17 março 2013

Católicos podem ser libertários

Do texto mencionado por PA (The Religious Roots of Modern Poverty Policy: Catholic, Lutheran, and Reformed Protestant Traditions Compared):
"In the tradition of Catholic Caritas and according to what came to be called the subsidiarity principle in the 20th century, helping the poor was a responsibility of the local Christian community and should arise from compassion rather than legal force through the state. Relatives, friends, employers and the church all felt individually responsible for the poor. Typical examples of Catholic poor relief are Spain and Italy, where relief stayed localized and the churches remained the most important provider of assistance. Until the 20th century, there was no national regulation on minimum benefits."
O que dizer de uma ordem social onde, pelas minhas contas, quem aufere um salário bruto de 1680€ paga cerca de 55% impostos (IRS, TSU, TSU empresa, IVA/outros)? Que espaço existe para a caridade de proximidade? O estado social é uma armadilha e ameaça ao catolicismo, como o é mais genericamente a qualquer relação social personalista.

Um católico pode ser libertário, e provavelmente até caberá a estes não fazer esquecer esta tradição ou ethos.

4 comentários:

Pedro Sá disse...

Isso é a ladainha reaccionária da Thatcher, que era por princípio contra o Estado Social (portanto, contra os direitos) porque retirava espaço para a caridade (portanto, à arbitrariedade).

Anónimo disse...

Desculpa la Pedro Sa, porque e que volta nao volta metes um comentario "bump"?

So por curiosidade.

Elaites

Pedro Sá disse...

Parvoíces do google que fazem com que o login muitas vezes não seja automático...depois para seguir os comentários tenho que meter um segundo comentário.

zazie disse...


E eu a pensar que era uma versão socialista de "bisonte gordo, falou!"