20 fevereiro 2013

Keynes, imoralista

"Duas atitudes básicas dominavam este grupo hermético sob a égide de Keynes e Strachey.

A primeira era a sua crença primordial na importância do amor e amizade pessoal, enquanto desprezavam quaisquer regras gerais ou princípios que poderiam limitar os seus próprios egos; e o segundo, a sua animosidade e desprezo pelos valores e moralidade da classe média.

O confronto... com os valores burgueses incluía o elogio pela ascética vanguardista, defendendo a homossexualidade como moralmente superior (com a bissexualidade num distante segundo lugar) e o ódio pelos valores tradicionais da família, tais como a parcimónia ou qualquer ênfase no futuro ou no longo prazo, em comparação com o presente.

("No longo prazo," como Keynes mais tarde entoaria na sua famosa frase,"estamos todos mortos.")

(...) Keynes e os seus colegas... abraçaram com entusiasmo a ideia de uma "religião" composta por momentos de "contemplação apaixonada e comunhão" de e com objectos de amor ou amizade. Eles repudiaram, no entanto, todos os costumes sociais ou regras gerais (...) Como Keynes afirma no seu ensaio de 1938:
"Em nossa opinião, uma das maiores vantagens de... [Moore] foi que ele tornou a moral desnecessária... Nós repudiamos inteiramente uma responsabilidade pessoal para obedecer a regras gerais. Nós alegamos o direito de julgar cada caso individual sobre os seus méritos próprios e a sabedoria para o fazer assim com êxito. Esta foi uma parte muito importante da nossa fé, violenta e agressivamente assumida, e para o mundo exterior, era a nossa característica mais óbvia e perigosa. Nós repudiamos inteiramente o costume moral, as convenções e sabedoria tradicional. Nós éramos, no sentido estrito do termo, imoralistas (Keynes [1951] 1972: pp. 142–43)."
(...) Skidelsky elabora bem o argumento:
O argumento de Keynes, então, pode ser interpretado como uma tentativa de libertar o indivíduo de empreender o bem… por meio de acções egotistas, pois não é requisito ter o conhecimento perfeito das prováveis consequências das suas acções para poder agir racionalmente. Faz parte, em outras palavras, da sua contínua campanha contra a moralidade Cristã. (Skidelsky, 1983: 153 – 54)"
Retirado de "Keynes, O Homem", Murray N. Rothbard

3 comentários:

Anónimo disse...

É uma verdadeira tragédia que alguns dos mais famosos economistas, como Adam Smith (o fundador da ciência)e Keynes, um dos seus maiores nomes, fossem gays.
PA

CN disse...

Aqui em causa está mais do que isso. É uma filosofia de vida que transborda para a sua visão económica e politica.

Ricciardi disse...

ahahah oh CN, veja lá os vicios privados do Roth e do Mises e ainda se surpreende.
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Mas eu acho linda a filosofia de vida que transborda para a sua visão económica.
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Economia gay, só pode. ahahaha. Vc é um ponto.
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Rb