04 dezembro 2012

financeirização

No actual clima político e económico é muito perigoso assumir o leme de um grupo privado. A prisão de Diáz Férran, ex-presidente da Confederação Espanhola de Organizações Empresariais, acusado de branqueamento de capitais e de ocultação de bens, parece-me evidenciar este ponto. Não faço a mínima ideia da culpa que é imputada ao senhor Férran, o que sei é que ele seria o último a desejar a falência do grupo Marsens e ainda que a apreensão de um quilo de ouro e de 150.000,00 € em sua casa — branqueamento de capitais e ocultação de bens — cheiram a esturro. Basta recordar que quando o grupo Marsens faliu estava com 417 M€ no vermelho.
Enfim, o propósito desta reflexão é que com tantos condicionalismos à actividade económica e com tanta possibilidade de acabar atrás das grades por tentar salvaguardar umas migalhas do património pessoal, mais vale esquecer o empreendedorismo e dedicarmo-nos à área financeira.
Criar empregos, na UE, é muito arriscado. Desde logo, os empregados estão sempre dispostos a morder a mão que lhes dá de comer e a seguir o Estado quer o braço.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não faço a mínima ideia da culpa que é imputada ao senhor Férran, o que sei é que ele seria o último a desejar a falência do grupo Marsens
Tal e como levou e deu conta das "suas" empresas até parecia que desexava...Pois.


Nao estar no cabo da informaçao e logo intentar fazer um qualquer post. E no que dá. Em posts que existem mas como se nao existiram…
.
http://es.wikipedia.org/wiki/Grupo_Marsans

Luís Lavoura disse...

Também em Portugal é tradicional haver empresários cheios de massa mas cujas empresas faliram.
Descapitalizam as empresas quando por qualquer motivo as querem encerrar. Depois criam novas empresas. Ou então fogem com a massa.

Pedro Sá disse...

Para encontrarem esse dinheiro é porque houve mandato de busca. E para ele existir é porque existiriam indícios de algo.