31 agosto 2012

o pénis na cabeça

O Público de hoje revela a descoberta de um peixe que tem o pénis na cabeça. Para um Darwinista convicto, trata-se de um achado revelador que pode explicar a obsessão de alguns machos da espécie Homo Sapiens com o sexo. A coisa ficou-lhes na cabeça, por assim dizer.
Estava eu a reflectir, em voz alta, sobre as implicações comportamentais desta descoberta quando me comentaram:
- Ó Joaquim, o problema não são os tipos que têm “o pénis na cabeça”, o problema são os que têm a cabeça no pénis.
‹‹Não há nada como o sentido de humor feminino››. O melhor é ficarmos a aguardar novas descobertas.

5 comentários:

Vivendi disse...

E as prostitutas da esquerda! Sabia desta Joaquim??

Agora já podemos considerar uma série de figuras femininas destacadas da esquerda portuguesa, como umas prostitutas, apenas seguindo a sua ideologia, não escapam agora a este rótulo:

..."Esse movimento que tende a opor a propriedade coletivizada à propriedade privada se exprime de uma forma completamente animal quando contrapõe o casamento (que é, evidentemente, uma forma de propriedade privada exclusiva) à coletivização das mulheres: quando a mulher torna-se uma propriedade coletiva e abjeta. Pode-se dizer que essa ideia da coletivização das mulheres contém o segredo dessa forma de comunismo ainda grosseiro e desprovido de espírito. Assim como a mulher deve abandonar o casamento em prol da prostituição geral, o mesmo deve acontecer com o mundo da riqueza, o qual deve abandonar sua relação de casamento exclusivo com a propriedade privada para abraçar uma nova relação de prostituição geral com a coletividade."...

Excerto retirado do manuscrito de Karl Marx

muja disse...

Que manuscrito, Vivendi?

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a fecundação no Phallostethus cuulong é interna, para garantir que não se desperdiça esperma.

Ora bem! Um peixinho eficiente.

Só gostava de saber como é que chegaram a esta conclusão. Devem ter perguntado ao peixe...

Vivendi disse...

Marx nunca publicou seus Manuscritos Econômicos e Filosóficos de 1844, nos quais as bases filosóficas do marxismo foram apresentadas. Um ensaio em particular, "Propriedade Privada e Comunismo", continha a mais completa exposição da sociedade comunista. Um dos motivos para sua recusa em publicar estes manuscritos foi que, nas décadas seguintes, a filosofia hegeliana já havia saído de moda, mesmo na Alemanha, e os seguidores de Marx estavam mais interessados nos aspectos econômicos e revolucionários do marxismo.

O comunismo puro

Outro importante motivo por que Marx não quis publicar estes manuscritos foi justamente a sua descrição franca e sincera da sociedade comunista no ensaio "Propriedade Privada e Comunismo". Além de apresentar um conteúdo totalmente filosófico, em vez de econômico, Marx descreveu uma etapa horripilante — porém supostamente necessária — de como seria a sociedade imediatamente após a violenta e necessária revolução mundial do proletariado, e antes de o comunismo supremo ser finalmente alcançado. Seria a sociedade da etapa de transição. Esta sociedade pós-revolucionária de Marx — aquela do comunismo "puro", "cru" ou "grosseiro" — não era exatamente um tipo de sociedade que estimularia as energias revolucionárias de seus fieis.

Mais notavelmente, a descrição feita por Marx de como seria a primeira etapa da sociedade pós-revolucionária, a qual ele classificou de "comunismo grosseiro", especifica uma tentativa de se impor o igualitarismo por meio do confisco e expropriação selvagem e cruel da propriedade privada, seguida de sua destruição. Adicionalmente, as mulheres seriam coercivamente coletivizadas, bem como toda a riqueza material. Com efeito, a avaliação de Marx sobre o comunismo grosseiro, a etapa da ditadura do proletariado, não era muito romântica:

Anónimo disse...

Monti
Em Portugal, atendendo à profundidade dos pensamentos dos Drs Borges e Dr Cassola, pode muito bem vir a surgir outra espécie:
Na cabeça, um pénis em forma de cifrão.

XisPto disse...

Vivendi:
Como era corrente para os homens do séc 19, Marx defendia a situção das mulheres como "prostitutas privadas". Já me parece menos fundada a alegação de "prostituição de esquerda" por motivos ideológicos...