se estabeleceu a concordata entre a Santa Sé e o Vaticano.
Nem vejo que grande coisa poderia dizer... Os católicos são anti-nazis? Mas quê? - anti-nazis anti-totalitários; anti-nazis anti-fascistas; anti-nazis anti-anti-semitas; anti-nazis anti-socialistas; ou anti-nazis anti-nacionalistas, ou anti-nazis anti-bigodes?
Qual é, ao certo, a anti-nazice dos católicos?
E onde é que se quer chegar com isto? E se os católicos não fossem anti-nazis? Que mal tem isso? No limite, que culpa têm os católicos de agora do crime de pensamento (já que é isso de que no fundo se trata) dos católicos de tempos passados?
É preciso ver uma coisa muito bem: antes de mais, se há coisa que um católico é necessariamente é anti-comunista - tão simplesmente pela jacobinice que lhe é associada e se traduz num ódio a tudo o que é religioso e, em virtude da proeminência dentre as religiões, a tudo o que é cristão e católico. O católico é anti-comunista, porque o comunista é anti-religioso, logo, anti-católico. Ora a única força capaz de dar combate eficaz ao comunismo na Alemanha desses tempos era o NSDAP. Tudo o mais, francamente, levava na tromba dos comunistas. É ir ver... O NSDAP nunca foi jacobino nem anti-religioso. Que eu saiba, houve sempre liberdade de culto na Alemanha nacional-socialista. Estes dois elementos chegam e sobram para compreender e, em minha opinião, justificar todo o apoio que se tivesse dado.
Em hindsight é fácil ser crítico, tendo em conta toda a história que nos contaram depois. Ainda que ela seja obscura em muitos pontos e que muito tenha ficado por contar (sobretudo em relação aos vencedores), é absurdo julgar as pessoas por aquilo que, pura e simplesmente, não poderiam conhecer. Mas verdadeiramente desprezível é tentar o truque de utilizar essa absurda culpabilização ou alegada falta dela, como meio de auto-engrandecimento: da mesma forma que os que na altura viveram não podem ser culpados de algo que desconheciam (seja lá o que for); não podem os de agora beneficiar também de qualquer factor atenuante de uma suposta culpa que nunca tiveram...
Querer fazê-lo não revela humildade nem decoro, que se querem num bom cristão, parece-me. Semelhante práctica faz antes lembrar outros costumes de outras gentes, que em nada são cristãs...
Ó tóto, diz lá então quem foi perseguido por questões religiosas na Alemanha? Quantas igrejas ou mesquitas foram destruídas?
Quanto os judeus, se a questão era religiosa, porque não foram as outras religiões perseguidas igualmente? E mesmo assim, por acaso sabes quantas sinagogas foram destruídas, porventura?
Diz lá, tu que te lembras dessas coisas. Tu que chamas ignorantes e cegos aos outros, sem avançares conhecimento algum ou luz sobre o assunto.
Toda a gente é expert em nazis... Quanto mais expert, menos dizem. Enfim, coitado do Zé Maria Pincel...
E mesmo assim, por acaso sabes quantas sinagogas foram destruídas, porventura?
,,,
Oi, Muja. Ë vc quem deveria informarse ao respeito para deixar de ser ignorante do tema em questao. E posso confirmar que nem foram nem uma , nem dois só...
Oh Muja..., pare lá de dizer alarvidades. A ignorância que está aqui a demonstrar é de tal forma profunda e o seu pensamento enviesado que nem toda a boa vontade do mundo lhe evita o vexame público.
É à conta do vexame público que ficam as verdades por dizer.
Se tem números, factos, referências, venham elas. Se não tem, não percebo que vexame poderá ser maior do que acusar os outros de ignorância, sem demonstrar em quê e como o são.
Para ser claro: eu sustento que não houve perseguição religiosa, nem a pessoas, nem a símbolos, na Alemanha Nacional-Socialista. A perseguição aos judeus nunca teve subjacente motivação religiosa, mas antes social e económica que, no caso dos judeus, significa racial.
