07 setembro 2012

imprevisível

Mas haverá algum modelo económico que nos permita avaliar o impacto das medidas anunciadas pelo governo? Duvido.
De uma coisa, porém, podemos estar certos: a diminuição do rendimento disponível das famílias vai ter um impacto recessivo sobre a economia e, assim sendo, não vejo como será possível criar emprego. Nem mesmo com um aumento das exportações.

16 comentários:

Ricciardi disse...

Epá, estava mesmo convencido que PPC ia anunciar impostos agravados para os parceiros e rentistas do estado e monopolistas do sistema, mas afinal, ao que parece, vai dar-lhes mais dinheiro.
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Ainda pensei que a poupança podia ser aumentada, ainda que forçada, atraves do pagamento dos actuais cortes em Titulos da Divida Publica. Mas não. O governo, afinal, não quer que a economia cresça. O obectivo tornou-se num fim em si mesmo, e o fim é mesmo empobrecer para simplesmente empobrecer.
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Rb

Lionheart disse...

Acho que se sobre-estima largamente a dimensão do sector exportador e por isso serão poucas as empresas a quem esta medida aproveitará, enquanto a economia interna vai cair ainda mais. Como não há qualquer vantagem comparativa em Portugal que atraia investimento estrangeiro, devido à elevada carga fiscal (não falando nos outros factores, que são estruturais e não se mudam de um dia para o outro), não se consegue aumentar o valor das exportações no PIB no curto e médio-prazo por isso o buraco aumenta na mesma.

No fundo, a "troika" anda a experimentar e Portugal é mais uma cobaia. O que se "ganha" com isto é uma sociedade cada vez mais crispada, cansada de más notícias, de medidas que pioram a vida das pessoas sem que se consiga ver a recuperação à vista. Vamos ter de passar as passas do Algarve até que a merda da "Europa" descubra o que há-de fazer com os países endividados. Só acho que não era preciso passar por experimentalismos para fazer o ajustamento necessário de reduzir o défice externo. Estão literalmente a gozar com a nossa cara.

Filipe Silva disse...

Estou indignado, é imoral o que se quer fazer.

Apesar de ser contra a existencia do salário mínimo, é imoral aumentar as contribuições a este grupo, uma pessoa que receba 485, com esta medida vai receber 397,7€.

As contribuições não são mais que impostos especiais.

Sou favorável a uma diminuição dos impostos mas isto é apenas uma transferência de rendimento entre as familias e as empresas.

Vão foder o país todo, perdão pelo português.

Nenhuma medida de corte de despesa, nada para melhorar as condições de atractividade do investimento externo e interno, mas alguém vai investir num país que o único caminho que segue é a queda do rendimento?

As exportações é outra mentira, a saída de ouro tem sido brutal.

A demissão do Governo é uma necessidade.

Corte de rendimentos é brutal.

O Gaspar bem pode limpar o cu com o diploma de economista.

Não há que inventar, cortar despesa de forma brutal, para se conseguir baixar impostos.

Isto nada resolve a divida continuará a aumentar e o deficit também.

LJC disse...

De notar que o salafrário cara de pau justifica este esforço sobre os privados com emprego em nome de combater o desemprego. Numa conjuntura expansiva e de baixo desemprego muito empresário até aumentaria o salário base até ficar quase tudo na mesma nos descontos. Agora nesta conjuntura até os desgraçados do salário mínimo vão perder 10% de poder de compra somando a inflação.
E a Europa esta se bem cagando. Na Grécia para o ano desemprego nos 30% estimativa europeia e os Draguis e Vitinhos preocupados se a inflação mija 0,1% fora do penico.
Sempre que vejo esse míope do Constâncio da me vómitos. Começou a vida politica a nacionalizar no PREC e vai acabar a carreira no BCE a colaborar na desnacionalização dos portugueses.

joserui disse...

Eu faço o necessário resumo e concluo as doutas conclusões: gatunos! -- JRF

Conservador disse...

ABISMADO:

Pensei que ia cortar nas taxas de rentabilidade das PPP, extinguir câmaras e assim pessoal, extinguir hospitais...E depois aumentar 3% no iva dos bens de 1ª necessidade e reduzir os escalões a 4, sendo o de 38% o mais abrangente.
Mas afinal puseram os custos do trabalho mais baratos como se alguém contratasse só porque ...vai aos saldos.
Estudem pá. Estudem.

jfd disse...

http://www.portugal.gov.pt/media/691153/20120907_pm_oe2013.pdf

Vivendi disse...

Se o 1º ministro em Portugal fosse do PCP hoje teria anunciado a nacionalização das PPP.

