27 fevereiro 2013

salvar a democracia de si mesma III - Pensões de Reforma

2011: reformados da segurança social + caixa geral da aposentação: 63.8% da população activa (dados: Pordata)

Não admira que a TSU só pague hoje 56% das despesas com pensões de reforma e seja preciso enganar o povo com o recurso a transferências do OE (quer do IVA consignado quer de outras receitas).

O primeiro passo para resolver problemas é tornar as coisas claras e verdadeiras:

- separar a eventual componente redistributiva, colocando-a noutra rubrica da despesa do estado,
- acabar com a noção de TSU paga pelas empresas, integrando-a no rendimento bruto do trabalhador.
- aumentar a TSU e baixar os outros impostos de forma ao sistema ser autofinanciado, como é suposto ser.

Com este cenário transparente, será claro que as reformas devem baixar, e devem baixar tanto quanto esta receita assim autonomizada baixar (quem sabe um dia possa subir), sendo urgentíssimo aumentar significativamente a idade de reforma o quanto antes.

O que se ganharia? assegurar um sistema sem défice, e isolado dos restantes problemas de solvabilidade do Estado, dado assumir-se plenamente como um serviços de transferência entre população activa contributiva e população receptora. Ou seja, nenhum colapso potencial do estado deveria por em causa este serviço / transferência dado estar assim isolado. Mude-se de moeda, acabe a UE, o poder central desabe, o que seja. Bem mais seguro que actualmente.

Pelo caminho pode ser que se convençam que o melhor é regressar à soberania de cada um. O sistema quanto muito deveria tratar de uma componente subsidiária.

PS: Ou então ponham a cabela debaixo da terra e ignorem-no e deixem o regime fazer as suas habituais fugas para a frente. Pessoalmente o colapso não me incomoda por mais que me venha a afectar na prática. É o que merecemos.

7 comentários:

Anónimo disse...

Pelo menos estará de acordo com o Keynes que quanto mais desemprego maior problema tem um país estructurado neste tipo de sistema...

muja disse...

Eu não mereço nada disso ó CN. Fale por si.

A mim ninguém me perguntou se queria "libardade".

Bem podem enfiá-la aonde o outro Viegas sugeriu.

Se pudesse, hoje votava fassismo.

Portanto, é o que merecemos não. É o que merecem alguns idiotas mai-los filhos da puta que os enrolaram.

Mas que todos temos que sofrer por conta.

Convém ter isso presente, porque não somos todos farinha do mesmo saco...

João Mezzomo disse...

Só um comentário sobre o título: Salvar a democracia do que mesmo? Me considero um democrata até as tripas, mas será que existe hoje no Ocidente alguém que conseguiria ser ditador? Digo, alguém que resistiria a uma vaia que seja? Felizmente ou infelizmente estamos condenados à democracia, até por falta de culhões.....

Carlos disse...

Excelente post. Talvez um dia se perceba que as propostas para a TSU do ano passado não eram assim tão disparatadas.

Anónimo disse...

"Pessoalmente o colapso não me incomoda por mais que me venha a afectar na prática. É o que merecemos."

de acordo

Mário

BLUESMILE disse...

"É o que merecemos."????????????

Soa-me a nazismo goebeliano, esta autofustigação descerebrada.

Já o outro dizia que uma mentira tantas vezes repetida se transforma em verdade.

E este síndrome de Estocolmo económico demonstra-o. As vítima são as culpadas e os agressores uns queridos que as tentam salvar de si mesmas.

Isto anda tudo doido.

muja disse...

Lá vem esta atrasada falar do que não sabe. Nunca ouviu falar Goebbels nem nenhum outro nazi, mas soa-lhe...