E quem clama estar na posse da verdade, tem que mostrar. Não é assobiar para o lado e dizer que anda aí.
Mas já que se deu ao trabalho, eu também me dei de saber um pouco mais sobre o que diz nessas notícias, e sobre a primeira encontrei este artigo do NY Times:
Elabora um pouco mais do que o espanhol e, lá para o meio diz assim:
Its elaborate structure and the intricate painted decoration on the cupola ceiling will reproduce a form of architectural and artistic expression that was wiped out in World War II, when the Nazis put the torch to some 200 wooden synagogues in Eastern Europe.
Bom, 200 sinagogas na Europa de Leste? Eu não sei quantas havia ou há, mas só na Russia lembro-me de ter lido mais de cinco mil com apoio do estado russo, alguns anos antes da Revolução Soviética. É certo que se fala de sinagogas de madeira. E as outras?
Bom, eis o que diz no mesmo artigo:
There are also several impressive masonry synagogues within an easy drive of Sanok
The 18th-century synagogue in Lancut, now a museum, has beautifully restored interior painting and other decoration.
One in Rymanow stood for decades as a ruin but has been partially rebuilt, with a tall peaked roof now protecting the vigorous but sadly fading frescoes of Biblical animals and Jerusalem that grace its walls.
In Lesko, the 17th-century synagogue was rebuilt in the 1960s and today houses a gallery of local arts and crafts. Lesko’s vast Jewish cemetery, just a short walk away, is one of the oldest in Poland, with massive tombstones dating to the 16th century.
Não diz quando nem como foram destruidas as sinagogas, mas o cemitério centenário várias vezes, perto, não foi profanado por exemplo. O que seria algo surpreendente caso a perseguição fosse religosa. É procurar no youtube por muçulmanos a profanar cemitérios cristãos e judeus, e imagens de cemitérios profanados com simbologia judaica.
Quanto à segunda notícia, bom, posso argumentar com a sinagoga de Rykestrasse, em Berlim, a maior da Alemanha, que terá sido das menos destruídas durante a Noite de Cristal, embora tenha tido obras e reaberto posteriormente:
Jüdische Gemeinde mended the synagogue, one of the few little-destroyed ones in Berlin, and reopened it on the eve of Pessach 1939 (3 April).[21] Regular Jewish ceremonies could be held until on 12 April 1940 Jüdisches Nachrichtenblatt announced that services are not held any more in Rykestraße and the also reopened New Synagogue until further notice.
The Jewish school in the front building was forced to close in 1941. However, the Jewish community formally remained proprietor of the site. In May 1942 the borough of Prenzlauer Berg declared its will to acquire the site paying the ridiculous sum of reichsmark 191,860 and with effect of 1 September 1944 the site was conveyanced to the borough.[22] When on 6 May 1943 the Jewish community applied at the Gestapo for a sale permission, since all its property was under custodianship as were any sales proceeds, it named the Heeresstandortverwaltung I Berlin (German Army garrison administration no. I) as the tenant of all the site, except of two little apartments in the front building still rented out to residential tenants.
Portanto, que espécie de perseguição religiosa danifica locais de culto, mas permite que o culto continue, até com escolas para crianças? Agora, se não tiverem preguiça, vão lá ver o que fizeram na União Soviética. Aliás, nem é preciso mais que atravessar a fronteira e ver o que fizeram a igrejas, padres e freiras durante a guerra civil espanhola.
Mas já que falam e gostam de mandar bitaites para poderem todos masturbar a consciência com um bocadinho de culpa pelo que aconteceu aos judeus, ficam com um artigo sobre o papa Pio XII a quem essa alevantada gente se dedica agora a cobrir de aleivosias por não ter feito que chegasse para evitar a tragédia que eles dizem que ele sabia estar a acontecer, embora os serviços secretos americanos nunca tenham chegado a tal conclusão apesar de múltiplos voos de reconhecimento sobre Auschwitz.
