11 dezembro 2012

Deus Caritas Est

Hoje em dia as pessoas têm medo da palavra “caridade”, têm medo de palavras, atribuem conotações e pesos à palavra “caridade”. Na acepção de São Paulo, caridade é amor, é espírito de serviço, é o outro precisar de nós sem que nós precisemos do outro e portanto levamos o que ele precisa e não o que nós queremos levar. A solidariedade é algo mais frio que incumbe ao Estado e que não tem que ver com amor, mas sim com direito adquiridos. Infelizmente empobrecemos a nossa língua atribuindo algumas conotações a algumas palavras e portanto temos medo de as usar.
Isabel Jonet, hoje no Ionline

Comentário: Eu acrescentaria mais, ‹‹uma sociedade sem caridade é uma sociedade sem amor››.
Destaque: Só bimbos é que vão nessa do amor ao próximo — Pedro Sá, aqui.

13 comentários:

Anónimo disse...

Joaquim, que tal, como le vá?
Ontem extraviou a cartilha Randyana?

Pedro Sá disse...

Só bimbos é que vão nessa do amor ao próximo. Acha mesmo que me faz alguma diferença o que se passa com os vizinhos 3 prédios ao lado? Eu sou um fã assumido da lógica assumidamente fria dos direitos. Ninguém tem que ser obrigado a sentir seja o que for por seja quem for, e muito menos pelas pessoas em geral. E muito menos a depender dos sentimentos dos outros.

E não sou hipócrita. Não vou andar aqui a fingir que tenho amor por quem não conheço.

Maxime. Se a sociedade em que vivemos é uma sociedade sem amor, SO WHAT?

Pedro Sá disse...

bump

Ricciardi disse...

Uma coisa não substitui a outra. a caridade mitiga o sofrimento alheio de forma casual, a solidariedade fá-lo de forma de forma metódica, incidente e persistente e não exclusiva. Não está em questão os actos em si mesmo, mas sim os efeitos práticos que os mesmo provocam nos desfavorecidos.
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É evidente que uma sociedade não se pode organizar eficazmente na caridade, porque esta depende da vontade individual que nem sempre é virtuosa, mas precisa da caridade individual para complementar os casos aonde a solidariedade organizada pelo estado ou instituições variadas não conseguem chegar.
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O estado não dá roupas aos mendigos, nem lhes proporciona uma sopa à noite, nem brinquedos às crianças dos lares, e é aí que a caridade entra.
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A caridade é importante porque demonstra o grau de amor que os individuos têm pelos seus semelhantes desfavorecidos; a solidariedade demonstra o grau que que a sociedade como um todo tem para o mesmo fim.
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Rb

BLUESMILE disse...

Vou ser caridosa com a Jonete.
Nem vou comentar as alarvidades que diz.

Ljubljana disse...

O discurso do Pedro Sá é brilhantemente revelador e assustador do ponto a que chegou a nossa sociedade como comunidade.

O discurso de RB mostra eficazmente o que nos trouxe o sistema vigente, um direito adquirido e anónimo à dependência. É muito interessante e demonstrativo a desvalorização do acto inversamente ao efeito.

Anónimo disse...

A opinião do sr. Ricciardi, parece-me equilibrada do ponto de vista da argumentação.Agradeço.
Compreendo as palavras do Sr.Pedro Sá. Não é hipócrita e não aceita ou compreende o Amor ao Próximo e a Caridade (virtude).
Contudo está enganado.Pode não saber quem reside no prédio do lado e pouco se importar com isso, mas se Esse Alguém do prédio do lado precisar de alguma ajuda e o Sr. Pedro tiver disso conhecimento, estou certo que não lhe vira as costas ou a cara. Isso é Amor ao Próximo (Outro).
O próximo é o Outro (mesmo desconhecido, outro Ser) ao qual dedicamos parte de nós, mesmo atenção.
O Cristianismo dá uma visão do NÓS em contraponto com o EU com este princípio do amor ao próximo e com a virtude da caridade. A caridade como já foi escrito não substitui a solidariedade e vice versa.
Claro que sob a capa destes principios se cometem erros e graves.
A Biologia, a Etologia, Antropologia,a Psicologia e Sociologia, já demonstraram que o EU, só por si, é uma ENTROPIA HUMANA. Vivemos e sobrevivemos (o EU) com o Outros e pelos Outros.
Sr. Pedro os seus pais e os seus familiares são os Póximos mais Próximos. Por favor não diga que não precisa deles e eles de si, sem manipulações e interesses, incondicionalmente.
Claro na questão da relaçãodo EU com o Outro há aspectos muito instrumentais que fazem parte dos mecanismos de sobrevivência que não podem ser explicados aqui de ânimo leve. Refiro-me à esmolização entre os animais e entre os Homens.
Entre os animais a esmola faz normalmente parte de uma parada nupcial ou de um pequeno ritual de vinculação à comunidade.
Fico por aqui. Desculpem.
Respeitosamente.

jjoyce disse...

pessoalmente também acho as vacas que conheço vagamente caridosas: dos seus adredes úberes e grossas tetas flui abundante o leite caridoso

António Samora disse...

Caridade: fazer bem a alguém com os nossos recursos e com base nos nossos sentimentos.
Solidariedade: exigir que o Estado faça, com dinheiro dos outros, naturalmente, e tentando ganhar algum com isso.
É simples!

Pedro Sá disse...

Pedro Pinguela: Eu não sou cristão.

E não confundo o que é por alguns entendido por "dever ser" com o "ser". O que menos falta por aí são pessoas que dizem o que o Pedro diz e fazem o que eu faço. Simples. A grande maioria das pessoas ainda não está preparada para ser honesta consigo própria nesta matéria.

Anónimo disse...

Sr. Pedro Sá,
É extremamente dificil sermos honestos connosco. É preciso não ter medo, preciso ser consequente nas palavras e nos actos.
Sim homens com estas quaalidade não parece abundar por aí.
Insisto: O amor ao próximo foi "ritualizado" pelas propostas cristãs.
Antes disso e hoje, mesmo quem não é Cristão, tem o sentido existencial de Comunidade, do Outro.Não pretendo ter razão sobre o que diz, apenas estabelecer um diálogo, mas é dificil porque o assunto é demasiado sério.
Cumprimentos.
Pedro Pinguela

Anónimo disse...

Joaquim, aposto que ha algum tempo atras a sua posicao sobre o amor era mais ou menos esta:

http://www.aynrand.org/site/News2?page=NewsArticle&id=5298

Mas agora como ser cristao e que e bonito anda por aqui a olhar para os outros de cima.

Cuidado Joaquim porque parece que o seu mestre com estes posts sobre a Opus Dei se prepara para dar outra pirueta para o lado prot. Ainda o apanho aqui a dois anos a defender o oposto.

Elaites


Anónimo disse...

Ainda gostaria de saber qual é a religião deste senhor chamado Pedro Sá. Presumo que seja satanismo qq coisa diabólica parecida.