13 setembro 2012

Boots

No RU o mercado das farmácias está liberalizado. A Boots tem 20% de todas as farmácias e ninguém se queixa.

48 comentários:

Anónimo disse...

pois... uns dos problemas é esse... liberalizando as farmácias quem passa a dominar o mercado nacional de farmácias são cadeias estrangeiras, nomeadamente inglesas, o que resulta numa maior saída de dinheiro do país.
mais vale um custo de 1000 ficando em mãos nacionais que irão reaplicar o dinheiro na sua grande maioria por cá que 900 em mãos inglesas que irão levar o dinheiro daqui para fora e usá-lo para dinamizar a economia inglesa.

Leopardo

Fernanda Viegas disse...

Pois aí é que a porca torce o rabo Dr Joaquim. No mercado liberalizado, quem tem mais dinheiro é quem pode e os grandes monopólios engolem tudo. Afinal o dinheiro é quem manda e comanda, digo eu, mesmo ficando mal a uma mulher falar de dinheiro. Mas já estou como diz o outro, venha de lá o Belmiro das farmácias, desde que funcione e ninguém se queixe, na boa.

Anónimo disse...

Ninguém se queixa porque em inglês tudo fica bem... Já imaginou cá uma cadeia de farmácias "botas"?... Toda a gente se queixava!... -- JRF

zazie disse...

Claro, isto é multinacional que nem tem concorrência.

Vinha a Boots para cá e o que se ganhava com isso?

Nada nem ninguém- ganhava a Boots com isso.

zazie disse...

Que se venda uma série de pequenos remédios e coisas assim sem ser nas farmácias, ok. Isso até já existe.

Agora espatifar o nosso serviço de farmácias para passar o ouro ao bandido, só podia vir da cabecinha internacionalista de um neotonto.

zazie disse...

Claro, Leopardo. O bom senso é uma coisa tão simples mas parece que os neotontos são desprovidos dele.

zazie disse...

"mesmo ficando mal a uma mulher falar de dinheiro"

AHAHHAHAHAHAHAHA

Fernanda Viegas disse...

É verdade Zazie. Há uns tempos levei nas orelhas, do Dr Joaquim, que me disse que o dinheiro não era um valor em si e que ficava muito mal a uma mulher falar de dinheiro. Eu até concordo com ele, pois o que fica mesmo bem a uma mulher é gastá-lo!

Fernanda Viegas disse...

Perdão! Não foi o dr Joaquim. Uma ideia foi postada por mão invisível, à qual eu atribuí uma intenção, quiçá machista.

zazie disse...

ahahahahahaha

Anónimo disse...

Fernanda,
De facto esse comentário foi meu. Ahahah

zazie disse...

ahahahahaha

LJC disse...

Enquanto houver um pequeno burguês a revolução não para. Só é preciso manter o lumpen-consumidor a bater palminhas.

Cfe disse...

Quem é que garante que as farmácias irão passar a mãos estrangeiras?

Por acaso as grandes superfícies portuguesas pertencem a estrangeiros?

zazie disse...

Pois, é um facto...

ehehe

zazie disse...

Estava a pensar nos offshores que são todos estrangeiros.

Anónimo disse...

as grandes superficies realmente não são todas de estrangeiros...
não tenho 100% certeza daquilo que vou dizer, mas pelo que me disseram é assim:
o continente é metade francês, metade portugues, mas paga os impostos na holanda
o jumbo é francês
o lidl é alemão
o pingo doce tem um forte comparticipação estrangeira, não me lembro da %, de qualquer modo paga os impostos na holanda
o intermaché é frances
o leclerc é totalmente frances
realmente não é tudo estrangeiro, é quase tudo...

leopardo

Anónimo disse...

ah! faltava o corte ingles, que é espanhol
o minipreço é espanhol.
Realmente na area dos super e hipermercados, na area alimentar não é tudo estrangeiro... mas estas cadeias dominam + de 3/4 do mercado e para além da % do capital estrangeiro ultrapassar confortavelmente os 50% nenhuma delas paga impostos em portugal.
ah... pois é, é mesmo este o cenário desejável para as farmácias.

leopardo

Cfe disse...