O regime nazi perseguiu os católicos e a Igreja Católica. Principalmente por razões politicas, porque em muitos lugares a Igreja Católica se opunha ao regime nazi. Na Holanda, na Polonia e mesmo na alemanha o regime nazi perseguiu violentamente a igreja católica. Convém lembrar que Pio XI fez a enciclica "Mit brennender Sorge", exemplo único de enciclica escrita em alemão, não em latim, como sempre era, a condenar os principios filosofico-politicos do nazismo. Sugiro a leitura da wikipedia sobre esta enciclica: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mit_brennender_Sorge
Também o fascismo foi negativamente criticado numa enciclica.
O cristianismo não era bem visto pelos dirigentes nazis, a compaixão cristã era vista como uma fraqueza, uma religião de escravos e no fundo também uma obra de judeus.
o regime nazi fez uma concordata com a Igreja católica... mas também fizeram concordatas com a Igreja alguns regimes comunistas (cuba, mas não só) e países islamicos (por exemplo, Marrocos).
Em situações de perigo a igreja tenta com as concordatas manter alguma proteção aos católicos através das concordatas. Daí ter feito concordatas com países comunistas, islamicos, nazi alemão, fascismo italiano... isso não torna a igreja apoiante do comunismo, nem do integrismo islamico.
Que considerassem a Igreja Católica hostil é uma coisa, pelos vistos justificada (cf. o texto linkado acima). Perseguir católicos (por o serem apenas) é outra completamente diferente e sobre a qual tenho muitas dúvidas... Na wikipedia não diz que até 41 os próprios judeus puderam levar a cabo os seus rituais na Rykestrasse? Não me parece provável que o fosse permitido aos judeus sem o ser aos católicos...
Aliás isso nem faria sentido nenhum, pois uma grande parte dos alemães era católica, a Áustria era católica, tal como a maior parte dos países que inicialmente se aliaram à Alemanha. Mais incrível ainda seria a perseguição dos cristãos! Significaria, na práctica, a perseguição da quase totalidade da população! Não fazia sentido algum alienar uma larga parte (católicos), muito menos a quase totalidade (cristãos), da população de um Reich que se queria por mil anos...
Além do mais, apesar de progressista, o Nacional-Socialismo era nacionalista. Ora não há, pura e simplesmente, volta a dar que permita considerar o conceito de nação europeia sem considerar a religião cristã. Uma e outra são indissociáveis. Por mais que o Nacional-Socialismo quisesse transpor essa noção para o plano da biologia através da raça ou do sangue, é impossível separá-las completamente sem aniquilar por completo a consciência nacional: a consciência de que se faz parte de uma nação - o que estaria nos antípodas dos objectivos nacional-socialistas...
Nem estou ao corrente de que a Igreja se tenha alguma vez queixado de perseguições aos fieis...
> Ora não há, pura e simplesmente, volta a dar que permita considerar o conceito de nação europeia sem considerar a religião cristã.
Treta, mujahedin. Tinham o filão Nietzsche / Wagner para explorar. Era óbvio que o Herrenvolk seria neo-pagão, e deixariam essa coisa de cristianismo para os criados.
Mas V. baseia-se em quê, para afirmar tal coisa?? Em whishful thinking , ou movies de Hollywood?
Quer ver que agora o Adolfo era pagão e andava a dançar nu a saltitar à volta de calhaus, no meio da Floresta Negra... Mas devia ser um pagão monoteísta, porque quando ele fala, fala em Deus e não em deuses...
Suponho que saiba de onde vem o epíteto III Reich? Ora o que tenho para lhe perguntar é quantos Reichs houveram, que fossem pagãos?
Uma coisa é pegar na simbologia e nos ícones pagãos, para realçar e enfatizar o carácter germânico e pô-lo diante da vista das pessoas. Encenar coisas grandiosas e criar uma aura teatral para ajudar a galvanizar multidões.
Outra é achar que se substitui uma religião assim por decreto e em coisa de cinco ou sete anos... Vs. nem as pensam...