Antes um bom comunista que um péssimo socialista.

JotaB disse...

Aconteceu na Islândia

“A negativa do povo da Islândia a pagar a dívida que as elites abastadas tinham adquirido com a Grã Bretanha e a Holanda gerou muito medo no seio da União Europeia. Prova deste temor foi o absoluto silêncio na mídia sobre o que aconteceu. Nesta pequena nação de 320.000 habitantes a voz da classe política burguesa tem sido substituída pela do povo indignado perante tanto abuso de poder e roubo do dinheiro da classe trabalhadora. O mais admirável é que esta guinada na política sócio-económica islandesa aconteceu de um jeito pacífico e irrevogável. Uma autêntica revolução contra o poder que conduziu tantos outros países maiores até a crise atual.
Este processo de democratização da vida política que já dura dois anos é um claro exemplo de como é possível que o povo não pague a crise gerada pelos ricos.”

Ouvir em: http://www.youtube.com/watch?v=lNt7zc6ouco

zazie disse...

Então: v.s ainda não perceberam que tudo isto vem no Memorando da Troika.

Se não podem ir buscá-lo a um lado vão a outro.

Nunca percebi o contentamento com a resposta do Tribunal Constitucional.

Está na cara que assim vai ser pior para todos e, particularmente, para os que ganham misérias.

zazie disse...

Mas eles dizem que não vão tocar nso que têm salários e pensões muitot baixas.

Vamos a ver.

Tinha sido melhor cortarem apenas os subsídios de Natal e férias à função pública.

Mas não. Agora levam corte na mesma e ainda comem outros à tabela.

E falta sacarem no IMI.

lusitânea disse...

Ainda falta o "papel selado" voltar...

Ricciardi disse...

«Agora levam corte na mesma e ainda comem outros à tabela.
E falta sacarem no IMI.» zazie.
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Pois claro. Que os FP's iam na mesma levar cortes já se intuia,porque à ideologia cega junta-se a vingança, mas a questão é que o governo quis, com esta medida, retirar aos trabalhador do privado para entregar o saque obtido às empresas que brilham no monopolismo do sistema. O resto é conversa.
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Mas não falta apenas o IMI. Lembra-te que esta redução dos esclaões de IRS vão, estou certo, agravar muitissimo o imposto de cada trabalhador, publico e privado. Eu espero que a maioria caiba num escalão que desaparece e que os recoloquem noutro acima com txas 10% superiores.
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Mas como eu espero que destas medidas a economia depressione ainda mais, isso que dizer que ainda falta atacar o patrimonio não Imobiliario das pessoas. Tipo saldos bancários, carros, obras de arte etc.
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O que nos pode valer é a hipotese do BCE vir a comprar em força as BONDS de Portugal e forçar os especuladores profissionais a sair. Com a intervenção ilimitada do BCE os juros vão regressar a valores que baixam de imediato o defice para quase zero.
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Rb

André Miguel disse...

Mais que os disparates e asneiras que esta gente tem feito, o que realmente assusta é que não têm um projecto, um plano a médio/longo prazo, andam a trabalhar em cima do joelho e fazerem remendos de ultima hora. É confrangedor.
Esta obsessão com o défice já é grotescamente ridícula, enquanto a economia vai para o galheiro esta gente limita-se a cortar no que as pessoas têm para comer. Isto não vai acabar bem.

zazie disse...

Tens razão: os imbecis andam com as empresas públicas ao colo e protegem todos os grandes. Não fizeram uma única reforma estrutural.

Portanto, a lógica é poupar nos fósforos- sacar aos que não bufam. Até bufarem e termos a desgraça total com a escardalhada no poleiro.

Anónimo disse...

a diminuição do rendimento disponível das famílias vai ter um impacto recessivo sobre a economia e, assim sendo, não vejo como será possível criar emprego. Nem mesmo com um aumento das exportações. Joaquim.

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Caramba. O ideólogo Joaquim confrontado com a realidade de Portugal Contemporaneo do momento.Um intento de analise da situaçao pressente.
A saberse qual pode ser o resultado desta irresoluvel e indefinivel situaçao e as suas provaveis variaçoes e variantes. Até pode ser a tendencia para o infinito. Digo, para a espiritualidade...
Por certo. Ja que andamos novamente em eleçoes globais e em estelas fugaçes (ou por um periodo de 5 anos) a pergunta é... que foi que se fez daquela estrela emergente de nome Palin?.
Acho que as simpatias do Joaquim pela sussodita era mais a atraçao pelo nome. Sara.
Formidavel e inolvidavel, aquela cançao dos Fletwood Mc.!