É possível evitar concentração das farmácias nas mãos de um grupo: basta limitar um número máximo de farmácias. Mas tem de ser bem feita a lei caso contrário acontece que nem os supermercados, que contornando a lei dos 2.500 m2, abrem outras lojas agregadas com outras pessoas jurídicas.

Cfe disse...

Ah. O problema são os impostos...

zazie disse...

Portanto, descobriu-se agora a vantagem liberal de limitar o mercado a uma grande superfície.

Ok.

Ia jurar que é mais ou menos isso que os bancos também fizeram com a crise que montaram.

Comem-se uns pequenos e alguém paga o problema

Cfe disse...

Os centros de decisão da Jeronimo Martins e da Sonae são em Portugal, se a sede administrativa está fora seria o caso de aplicar medidas iguais as holandesas para que as empresas passassem - muito patrioticamente - a pagar impostos em Portugal. Garanto que até empresas doutros países gostariam de contribuir com o erário português.

zazie disse...

Resumindo: a teoria liberal do laisser faire é muito parcida com o fascismo, com a diferença que os feixes juntam-se por lei da atracção universal.

O Estado não deve regular nada- por outra lei natural da expulsão do empata.

zazie disse...

Em conversa com o José foi mais ou menos isto que ele mostrou- no tempo do Marcelo caetano também o Estado era mínimo mas, ao contrário da ideologia neotonta, servia para regular.

Agora a utopia neotonta é completamente louca.

Porque foi feita para gigantes sem pátria e estes mecos são tugas e julgam-se americanos e acham que vivem na pradaria das mega-superfícies a granel

zazie disse...

Como é que uma diferença cambial é um contributo se a mais valia nem sai de lá?

(ou v.s ainda andam a papaguear outra utopia que é a da igualdade monetária por lei natural)

LJC disse...

Mas qual a grande diferença se as farmácias ficassem controladas por 2 ou 3 gigantones serem estes tugas ou estranjas? O imperialismo económico nacionalista já acabou. Agora as sedes fiscais dos nossos grandes monopolistas não são todas lá fora? A liberdade para o povo deu em liberdade para o grande capital. Bem diz o lusitanea que o império agora é cá dentro e o zé povinho e o indígena.E da reivindicação do direito a emigração passou-se a dever. Não confundir IRC com impostos sobre dividendos. O PSI 20 não esta todo na Holanda? Fixe era lá os nacionalistas ganharem as eleições e correrem com esses ciganos a paulada todos taxadinhos lol.

Anónimo disse...

os hiper continente só são detidos a 50% pela sonae.
o problema não são só os impostos, embora também o sejam. o problema é que com cadeias estrangeiras o dinheiro sai do pais.
e a com permissão de cadeias de farmacias antes que grupos nacionais as criassem já as cadeias existentes noutros paises, principalmente em inglaterra tinham tomado conta da maior parte do mercado. Depois tinhamos não só menos impostos pagos em portugal como também menos dinheiro em mãos de cidadãos portugueses, dinheiro que atualmente fica por cá passaria a ir dinamizar a economia inglesa.

leopardo

P.S. - o dinheiro dos imposto volta em 94% do volume a reentrar na economia nacional. Se as farmácias deixarem de pagar tantos impostos (e uma cadeia pode muito mais facilmente fugir aos impostos que uma farmacia isolada) alguém os terá de pagar, eu, tu, nós...

zazie disse...

Se a moeda fosse igual, até no euro, a dívida não rolava de forma diferente entre países.

Porque só por ingenuidade extrema se pode acreditar que o crédito não chega mas chega à pujança da Bélgica e outras coisas limítrofes de quem manda rolar.

zazie disse...

Exacto, leopardo. Literalmente isso!

Cfe disse...

Tem de meter na cabeça que Portugal não tem escala para aguentar a pressão dos baixos preços e custos operacionais do estrangeiro. Vem uma multinacional e monta uma filial na Península Ibérica: ela irá montar uma sede em Madrid e outra em Lisboa? No way. Portugal tem de apostar nos nichos. Isso da vidinha como era acabou. Ou existe uma reconversão ou então acabou.

Querem saúde de boa qualidade a custos comportáveis? Então temos de adaptar.

zazie disse...

Por acaso é verdade. O Lusitânea, paranóia africana à parte, tem razão quando diz que o Império agora é cá dentro.