Palavra de honra que a Alemanha dos anos trinta foi erradicada da história... O que ficou é um mundo de fantasia, de que se podem afirmar as mais mirabolantes e estapafúrdias coisas a que toda a gente acena gravemente com a cabeça sem ousar questionar uma vírgula... desde que digam mal dos alemães e bem de toda a vítima, real ou imaginária. (não estou a dizer que é o seu caso Euro2cent, mas também não se livra completamente).
20 comentários:
Excelentes gráficos CN.
A moral católica está de parabéns por ter conseguido não apoiar inicialmente o nazismo(projeto socialista), mas acabou naturalmente a ter de comer por tabela.
Cá foi igual. Depois do 25 de abril os católicos também acabaram a comer de tabela.
Tás a olhar Ricciardi? Não alucines e vai buscá-la.
Isto tem mais que se lhe diga.
Antes de mais, há duas coisas fundamentais a ter em conta. A primeira é que a estratégia do NSDAP, sendo um partido populista, e como o seu líder o afirmou; a estratégia era tomar as massas operárias: isto é, competir directamente pela militância com o PC alemão. Não sei se a maioria dos PCs era católico, ou se a maioria das pessoas nas regiões católicas seria o eleitorado alvo do NSDAP. Teríamos que saber, antes de tirar conclusões.
Em todo o caso, o que se vê em 32 é muito diferente do que se vê em 33. Em 33 o apoio foi total. O mapa seria todo negro (é o mal... ze germans are coming!).
A segunda coisa a ter em conta é que os católicos contavam com o seu próprio partido, pelo que não espanta nada que votassem nele, sobretudo quando os católicos tendem a votar com a religião se as coisas se puserem nesses termos. O partido foi dissolvido a partir do momento em que se estabeleceu a concordata entre a Santa Sé e o Vaticano.
Por isso, basicamente, isto não quer dizer nada.
Nem vejo que grande coisa poderia dizer... Os católicos são anti-nazis? Mas quê? - anti-nazis anti-totalitários; anti-nazis anti-fascistas; anti-nazis anti-anti-semitas; anti-nazis anti-socialistas; ou anti-nazis anti-nacionalistas, ou anti-nazis anti-bigodes?
Qual é, ao certo, a anti-nazice dos católicos?
E onde é que se quer chegar com isto? E se os católicos não fossem anti-nazis? Que mal tem isso? No limite, que culpa têm os católicos de agora do crime de pensamento (já que é isso de que no fundo se trata) dos católicos de tempos passados?
É preciso ver uma coisa muito bem: antes de mais, se há coisa que um católico é necessariamente é anti-comunista - tão simplesmente pela jacobinice que lhe é associada e se traduz num ódio a tudo o que é religioso e, em virtude da proeminência dentre as religiões, a tudo o que é cristão e católico. O católico é anti-comunista, porque o comunista é anti-religioso, logo, anti-católico.
Ora a única força capaz de dar combate eficaz ao comunismo na Alemanha desses tempos era o NSDAP. Tudo o mais, francamente, levava na tromba dos comunistas. É ir ver...
O NSDAP nunca foi jacobino nem anti-religioso. Que eu saiba, houve sempre liberdade de culto na Alemanha nacional-socialista.
Estes dois elementos chegam e sobram para compreender e, em minha opinião, justificar todo o apoio que se tivesse dado.
Em hindsight é fácil ser crítico, tendo em conta toda a história que nos contaram depois. Ainda que ela seja obscura em muitos pontos e que muito tenha ficado por contar (sobretudo em relação aos vencedores), é absurdo julgar as pessoas por aquilo que, pura e simplesmente, não poderiam conhecer.
Mas verdadeiramente desprezível é tentar o truque de utilizar essa absurda culpabilização ou alegada falta dela, como meio de auto-engrandecimento: da mesma forma que os que na altura viveram não podem ser culpados de algo que desconheciam (seja lá o que for); não podem os de agora beneficiar também de qualquer factor atenuante de uma suposta culpa que nunca tiveram...
