21 outubro 2012

os interesses da Alemanha

O primeiro-ministro entregou o destino de milhões de pessoas, sem hesitação ou consulta, a um pequeno grupo de técnicos de contas, que não conheciam Portugal, em nome de uma teoria pseudocientífica mais do que desacreditada.
Não percebeu e continua a não perceber que ela só serve para "reformar" a "Europa" de acordo com os interesses e as necessidades da Alemanha.
VPV, no Público

Comentário: É mais do que evidente que a UE está subjugada à Alemanha, não apenas Portugal.

6 comentários:

Anónimo disse...

és tão inteligente Jaquim

donde te veio tanta sabedoria?

Euro2cent disse...

> Não percebeu e continua a não perceber

Ou, pior, entende lindamente.

O VPV é um optimista nato.

zazie disse...

Completamente certo.

muja disse...

Mas falta responder à million dollar question: a quem está subjugada a Alemanha?

Vivendi disse...

Também como o Mujahedin gostaria de saber mais.

Ontem a Clarinha no eixo do mal, referiu que Merkel, Scheuble e Khol eram um trio maquiavélico... Tendo como base uma publicação na Economist.

Lionheart disse...

O problema é que o PS (por ter levado o paìs à bancarrota) e o PSD (por ter aberto a porta à intervenção externa para derrubar Sócrates e chegar ao poder) abriram caminho a uma intervenção externa que uma vez em marcha escapa ao nosso controlo. Uma intervenção que é insensível, mas pior que isso, devido à nossa pequena escala e à reduzida repercussão do que se passa aqui no exterior, vai demorar muito tempo até que consigamos renegociar alguma coisa. O PSD sobrestimou claramente a sua capacidade de influenciar a "Troika" uma vez no Governo. Pensavam que com a nossa boa vontade seríamos recompensados e os objectivos seriam suavizados. Nada disso aconteceu. O Governo (mais o PSD) colou-se excessivamente a uma cartilha que no fundo é apenas um caderno de encargos à economia portuguesa para extrair dinheiro à mesma. Não é uma força benévola, é uma coisa com que temos e lidar e quem tem aspectos aceitáveis e outros francamente maus. Historicamente, podemos compará-lá com o apoio britânico contra a França napoleónica..

Logo, o que Governo devia ter feito era usar a "troika" para ficar com o odioso dos aspectos mais impopulares da austeridade, mas nunca se colando a essa cartilha, precisamente porque é uma imposição externa que não controla. Ao tê-lo feito, à primeira falha no programa é o Governo que fica desacreditado e a "Troika", que vem e vai, passa incólume.

E agora o Governo aparece com um orçamento que é na verdade uma "extorsão" dos credores ao povo português e é suposto ficarmos todos "confortados" porque não há alternativa. Não. Foram cometidos erros de cálculo graves. Continuam a ser cometidos erros graves. O Primeiro-ministro não pode pensar que presta um serviço ao país fazendo-se de "forte" lá fora, para não importunar os alemães. Dizer que a situação política e social em Portugal é explosiva não seria mais do que assumir a realidade. Ele assume uma posição sem ter o país com ele, e sem isso não consegue fazer nada cá, e por isso também não conseguirá ser mais convincente na defesa dos interesses de Portugal na UE.