11 fevereiro 2013

que baste

Gostaria aqui de responder a este post do Rui.
 
Por que é que me afastei dos autores liberais modernos, como Mises, Rand, Rothbard, Hayek, Friedman, para citar os  cinco mais conhecidos? (De todos, o melhor para mim continua a ser o Hayek).
 
Foi quando me dei conta de que as ideias que eles defendiam eram ideias contra a nossa cultura, portanto contra nós - contra mim, contra o Rui, os nossos filhos, pais, avós, netos, amigos - enfim, contra todos os portugueses.
 
Eu não podia fazer isso. Ser português e viver no meio de portugueses e, ao mesmo tempo, andar a defender ideias que são inimigas dos portugueses e da sua cultura católica. Como é que eu amanhã iria explicar uma coisa destas aos meus netos, andar a defender ideias e autores que são também inimigos deles?
 
De maneira que decidi que iria defender a minha cultura, que é também a deles. As coisas não têm corrido mal. Uma coisa é certa. Até onde eu possa influenciar, os meus netos não vão repetir a pecha dos pretensos intelectuais portugueses, que é a de andarem a imitar e a citar ideias estrangeiras ao mesmo tempo que depreciam as ideias da sua cultura para as quais frequentemente nem sequer olharam.
 
Comerciantes de ideias em segunda mão, para utilizar uma expressão do Hayek,  já temos cá que baste, e com os resultados económicos, sociais e políticos que estão à vista de todos.
 

5 comentários:

Ricciardi disse...

Eu, olhe, aprecio imensamente mais o Friedman.
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Por um motivo só: foi tipo que experienciou na governança as suas ideias. Todos os outros são teoricos ou académicos, como Hayek, que tinham um cagaço tremendo em decidir.
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Hayek não respondia claramente aos problemas reais tomando em consideração a oportunidade do momentum. Nem em termos eleitorais, nem sociais. Limitava-se a discorrer (aparentes) coerências sem considerar a executibilidade das mesmas.
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Isso não quer dizer que, em termos puristas, ele não tivesse muitas vezes razão. Mas a razão separada do meio envolvente e das emoções de uma sociedade, não vale senão como modelo aonde podemos tirar umas coisitas aqui e outros acolá.
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Rb

Ricciardi disse...

E não é por acaso que o único tipo que vivenciou a governança (Friedman) seja de entre aqueles que apontou o único que tinha pontos de contacto nas ideias com Keynes, que era, também ele, tipo de governança, de decisão.
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Rb

lusitânea disse...

Os testas de ferro intelectuais que têm pastoreado os Portugueses, a maioria do estilo internacionalista quer do ponto de vista do trabalho, quer do capital, deveriam ler este post para poderem concluir da traição que têm andado a cometer ao "seu" povo.

BLUESMILE disse...

Precisamente por isso, é incompreensível a sua justificação do Opus Dei.

BLUESMILE disse...

Precisamente por isso, é incompreensível a sua justificação do Opus Dei.