Querer fazê-lo não revela humildade nem decoro, que se querem num bom cristão, parece-me. Semelhante práctica faz antes lembrar outros costumes de outras gentes, que em nada são cristãs...
"O NSDAP nunca foi jacobino nem anti-religioso. Que eu saiba, houve sempre liberdade de culto na Alemanha nacional-socialista."
LOL.
Esta gente é mais cega e ignorante do que seria de supor.
Caramba, que não se lemba da tolerância religiosa do regime nazi e das sinagogas a pulular por toda a Alemanha...
Ó tóto, diz lá então quem foi perseguido por questões religiosas na Alemanha? Quantas igrejas ou mesquitas foram destruídas?
Quanto os judeus, se a questão era religiosa, porque não foram as outras religiões perseguidas igualmente?
E mesmo assim, por acaso sabes quantas sinagogas foram destruídas, porventura?
Diz lá, tu que te lembras dessas coisas. Tu que chamas ignorantes e cegos aos outros, sem avançares conhecimento algum ou luz sobre o assunto.
Toda a gente é expert em nazis... Quanto mais expert, menos dizem. Enfim, coitado do Zé Maria Pincel...
"concordata entre a Santa Sé e o Vaticano" Muito bom, mesmo! Ah! Ah!Ah!
Bom, não haveria concordata com mais concórdia!
Seria, evidentemente, Alemanha em vez de Vaticano...
E mesmo assim, por acaso sabes quantas sinagogas foram destruídas, porventura?
,,,
Oi, Muja. Ë vc quem deveria informarse ao respeito para deixar de ser ignorante do tema em questao.
E posso confirmar que nem foram nem uma , nem dois só...
Oh Muja..., pare lá de dizer alarvidades.
A ignorância que está aqui a demonstrar é de tal forma profunda e o seu pensamento enviesado que nem toda a boa vontade do mundo lhe evita o vexame público.
Eu quero que o vexame público se foda. Entende?
É à conta do vexame público que ficam as verdades por dizer.
Se tem números, factos, referências, venham elas. Se não tem, não percebo que vexame poderá ser maior do que acusar os outros de ignorância, sem demonstrar em quê e como o são.
Para ser claro: eu sustento que não houve perseguição religiosa, nem a pessoas, nem a símbolos, na Alemanha Nacional-Socialista.
A perseguição aos judeus nunca teve subjacente motivação religiosa, mas antes social e económica que, no caso dos judeus, significa racial.
A historia é assim.
Se um quer buscar e realmente busca acha.
Nada a fazer com a sua preguiça para certos temas...comprende?
http://www.prensajudia.com/shop/detallenot.asp?notid=24974
http://www.lavozdegalicia.es/sociedad/2008/09/15/0003_7141306.htm
Não a história é a verdade.
E quem clama estar na posse da verdade, tem que mostrar. Não é assobiar para o lado e dizer que anda aí.
Mas já que se deu ao trabalho, eu também me dei de saber um pouco mais sobre o que diz nessas notícias, e sobre a primeira encontrei este artigo do NY Times:
http://www.nytimes.com/2011/06/16/arts/16iht-synagogue16.html
Elabora um pouco mais do que o espanhol e, lá para o meio diz assim:
Its elaborate structure and the intricate painted decoration on the cupola ceiling will reproduce a form of architectural and artistic expression that was wiped out in World War II, when the Nazis put the torch to some 200 wooden synagogues in Eastern Europe.
Bom, 200 sinagogas na Europa de Leste? Eu não sei quantas havia ou há, mas só na Russia lembro-me de ter lido mais de cinco mil com apoio do estado russo, alguns anos antes da Revolução Soviética.
É certo que se fala de sinagogas de madeira. E as outras?
Bom, eis o que diz no mesmo artigo:
There are also several impressive masonry synagogues within an easy drive of Sanok
The 18th-century synagogue in Lancut, now a museum, has beautifully restored interior painting and other decoration.
