30 janeiro 2013

Qual é a quantidade de moeda óptima?

Não há quantidade "óptima". Qualquer quantidade serviria, o que interessa é que a quantidade seja estável. No limite podia ser fixa que não haveria qualquer razão para a economia deixar de crescer. Ou seja, não interessa a sua quantidade num momento (depois de ter sido selecionada como moeda), o que interessa é que não varie muito de um momento para o outro. E como digo, podia ser fixa.

Não, não estou a defender que se fixe a quantidade de moeda. Estou a defender que poderia ser fixa e que o objectivo de aumento burocrático da quantidade de moeda para tentar estabilizar os preços a uma inflação no consumidor de 0-2% para além de desnecessária, tem causado muitos males porque a inflação no consumidor (e a própria ideia de índice de preços tem problemas inúmeros) não capta, nem pode captar, alterações em toda a cadeia económica (nomeadamente preços de activos reais, financeiros, de bens intermédios, etc.).

Podem ler o artigo acabado de publicar em português no mises.org.br: Qual é a oferta monetária “adequada” para uma economia?, Murray N. Rothbard.

2 comentários:

Vivendi disse...

Voilá!

O CN,

Consegue explicar ou demonstrar como funcionou a oferta monetária disponibilizada nos tempos de Salazar?

A este propósito – e por contraste –, deve dizer-se que a duração do governo de Salazar deveria ser mais relacionada pelos historiadores com a sua política monetária e financeira: o rigor orçamental e o “escudo forte”, que controlaram a inflação e as derrapagens das contas públicas, tornaram o seu governo politicamente sólido no médio e no longo prazo porque permitiram um crescimento real do rendimento dos particulares num cenário em que amoeda perdia muito pouco do seu poder aquisitivo, bastando um ligeiro crescimento anual do P.I.B. para esse efeito de enriquecimento deslizante descomprimir as tensões (e a sua sempre possível “politização”) decorrentes das expectativas das pessoas.

http://www.slideshare.net/MarcoMeloOliveira/a-evoluo-da-inflao-em-portugal

muja disse...

Pois é ó CN, explique lá como é que funcionava no tempo do Sr. Doutor...

Também tenho curiosidade...