Se eu fosse socialista, o diabo seja cego, surdo e mudo, começava a preocupar-me com a situação humanitária na Guiné-Bissau.
Uma intervenção militar, num gesto de solidariedade para com os nossos irmãos guineenses, é mais do que necessária. E o momento não podia ser mais oportuno.
Uma mobilização militar contribuiria para atenuar o desemprego e o esforço financeiro justificaria o défice e um novo "aumento enorme de impostos". A comunidade internacional não deixaria de apoiar a iniciativa, com alguns milhares de milhões de Euros, e Portugal, no terreno, estaria em condições de gerir essa generosidade. Não seria necessário treinar e equipar o novo exército da Guiné-Bissau?
Como se costuma dizer, juntávamos o útil ao agradável e, enquanto ajudávamos uma nação amiga, ressuscitávamos a indústria de armamento. Guterres e Barroso estão bem colocados para nos ajudarem nesta gesta e o povo português é generoso.
Seria uma aposta segura que Seguro, inspirado no Mali do Monsieur Hollande, não teria dificuldade em apoiar e que uniria todas as forças políticas em torno de um ideal superior. ‹‹Para África, rapidamente e em força››, é a nossa salvação.
PS: A base das Lages, os estaleiros de Viana e a TAP, são essenciais para esta intervenção e devem permanecer sob o controle do Estado.
13 comentários:
Independentemente do neocolonialismo francês vir novamente ao de cima, não podemos comparar uma tentativa de golpe de Estado fundamentalista islâmico com as confusões da Guiné-Bissau.
É perguntar aos guineenses em Portugal o que acham da ideia.
Primeiro, é preciso ter a certeza de que uma eventual intervenção seria justa ou não. Segundo, é preciso ter a certeza de que, muito mais do que a comunidade internacional, a comunidade dos países que compõem os PALOP's estariam em sintonia. Terceiro, uma intervenção militar não se justifica pelo eventual retorno económico da mesma. Quarto, os Estaleiros de Viana e a TAP não precisam que o Estado as administre. Precisamos, isso sim, que as mesmas sejam empresas residentes em Portugal.
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Rb
Caro Rb,
A ideia não lhe desagrada...
Vou ficar à espera da opinião da Zazie.
Ahaha!
Essa era boa!
Ó Rb, tenha calma homem! Não pense mais nisso! Ninguém para lá vai intervir em nada!
Se os tugas para lá fossem, começavam a confraternizar com os indígenas e depois era preciso ir lá outrém intervir por cima... Como foi da última vez...
Devemos é propiciar os meios de intervenção aos "portugueses" oriundos da Guiné.25000 tomavam logo conta daquilo.E era o dois em um...
Ahah! foi o que eu pensei também!
Era apenas justo. Com a crise e tudo o mais, nada melhor que regressar às raízes... Afinal, como recusar as raízes quando elas precisam de nós?
Não é tentativa de golpe de Estado neste caso. É invasão e amputação do território do Mali por grupos de soldados estrangeiros, armados e financiados por potências exteriores.
Por tratado bilateral, França tem um papel legítimo. Dito isto, a posição do governo francês é globalmente ambígua : no Mali ele combate um movimento idêntico a outro que ele apoia na Síria e apoiou na Líbia.
Caro José,
Nem mais!
Em Maio do ano passado:
"Quase seis milhões de euros foi quanto custou a presença portuguesa na Guiné-Bissau com a Força de Reação Imediata para o eventual resgate de cidadãos portugueses. A denominada “Operação Manatim” envolveu quatro meios navais, dois aviões e mais de 1000 militares durante cerca de três semanas. Os custos foram ontem anunciados pelo ministro da Defesa após a audição na Comissão Parlamentar de Defesa."
Caro Joaquim Couto, quem o conhece sabe que, para si, só há um único motivo válido para invadir a Guiné:
http://3.bp.blogspot.com/-xuth0ItojD8/UDPfkqonTyI/AAAAAAAAlhs/4znHL31d8UE/s1600/benazira-djoco-miss-guine-bissau-supranational-2012.jpg
Sobre o Mali :
- A religião majoritária dos malienses é o Islão mas até agora, a recepção da intervenção pelos civis é francamente positiva.
- O primeiro tratado bilateral de defesa foi assinado em 1960 mas esta operação encuadra-se numa resolução da ONU.
- Em Março 2012, houve de facto um golpe de Estado pelas forças armadas Malienses - não pelos invasores djihadistas.
Os militares Malienses justificaram a suspensão das instituições pela incapacidade do governo a dar as forças armadas os meios necessários para defender a integridade do território nacional. Eles sabiam que iam ser massacrados se os políticos continuassem em posto.
Desde que não vá eu... para a Guiné, rapidamente e em força (ainda temos FA para isso?...) -- JRF
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