Não só é como existem palerminhas que gostam e ainda querem mais para se projectarem no colonizador.

É um estranho fenómeno de síndrome de Estocolmo

Cfe disse...

Acho que o pessoal não meteu na cabeça que o tintin acabou.

zazie disse...

E depois a lógica é assim: não sabemos porquê, nem para onde vamos, nem a vantagem em ir, mas se os outros correm para aí, a gente tem de correr também.

E fazem de lemings alegremente- o futuro está à espera lá em baixo, toca a saltar, porque agora é assim. A ruína do presente é a riqueza do futuro radiante que há-de brilhar para todos nós.

zazie disse...

Como o tintin já não existe, a ideia é ficar negativo para igualar aqueles a quem se paga essa desgraça por estratégia de antecipação.

aahahahahhahaha

zazie disse...

E ainda dizem que os tugas não são imaginativos.

estas utopias liberais conseguem ultrapassar toda a loucura de que me lembro da cartilha lemming maoista.

zazie disse...

Não há hipótese. Os Monty Python anteciparam tudo isto:

http://www.youtube.com/watch?v=Xe1a1wHxTyo

Cfe disse...

Eu não digo que a solução para os problemas da saúde seja a liberalização até porque não conheço o assunto em concreto.

Mas no caso do preço médio dos remédios ser menor nos países que possuem esse sistema não vejo o motivo deste não ser aplicado em Portugal a não ser a força da ANF na política.

zazie disse...

É o Grande Salto em Frente

LJC disse...

Então o funcionamento da credibilidade perante os accionistas seniores e maioritários da UE e essa entidade dos "mercados" da divida "soberana" é uma maravilha.

Quanto mais o Passos Capataz Coelho Impiedoso vergasta os autóctones mais a credibilidade sob. Se as costas folgam lá disparam os juros e os sermões da Merkl.

Na Grécia a saída para a crise agora são semanas de 6 dias com 78 horas de trabalho e reforma aos 67. Isto é claro em zonas económicas especiais a criar com menos impostos e regulação para o colonizador.

E 80% dos Gregos ainda quer continuar no euro...

http://www.ekathimerini.com/4dcgi/_w_articles_wsite1_1_12/09/2012_460867

zazie disse...

eu não encontro é resposta para aquilo que o morgadinho da cubata disse.

Se era para isso, então não valia mais a pena serem os próprios tugas a comprar a dívida sem juros.

Não sei. Não tenho resposta mas não consigo aceitar como normal e natural um país assinar o seu testamento e doá-lo a quem o mata.

zazie disse...

E de uma coisa tenho a certeza- os que assinaram nem pensaram porque foram obrigados internamente a isso.

E com a pica eleitoral toda a gente se excitou sem ler o Memorando.

Não quero chatear mas aquele meu post de 7 de Maio ainda está actual.

E não houve uma única pessoal minimamente informada- nem o Medina Carreira, que não tivesse logo dito que aquele Memorando e as condições impostas eram impraticáveis.

zazie disse...

7 de Maio de 2011. O que deu direito a mais insultos no Blasfémias.

BLUESMILE disse...

Comvém acrescentar que para o Medina Carreira e afins a vinda do FMI e as inevitáveis condições impostas eram impprenscindíveis para a salvação da pátria. Agora uivam.

Anónimo disse...

Quem está por detrás da Boots em Portugal?

zazie disse...

Alliance Unichem Farmaceutica, S.a.

Cujos sócios são clandestinos

zazie disse...

http://bootslab.pharmology.org/aboutUs/barraO.html

Fernando Melo
http://pt.linkedin.com/pub/fernando-melo/16/419/626

Anónimo disse...

a Boots é fantástica e não faz mafioseiras com os médicos para roubarem o país através das receitas falsas e outros crimes que acontecem nest lugarelho asqueroso. Só num lugarelho asqueroso seria necessário um alvará para abrir uma farmácia, como se não bastasse ter um diplomado como responsável técnico. É a Máfia Portuguesa Concerteza. Lugasr horroroso e malcheiroso!

zazie disse...

Alguns produtos da Boots, sim, são muito bons e mais baratos.

Para isso não é preciso acabar-se com as nossas farmácias.