Por falar nisso, gostava de deixar aqui um tema à discussão. Quando tanto se fala numa reforma das autarquias para reduzir custos, e quando se olha para os concelhos de Boticas ou Vidigueira como grandes gastadores, não faria sentido começar a reforma - eliminando os concelhos das áreas metropolitana de Lisboa e Porto e criando duas regiões especiais, com uma administração centralizada e menos tachos? Quando se fala em unir Porto e Gaia numa só "cidade" - porque há de Matosinhos ou a Maia ficarem de fora dessa "cidade"? Quantos portugueses fora de Oeiras já ouviram falar no SAMU e em quanto custou?
Luís Lavoura, esquece o impacto negativo destas SCUT's portajadas na economia real. No Algarve portajar a Via do Infante é um absurdo quando do outro lado da fronteira não há portagens. Saiba que o Algarve não tem uma rede de transportes públicos decente, e os turistas são obrigados a alugar carro para se deslocar na região. A EN125 é um inferno. O mau Ordenamento converteu a estrada nacional numa mega avenida, cheia de rotundas e semáforos, devido à construção junto à estrada nos últimos 20 anos. Os andaluzes deslocavam-se regularmente a Portugal para fazer compras e já não o fazem como antes, pois as portagens até Faro e Albufeira são caríssimas. E conheço estrangeiros que desistiram de Portugal por causa de problemas com o sistema de cobrança de portagens.
A Andaluzia não tem estradas portajadas, a taxa de IVA máxima é inferior à nossa, a taxa na restauração também é inferior. A electricidade é mais barata. E há menos regulamentação. Por lá até exageram, constroem em cima das dunas ou dos rios sem problemas. Assim não poderemos ser competitivos. A nossa vantagem era o escudo barato. Os italianos também têm boa comida, e ir para as ilhas gregas ou para Capri é muito mais in que ir para o Algarve. As classes altas não querem saber de Portugal. Quem vinha para o Algarve eram as classes médias, especialmente média-baixa da Holanda, Inglaterra ou Alemanha. E agora começam a optar por destinos mais baratos. As coisas só não estão piores graças às Primaveras árabes. Os ricos não querem saber do Algarve. Vão para o Sul de França, Itália, Grécia ou Turquia.
10 comentários:
Se não fossem portajadas renderiam menos ainda.
Sr. Joaquim,
"Quick and painless"
https://twitter.com/number10gov/status/299105801119883264
Cumps.
Caro José,
Já faltou mais ahahah.
Devia substituir "o preto" por "o escurinho", senão ainda vai ter problemas!
substitua o preto por teórico (o que `sabe mais´ e consegue menos)
Isso dos chips já é obrigatório por lei cá... E já não é de agora...
Há pelo menos uns três anos que os meus os têm...
Então, temos a Cristina em Gaia?
Por falar nisso, gostava de deixar aqui um tema à discussão. Quando tanto se fala numa reforma das autarquias para reduzir custos, e quando se olha para os concelhos de Boticas ou Vidigueira como grandes gastadores, não faria sentido começar a reforma - eliminando os concelhos das áreas metropolitana de Lisboa e Porto e criando duas regiões especiais, com uma administração centralizada e menos tachos? Quando se fala em unir Porto e Gaia numa só "cidade" - porque há de Matosinhos ou a Maia ficarem de fora dessa "cidade"? Quantos portugueses fora de Oeiras já ouviram falar no SAMU e em quanto custou?
Luís Lavoura, esquece o impacto negativo destas SCUT's portajadas na economia real. No Algarve portajar a Via do Infante é um absurdo quando do outro lado da fronteira não há portagens. Saiba que o Algarve não tem uma rede de transportes públicos decente, e os turistas são obrigados a alugar carro para se deslocar na região. A EN125 é um inferno. O mau Ordenamento converteu a estrada nacional numa mega avenida, cheia de rotundas e semáforos, devido à construção junto à estrada nos últimos 20 anos. Os andaluzes deslocavam-se regularmente a Portugal para fazer compras e já não o fazem como antes, pois as portagens até Faro e Albufeira são caríssimas. E conheço estrangeiros que desistiram de Portugal por causa de problemas com o sistema de cobrança de portagens.
A Andaluzia não tem estradas portajadas, a taxa de IVA máxima é inferior à nossa, a taxa na restauração também é inferior. A electricidade é mais barata. E há menos regulamentação. Por lá até exageram, constroem em cima das dunas ou dos rios sem problemas. Assim não poderemos ser competitivos. A nossa vantagem era o escudo barato. Os italianos também têm boa comida, e ir para as ilhas gregas ou para Capri é muito mais in que ir para o Algarve. As classes altas não querem saber de Portugal. Quem vinha para o Algarve eram as classes médias, especialmente média-baixa da Holanda, Inglaterra ou Alemanha. E agora começam a optar por destinos mais baratos. As coisas só não estão piores graças às Primaveras árabes. Os ricos não querem saber do Algarve. Vão para o Sul de França, Itália, Grécia ou Turquia.
Portajar a Via do Infante ou a auto-estrada que liga Viana ao Porto é uma estupidez.
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