A moral e a ética não são separáveis ou sequer dissociáveis pela razão pura. A ideia elementar de justiça (que não é exactamente sinónimo de «ética») é a de «dar a cada um aquilo que lhe pertence». A ética procura o que é justo e moral, buscando o sentido de justiça nos valores essenciais e atemporais do género humano, se quisermos, no «direito natural». A moral, por sua vez, não pode deixar de coadunar-se com o que deve ser, isto é, com a ideia do que é justo e eticamente louvável. Ainda que atribuamos à moral um sentido utilitário, de que a ética supostamente poderá prescindir, a utilidade dos nossos juízos morais não pode sobrevoar o género humano, logo, ficar acima ou ao lado do que é justo e correcto. Não existem valores morais «tailor made». Para além do mais, o juízo moral, condenatório ou abonatório, nunca é social, mas íntimo e individual, sendo que homem algum poderá buscar a sua ética existencial no que for moralmente declinável. Aquilo a que comummente se chama «moral social» mais não é do que o que predominantemente pensam e intuem os indivíduos numa comunidade determinada, num certo momento histórico e existencial, tendo por referência, obviamente, o que é humano. Por outras palavras: não existem super-homens, e não vivemos «para além do bem e do mal». O racionalismo nietzscheano de Rothbard, que admite o divórcio entre o ser e o que deve ser, e que julga encontrar o direito natural no reconhecimento da soberania moral individual ilimitada, ainda que contrária à ética mais elementar, desde que sobre ela não recaia a condenação legal, mas meramente social, não é moral e não é ético. Não é humano, em suma.
8 comentários:
Ora bem.
Não é humano, não é natural e nem é Direito.
È uma fantasia cientóina metafísica!
Mas tire lá o nietzscheano que v.s falam do que não sabem
Desde quando o Nietzsche foi um racionalista?
Oh, por favor...
"Não é humano, não é natural e nem é Direito."
Portanto humano é o que está porque sim, porque se for reflectido deixa de ser humano.
Nem percebo como se escrevem leis que sejam "humanas" dado não poderem ter origem na reflexão. Só no acaso do espontâneo.
O CN não percebe é que anda a defender um jacobinismo às avessas.
Quando se aperceber até se vai descabelar todo
hehehehehehe
«às avessas», porquê? A mim parece-me igualzinho ao outro...
eehhehe
É igual mas fica de fora do Estado
":O))))))))
Só fica fora, porque não entra, porque partidos «libertários» não faltam por aí...
.
eheheheh, digo agora eu!
AHAHAHAHAHAHAHHA
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