19 março 2013

All lines of inquiry lead back to World War I

"ALL ABOUT US we can see clearly now that the West is passing away. (...)

In a single century, all the great houses of continental Europe fell. All the empires that ruled the world have vanished. Not one European nation, save Muslim Albania, has a birthrate that will enable it to survive through the century.

What happened to the West and our world—is what this book is about. For it was the war begun in 1914 and the Paris peace conference of 1919 that destroyed the German, Austro-Hungarian, and Russian empires and ushered onto the world stage Lenin, Stalin, Mussolini, and Hitler. And it was the war begun in September 1939 that led to the slaughter of the Jews and tens of millions of Christians, the devastation of Europe, Stalinization of half the continent, the fall of China to Maoist madness, and half a century of Cold War.

Every European war is a civil war, said Napoleon. Historians will look back on 1914–1918 and 1939–1945 as two phases of the Great Civil War of the West, where the once-Christian nations of Europe fell upon one another with such savage abandon they brought down all their empires, brought an end to centuries of Western rule, and advanced the death of their civilization. In deciphering what happened to the West, George F. Kennan, the geostrategist of the Cold War, wrote, “All lines of inquiry lead back to World War I.”

Churchill, Hitler, and "The Unnecessary War": How Britain Lost Its Empire and the West Lost the World by Patrick J. Buchanan

5 comentários:

Eduardo Freitas disse...

Quite true.

lusitânea disse...

Os impérios agora do "bem" porque são os europeus a pagar,estão a ser reconstruidos agora na Europa e a todo o vapor...um verdadeiro milagre!

LG disse...

Não concordo com isso de deixo nenhum. Lança-se, ao fim e ao cabo, a culpa pelas guerras que detonaram a Europa e o Ocidente, nas costas largas das democracias liberais, mas isso, sinto dizer, não corresponde à verdade factual. Até concordo que a Conferência de 1914 tratou de fornma muito dura a Alemanha, seguindo um entendimento um tanto histérico do Presidente Wilson, além de reparações de guerra em termos terríveis impostos sobretudo pelos franceses. Mas é preciso estudar as ideologias que fomentaram o militarismo alemão pré-primeira Guerra e as doutrinas nacionalistas e totalitárias que emergiram nos anos 30, e que, note-se, não foram gestadas nas democracias liberais. Não gosto de pensar nas guerras mundiais como "guerras civis europeias", mas prefiro entendê-las como uma luta em a barbárie e a civilização. Neste ponto, as explicações de Paul Johnson em "Tempos Modernos" parecem-me mais razoáveis. Diante da cobiça do Kaiser ou diante da loucura de Hitler, como não lutar essas guerras? Havia alguma alternativa? Não consigo perceber de onde Pat. Buchanan foi tirar essa idéia de que a 2ª Guerra foi uma "guerra desnecessária". Será que uma maior complacência com a Alemanha em 1914 teria parado o influxo da inundação de ideologias supremacistas e de nacionalismo extremo que eletrizavam a Alemanha desde o fim o séc. XIX? Penso que não. O grande mal de certos libertários é pretender explicar todos os movimentos da história como se fossem meros reflexos de decisões econômicas.
Não concordo também com essa insistente caracterização de Churchill como um 'lord of war', que ele nunca foi, apesar de seu temperamento não raro intempestivo. Na verdade, Churchill detestava guerras e se atormentava em demasia com o sofrimento dos civis, de uma forma tal que chegou a parecer incompreensível para Stálin. O ponto é bem tratado por Lord Roy Jenkins na sua ótima biografia de Churchill.
Por fim, quero dizer que todas as linhas de investigação não levam à 1ª Guerra, mas ao período anterior a ela, ao final do séc. XIX, como muito bem explicado por Paul Johnson.
Um abraço a todos.
LG

muja disse...

Então qual é verdade factual?

É aquela que lhe agrada, suponho. A de que a 2a guerra mundial foi uma luta entre a barbárie e a civilização...