One in Rymanow stood for decades as a ruin but has been partially rebuilt, with a tall peaked roof now protecting the vigorous but sadly fading frescoes of Biblical animals and Jerusalem that grace its walls.
In Lesko, the 17th-century synagogue was rebuilt in the 1960s and today houses a gallery of local arts and crafts. Lesko’s vast Jewish cemetery, just a short walk away, is one of the oldest in Poland, with massive tombstones dating to the 16th century.
Não diz quando nem como foram destruidas as sinagogas, mas o cemitério centenário várias vezes, perto, não foi profanado por exemplo. O que seria algo surpreendente caso a perseguição fosse religosa. É procurar no youtube por muçulmanos a profanar cemitérios cristãos e judeus, e imagens de cemitérios profanados com simbologia judaica.
Quanto à segunda notícia, bom, posso argumentar com a sinagoga de Rykestrasse, em Berlim, a maior da Alemanha, que terá sido das menos destruídas durante a Noite de Cristal, embora tenha tido obras e reaberto posteriormente:
Jüdische Gemeinde mended the synagogue, one of the few little-destroyed ones in Berlin, and reopened it on the eve of Pessach 1939 (3 April).[21] Regular Jewish ceremonies could be held until on 12 April 1940 Jüdisches Nachrichtenblatt announced that services are not held any more in Rykestraße and the also reopened New Synagogue until further notice.
The Jewish school in the front building was forced to close in 1941. However, the Jewish community formally remained proprietor of the site. In May 1942 the borough of Prenzlauer Berg declared its will to acquire the site paying the ridiculous sum of reichsmark 191,860 and with effect of 1 September 1944 the site was conveyanced to the borough.[22] When on 6 May 1943 the Jewish community applied at the Gestapo for a sale permission, since all its property was under custodianship as were any sales proceeds, it named the Heeresstandortverwaltung I Berlin (German Army garrison administration no. I) as the tenant of all the site, except of two little apartments in the front building still rented out to residential tenants.
http://en.wikipedia.org/wiki/Rykestrasse_Synagogue
Portanto, que espécie de perseguição religiosa danifica locais de culto, mas permite que o culto continue, até com escolas para crianças?
Agora, se não tiverem preguiça, vão lá ver o que fizeram na União Soviética. Aliás, nem é preciso mais que atravessar a fronteira e ver o que fizeram a igrejas, padres e freiras durante a guerra civil espanhola.
Mas já que falam e gostam de mandar bitaites para poderem todos masturbar a consciência com um bocadinho de culpa pelo que aconteceu aos judeus, ficam com um artigo sobre o papa Pio XII a quem essa alevantada gente se dedica agora a cobrir de aleivosias por não ter feito que chegasse para evitar a tragédia que eles dizem que ele sabia estar a acontecer, embora os serviços secretos americanos nunca tenham chegado a tal conclusão apesar de múltiplos voos de reconhecimento sobre Auschwitz.
http://vho.org/GB/Journals/JHR/13/5/Martinez26.html
Nele se argumenta que o Papa, ao contrário do que agora dizem, só não fez o que não pode pelo povo eleito.
*pôde
Entretanto, no período de dito apogeu da libardade e tolerância religiosa, em França:
http://www.dailymotion.com/video/xyp79z_demolition-de-la-facade-est-de-l-eglise-saint-jacques_news?start=10#.UWQdaatxuGo
O regime nazi perseguiu os católicos e a Igreja Católica. Principalmente por razões politicas, porque em muitos lugares a Igreja Católica se opunha ao regime nazi. Na Holanda, na Polonia e mesmo na alemanha o regime nazi perseguiu violentamente a igreja católica.
Convém lembrar que Pio XI fez a enciclica "Mit brennender Sorge", exemplo único de enciclica escrita em alemão, não em latim, como sempre era, a condenar os principios filosofico-politicos do nazismo.
Sugiro a leitura da wikipedia sobre esta enciclica:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mit_brennender_Sorge
Também o fascismo foi negativamente criticado numa enciclica.
