Vítor Gaspar, na entrevista de ontem à SIC, pronunciou o fim da luta de classes, invocando a definição que a UE dá de empresa. ‹‹É um lugar de cooperação››, disse. Não há interesses antagónicos, todos os intervenientes pretendem o sucesso da empresa.
Julgo que o Ministro das Finanças devia resumir esta sua visão num pequeno texto a ser remetido aos trabalhadores da TAP, da RTP, do Metro, da Carris, dos STCP, etc...
Talvez contribuisse para clarificar muita coisa.
5 comentários:
Essa visão da empresa é falsa.
Enquanto que a generalidade dos trabalhadores querem, de facto, o sucesso da empresa, muitos patrões não querem tal coisa.
Isso parece ser, em particular, o caso de algumas empresas públicas portuguesas. E é, certamente, o caso de muitas empresas privadas, tanto portuguesas como estrangeiras.
Alguns patrões estão nelas só para se alcandorarem a outros lugares.
A cartilha devia ser distribuida a qualquer empresa, pública ou privada, porta á porta ao jeito das testemunhas de jeová. Amigo, venho deixar-lhe este folheto da UE, para ler o seu versículo 13.7: a empresa é um lugar de cooperação. Patrão e empregado devem-se amar. Não há luta de classes, porque somos todos uma classe em harmonia.
O fim da luta de classes é uma ficção, mas uma ficção bonita que nos enche o coração de alegria. Amen.
Pedro
A expressão "luta de classes" está ultrapassadíssima, mas essas palavras são completamente cretinas. Ou então apenas são a demonstração de que VG não é democrata mas sim salazarista, com tudo o que isso implica.
Conta lá o tudo que isso implica para a gente perceber onde está a diferença ao tudo que apoias.
E olha, a luta de classes está vivinha da silva. A expressão é que não é dita mas é com luta de classes que o PCP e BE enganam.
Isso é o que eles julgam ahah dentro daquele preconceito de que quem é mais pobre tem sempre razão face ao mais rico e que quem protesta contra os poderes instalados tem sempre razão.
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