Mas joguemos esse jogo um bocadinho:

Suponho que a barbárie seria representada pelo Eixo, e a civilização pelos Aliados. Donde se conclui que ganhou a civilização e perdeu a barbárie. Portanto:

É ou não é verdade que a civilização (europeia) tem vindo a declinar, a abastardar-se, a eroderem-se os seus valores, a sua cultura e o seu poderio económico, de forma vertiginosa desde o fim da guerra?

Suponho que considere, portanto, a União Soviética como um modelo de civilização. Há cerca de setenta anos, três milhões de europeus discordavam. Tanto, que se alistaram como voluntários para combater ao lado da barbárie em condições absolutamente tenebrosas esse farol de civilização. Já do lado da civilização era necessário motivá-los à base de chumbo: ou o dos inimigos, ou o dos próprios oficiais. Claramente, tudo gente muito equivocada...


Na verdade, Churchill detestava guerras e se atormentava em demasia com o sofrimento dos civis

Que comovente... Lord Churchill era quase um santo. Pobre homem... O que não deve ter sofrido ao ter notícias de que as vagas de bombardeiros estratégicos do seu Bomber Command aniquilavam cidade alemã atrás de cidade alemã. Também se lhe deve ter partido o coração com a técnica aprimorada de bombardeamento utilizada, consistindo em criar uma "firestorm" que consumisse toda a cidade, o pináculo da qual foi Dresden, com o martírio por imolação de centos de milhares de pessoas indiscriminadamente - mulheres, crianças, prisioneiros, alemães, ingleses, russos, americanos, refugiados, feridos, tudo. Curiosamente, Dresden tinha zero - sim, zero! - objectivos militares. Que peso na consciência do pobre senhor Churchill... Isto para não falar de Hamburgo, Berlim, Hannover, etc, etc.

Bom, e que dizer de Hiroshima e Nagasaki? Mais dois actos brilhantes de civilização! Diz-se que se viu o clarão da China, pelo menos... E isto enquanto Tóquio ardia já diariamente, bombardeada pelo mesmo tipo de bombardeiros estratégicos. Centos de milhares de japoneses conheceram as luzes da civilização ocidental...

Enfim, mas uma vez que vidas humanas de alemães e japoneses não são, como toda a gente sabe, grandes exemplos de civilização, podemos falar por exemplo de obras de arte e património arquitectónico que os bombardeiros estratégicos obviamente, coitados, não podiam distinguir dos objectivos militares. Só os bárbaros do Eixo por artes negras o conseguiam, como conseguiram. Claro que o facto de não voarem em bombardeiros estratégicos de destruição maciça talvez ajudasse. Para exemplo concreto dou o mosteiro de Monte Cassino que os civilizados americanos fizeram o favor de arrasar com o pretexto de que estava ocupado pelos alemães - como estava. Simplesmente, era muito mais fácil de defender em ruínas como vieram rapidamente a perceber. O que levanta a questão: porque não o destruíram logo os bárbaros alemães? Mistérios da história...

Por fim, uma nota sobre ideologias supremacistas: ainda bem que ganhou a civilização e pudemos viver depois num mundo dividido em duas ideologias não-supremacistas, agora reduzidas a uma. Olha se tinha ganho a barbárie! Olha se os civilizados tinham acordado a paz que lhes foi proposta (claro que havia ali uma magia negra qualquer, que os bárbaros nunca dormem e passam o tempo a tecé-las) mais que uma vez pelo louco anticristo... Um mundo cheio de ideologias supremacistas! Deus nos livre, mal por mal, antes uma hem?






Anónimo disse...

CN, ao longo dos post de Human Smoke e, neste último, ressalto mujahedin. No fundo lembra-me o dito "Ai dos vencidos". Como o Homo Sapiens sapiens existe para aí há um milhão de anos, temos o dever de saber que:
1. a História repete-se.
2. uma longa carreira política tem de se estribar em:
a) saber História;
b) saber "do que o povo gasta".
3. quem pode manda e quem não pode obedece.
4. sem boa lei não haverá justiça.
5. sem perdão também não haverá justiça (compare-se Japão e Alemanha com Hungria e Polónia).
abraço do eao