27 outubro 2012

batem leve, levemente


Não sabemos se morreu de doença ou se suicidou por qualquer desgosto que não teríamos sensibilidade para compreender. O facto é que esta baleia comum escolheu anteontem a praia da Apúlia, para exalar o último suspiro. Também não sabemos se a incomodaram os mirones ou o júbilo cruel das crianças que, inocentes, fizeram da agonia do monstro de 18,5 metros e 25 toneladas uma festa. A baleia estava muito ferida, aparentemente de ter raspado nas rochas. E, como os especialista notaram, extremamente magra, como o país aonde veio a morrer.
No Público de hoje

Comentário:

Que quem já é pecador 
sofra tormentos, enfim! 
Mas as baleias, Senhor, 
porque lhes dais tanta dor?!... 
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza, 
uma funda turbação 
entra em mim, fica em mim presa. 




3 comentários:

José Lopes da Silva disse...

Quem puder leia a opinião de Vítor Serpa n´A Bola, de hoje. Faz um paralelismo curioso entre a democracia nos clubes e no país e aponta, silenciosamente e sem mesmo o querer fazer, um caminho para a questão que o PA já colocou aqui há meses: que forma há de tomar o governo quando sairmos do euro. Não é a forma do Estado Novo, que era adequada ao tempo e às circunstâncias, mas sim a democracia formal, ao estilo de JN Pinto da Costa, de LF Vieira, de AJ Jardim. Um regime que respeite a aparência da democracia e não deixe margem para dúvidas. E basta ver, acrescento eu, a forma honesta como os sócios do SLB votaram numa solução que afaste os "Vales e Azevedos" para pensar que se não é isso que o país está a pedir.

BLUESMILE disse...

Uma democacria à Pinto da Costa.
Ou um estado confessional. É tudo uma questão de Papa.

José Lopes da Silva disse...

Em minha opinião, esse é o primeiro passo e aquele que o povo está mesmo a pedir. A reposição da monarquia, que é afinal aquilo que o PA tem falado mais, teria de ser numa segunda fase. O povo não vê, neste momento, na Casa Real aquilo que pede.