Uma sociedade desenvolvida e moderna considera a saúde dos cidadãos e a sua defesa como um imperativo indiscutível da sua política social.
Mas uma
sociedade desenvolvida e moderna considera, também, imperativo da sua politica
o combate ao desemprego, o equilíbrio das suas finanças, o aumento da sua
competitividade internacional, o aumento sustentado do seu PIB e da sua
riqueza.
Com
conciliar estes vários imperativos?
Como é
possível em tempo de crise, de recessão económica e catástrofe financeira,
dotar a Saúde do financiamento necessário à sustentação das suas despesas
crescentes e ao desenvolvimento e modernização constante das serviços?
Acompanho
a evolução do nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS) desde que foi consagrado na
nossa Constituição e sei bem, como testemunha privilegiada, como médico, gestor
hospitalar e ex- responsável da governação do sector, o enorme salto que
Portugal deu no combate à doença e defesa da saúde.
De um
país com índices sanitários de terceiro mundo em 1974, Portugal ocupa agora um
lugar indiscutível no pelotão da frente dos países mais desenvolvidos do mundo:
nos índices sanitários, na modernidade dos equipamentos, na qualidade dos seus hospitais, na
quantidade e acessibilidade da sua malha de Centros de Saúde e no
profissionalismo e responsabilidade dos seus profissionais.
Para
chegarmos em trinta anos a estes resultados os orçamentos postos à disposição
da Saúde têm vindo a merecer crescimentos espectaculares ao longo dos anos com
a aceitação das forças políticas, porque todas têm consciência dos resultados
excelentes dos serviços de saúde e da moderação do seu custo quando comparamos os nossos orçamentos com os dos parceiros da União Europeia.
Mas, e
agora, em plena crise, com o País e o Mundo a exigirem que as finanças sejam
controladas e os défices sustidos em plena crise económica, como é possível
dotar a Saúde de um Orçamento suficiente?
Como vai
o Governo a quem a Troika acaba de recusar umas centenas de milhões de euros
explicar aos credores, já em catástrofe, que afinal não lhes pode pagar as dividas
vencidas?
Mas a
Troika dos contabilistas é que manda, a política para nada serve, e os PIGS.
reféns do “deve e haver” sagrado, que apertem o cinto e vejam os
seus cidadãos cada vez mais pobres e menos protegidos!
Cada vez tenho mais respeito e admiração pelo
Dr Paulo Macedo, obrigado a fazer o milagre da multiplicação dos pães!
4 comentários:
Pois pois, dê-lhe mais cinco ou dez anos e vai ver onde é que estão os índices sanitários...
Sinceramente, acho que a sorte dos portugueses é terem o actual Ministro da Saúde, uma honrosa excepção neste governo de incompetentes e jovens arrivistas.
Cada vez tenho mais respeito e admiração pelo Dr Paulo Macedo, obrigado a fazer o milagre da multiplicação dos pães!
Este Paulo Macedo?
http://tretas.org/PauloMacedo
O cobrador de impostos? Multiplicação dos pães?
Homessa!
O que virá a seguir? Uma proposta de canonização da Manuela?
O dr Paulo Mendo consegue relacionar a melhoria na taxa de mortalidade com o aparecimento do SNS?
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