O cristianismo não era bem visto pelos dirigentes nazis, a compaixão cristã era vista como uma fraqueza, uma religião de escravos e no fundo também uma obra de judeus.
o regime nazi fez uma concordata com a Igreja católica... mas também fizeram concordatas com a Igreja alguns regimes comunistas (cuba, mas não só) e países islamicos (por exemplo, Marrocos).
Em situações de perigo a igreja tenta com as concordatas manter alguma proteção aos católicos através das concordatas. Daí ter feito concordatas com países comunistas, islamicos, nazi alemão, fascismo italiano... isso não torna a igreja apoiante do comunismo, nem do integrismo islamico.
xyz
Que considerassem a Igreja Católica hostil é uma coisa, pelos vistos justificada (cf. o texto linkado acima). Perseguir católicos (por o serem apenas) é outra completamente diferente e sobre a qual tenho muitas dúvidas... Na wikipedia não diz que até 41 os próprios judeus puderam levar a cabo os seus rituais na Rykestrasse? Não me parece provável que o fosse permitido aos judeus sem o ser aos católicos...
Aliás isso nem faria sentido nenhum, pois uma grande parte dos alemães era católica, a Áustria era católica, tal como a maior parte dos países que inicialmente se aliaram à Alemanha.
Mais incrível ainda seria a perseguição dos cristãos! Significaria, na práctica, a perseguição da quase totalidade da população!
Não fazia sentido algum alienar uma larga parte (católicos), muito menos a quase totalidade (cristãos), da população de um Reich que se queria por mil anos...
Além do mais, apesar de progressista, o Nacional-Socialismo era nacionalista. Ora não há, pura e simplesmente, volta a dar que permita considerar o conceito de nação europeia sem considerar a religião cristã. Uma e outra são indissociáveis. Por mais que o Nacional-Socialismo quisesse transpor essa noção para o plano da biologia através da raça ou do sangue, é impossível separá-las completamente sem aniquilar por completo a consciência nacional: a consciência de que se faz parte de uma nação - o que estaria nos antípodas dos objectivos nacional-socialistas...
Nem estou ao corrente de que a Igreja se tenha alguma vez queixado de perseguições aos fieis...
> Ora não há, pura e simplesmente, volta a dar que permita considerar o conceito de nação europeia sem considerar a religião cristã.
Treta, mujahedin. Tinham o filão Nietzsche / Wagner para explorar. Era óbvio que o Herrenvolk seria neo-pagão, e deixariam essa coisa de cristianismo para os criados.
Falta de tempo, quando muito.
E mais, para quem não tenha visto antes - Rosa Branca: http://en.wikipedia.org/wiki/White_Rose
Mas V. baseia-se em quê, para afirmar tal coisa?? Em whishful thinking , ou movies de Hollywood?
Quer ver que agora o Adolfo era pagão e andava a dançar nu a saltitar à volta de calhaus, no meio da Floresta Negra... Mas devia ser um pagão monoteísta, porque quando ele fala, fala em Deus e não em deuses...
Suponho que saiba de onde vem o epíteto III Reich?
Ora o que tenho para lhe perguntar é quantos Reichs houveram, que fossem pagãos?
Uma coisa é pegar na simbologia e nos ícones pagãos, para realçar e enfatizar o carácter germânico e pô-lo diante da vista das pessoas. Encenar coisas grandiosas e criar uma aura teatral para ajudar a galvanizar multidões.
Outra é achar que se substitui uma religião assim por decreto e em coisa de cinco ou sete anos... Vs. nem as pensam...
Palavra de honra que a Alemanha dos anos trinta foi erradicada da história... O que ficou é um mundo de fantasia, de que se podem afirmar as mais mirabolantes e estapafúrdias coisas a que toda a gente acena gravemente com a cabeça sem ousar questionar uma vírgula... desde que digam mal dos alemães e bem de toda a vítima, real ou imaginária. (não estou a dizer que é o seu caso Euro2cent, mas também não se livra completamente).
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