13 dezembro 2012

as troikadas

O chefe de missão do FMI esclareceu que "não há nada de errado em ter um grande Estado Social em Portugal".

"O nível de despesa e de carga fiscal é-nos um pouco indiferente"

Comentário: Estas afirmações vão ficar conhecidas como "as troikadas". Se assim é, porque não contratar os 800.000 desempregados para o sector público e aumentar os impostos aí para uns 90% do rendimento pessoal?
Quanto mais a troika fala mais se percebe que a troika não sabe do que está a falar.
Obviamente, o FMI tem pouca, ou nenhuma, experiência em intervir em países desenvolvidos e portanto é natural que os seus líderes tenham uma mentalidade forjada no terceiro mundo. Portugal tem uma economia aberta à iniciativa privada e depende da iniciativa privada para criar riqueza. Uma elevada carga fiscal mata o sector privado e, portanto, impede o crescimento económico.
Se o chefe da missão do FMI produzisse este tipo de declarações em qualquer universidade dos EUA penso que seria imediatamente ridicularizado ou, para evitar acusações de racismo, ignorado.

6 comentários:

Anónimo disse...

Joaquim,
Estou de acordo com a sua opinão, em geral.
Mas penso que não devemos atacar o chefa de missão do FMI.
creio que ele apenas quer evitar intervir no debate político Português. Não é essa a sua missão.
Ele apenas disse que podemos ter o Estado Social que quisermos, desde que o consigamos pagar.
E isso é verdade. É óbvio que cada um aproveita essas declarações como quer.

Anónimo disse...

tb disse:

"O nível de despesa e de carga fiscal é-nos um pouco indiferente".

Estou em desacordo com esta opinião que penso não ter suporte teórico.

Anónimo disse...

Aprecio a rapidez da resposta, obrigado.
Mas ele diz "...é-nos um pouco indiferente".
Não diz se concorda ou não.
Parece-me que ele aqui quer deixar esse debate para a política interna e posicionar-se apenas como credor.
Aliás, por todos os estudos que o FMI produz (mesmo sobre Portugla), ninguém tem dúvidas de que o FMI é pela redução da despesa. Coisa com que concordo inteiramente.
Aliás, para que não restem dúvidas, ideologicamente estou perto da escola austríaca.
Infelizmente para mim, a sociedade portuguesa (e o meio político) é muito socializante. Mas não compete ao FMI intervir neste debate, talvez.

Anónimo disse...

Imagine que queriam agradar ao PC: não há nada errado com uma economia nacionalizada. ahahah

Anónimo disse...

"não há nada errado com uma economia nacionalizada."
Claro que não, se for isso que os eleitores escolherem. Mas nesse caso eu é que, se calhar emigraria. Sou engenheiro e empresário na área de TI, posso mudar de residência com facilidade, embora goste muito de viver em Portugal.
Aliás, na minha opinião não estamos longe disso. O peso do Estado, dos Decisores Políticos, da Centralização administrativa é terrível. Somos de facto uma economia quase nacionalizada, não tenha dúvida.
Infelizmente os eleitores votam nisso. As propostas de reduzir o Estado não colhem muito apoio e são inconstitucionais.

José** disse...

Isso demonstra também que Portugal é agora um território ocupado.

Além disso, esta queda do PIB é comparável ao impacto de uma guerra com destruição de uma parte do território ou a morte de uma parte da população.