24 agosto 2012

não há direita em Portugal

O BE CDS-PP criticou a "ligeireza" com que foi abordado o futuro dos trabalhadores da empresa, que pode passar pelo despedimento.
"Os trabalhadores da RTP são um activo, não são um passivo, são na sua maioria quadros qualificados, pessoas com mais-valia para o ramo, e não se pode simplesmente chegar a uma entrevista e dizer que passam como um passivo para um qualquer concessionário", afirmou à Lusa um deputado do BE CDS-PP.

18 comentários:

Anónimo disse...

.... e de novo o governo prepara-se para fazer asneira. Ou vende ou nao vende. Agora estas solucoes em que o estado continua a subsidiar atraves das taxas nao pode ser. Uma mama, é o q é. O governo acha q pode manter o povo a pagar e ele proprio nao incorrer em custos. Manda a batata quente para o povo atraves da factura da edp. É, digamos, um governo liberal socialista. Socializa os custos e poe-se liberalmente ao fresco.
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Já nao ha decendia.
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Ouvir o coiso Borges da goldman sacks percebe-se bem a intencao. Ficar com um petisco para ajudar os privados à laia de uma coisa chamada servico publico. Um servico publico que nao o é. Ora, se a RTP é um servico publico, e se apenas cabe ao estado promover e dirigir o servico pulico como diz a constituicao, entao nao devia ser vendida.
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A minha opiniao é que a rtp e todo o grupo devia ser vendido integralmente aos privados. A lei ou a capacidade legislativa do governo serve para exigir determinadas coisas de interesse publico aos privados. Toma lá a licenca de exploacao e exijo que que facas isto e aquilo a bem do que quer q seja de interesse publico, como seja, uns minutos dedicado a certas e detrminados assuntos que nao vendem para as massas mas q sao importantes para manter m certo grau cultural.
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Rb

Vivendi disse...

Troika carrega neles please!!

Chicote em cima.

joserui disse...

Se são um activo e tão qualificados, não deve faltar emprego por aí... em Portugal ou arredores!... Ouvi dizer que é preciso substituir o Fernando Pessa na BBC... -- JRF

Anónimo disse...

Sinceramente, nao compreendo. Ao estado apenas cabia sair e fixar regras para todos os operadores para assegurar o servico publico. Seria assim tao dificil?
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As empresas publicas,aonde existe concorrencia, nao faz sentido o estado estar a gastar dinheiro. Assim, o que eu faria, era dizer as emp publicas em mercado concorrencial (como é a rtp) uma coisa muito simples: meus amigos, vcs tem receitas na ordem dos x euros, o orcamento para o proximo ano terá de ter despesas concordantes com as receitas. Facam o que tiverem a fazer. Nao vai mais um tostao para aí. Se nao souberem gerir os recursos que teem, pois abram falencia.
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Rb

zazie disse...

Bem, essa ideia que é de Direita despedir e cagar também é muito de esquerda.

":OP

linguista com fuso disse...

Uma pergunta para bloquistas:
se um triunvirato é uma troika, uma liderança bícéfala não será uma... doika?

muja disse...

Eu acho que regras para todos os operadores não é o ideal. As regras são difíceis de definir para começar. Depois, e também por isso, são fáceis de subverter. Por fim, limitam naturalmente a criatividade de quem quer realmente fazer serviço público.

Para mim, tinha mais lógica o Estado manter controlo de um canal mais ou menos na onda do Canal 2 mas melhor. Ou seja, menos pretensioso mas com mais orçamento. Com publicidade institucional apenas, se for caso disso. E fazer serviço público. Porque concursos da treta, não são serviço público. Se por um lado o pagode necessita de "entretenimento", isso já provido em abundância pelos privados. Portanto, fazer algo que os privados já fazem e fazem melhor, não é serviço público. Nem sequer é serviço. Só é público (e isto - como sempre - apenas no sentido de "quem paga").

Mas isto é sonhar. Era preciso outra fibra em quem manda para estas coisas acontecerem como deviam acontecer.


joserui disse...

Caro Muja, é serviço público se ninguém estiver a ver? -- JRF

Bmonteiro disse...

RH+

LJC disse...

Se houvesse direita em Portugal esse bandalho do Borges ia arrotar postas de pescada para a PQP.

lusitânea disse...

Só espero que a RTP África não acabe.Dá para o zé povinho saber o que lhe vai acontecer...

Fernanda Viegas disse...

Enquanto continuar a promiscuidade público/privado nada faz sentido. Os "apoios" do Estado ao setor privado, neste caso à comunicação social, não têm razão de existir. A maior parte dos canais de tv, rádios e jornais ditos privados, só sobrevivem com esses apoios e portanto nada têm de privados. O Estado deve conceder licenças, flexibilizar legislação e criar todas as condições para que os agentes possam livremente operar. Não deve porém sustentá-los. Em meu entender a lógica fica toda pervertida.

muja disse...

Meu caro JRF,

tal é a qualidade de 90 ou mais por cento da transmissão televisiva em portugal que não a ver poderia bem ser considerado um serviço público!

Mais a sério, eu acho que sim. E nunca será o caso de ninguém estar a ver. Há sempre uns quantos que vêem. A diferença seria que ao contrário dos privados que ajustam a qualidade ao gosto da maioria (e depois pioram-no um bom bocado mais), o serviço público teria como objectivo transmitir coisas úteis ou de excepcional valor. Só três pessoas é que vêem? Deixá-lo. Amanhã hão-de ser mais.

Muito embora, hoje em dia, a questão é mais complicada, dado o acesso fácil à informação oferecido pela internet. Quando eu era cachopo, se quisesse ver um concerto de uma orquestra sinfónica tinha de esperar pelo Ano Novo e os concertos em Viena. Agora posso ir ao Youtube.

Mas acho que ainda se justificava um canal público nesse formato. Assim como assim, já deitam o dinheiro fora. Ao menos que fosse para uma coisa que prestasse, e não para ver Furtadas e Malatos. Por exemplo aqueles programas do José Hermano Saraiva. É uma coisa muito específica, completamente portuguesa e que mais ninguém faz ou fez (tanto quanto sei). Não fossem uma almas caridosas que põem isso no youtube, só o poderíamos ver quando eles quisessem.

No mínimo, que disponibilizassem isso online (em alta-definição se possível) para a gente ver quando quisesse. Esses e outros! Isso já era bom serviço público!

PS: agora lembrei-me de uma coisa. O que é que vai acontecer aos conteúdos produzidos (ou adquiridos) pela RTP se esta for vendida?

Anónimo disse...

Caro Muja já não tenho esse tipo de ilusões... Olhe em volta... Hoje são três, amanhã serão dois.
Eh pá e quanto a qualidade sou um autêntico snob... Ver um concerto sinfónico no youtube?... Jesus Cristo e a imagem nem é o pior... -- JRF

muja disse...

Pois eu sei que não. Eu também as não tenho.

Eu descrevi o que que achava que devia ser. Mas sei que não é o que vai ser e nem sequer é o que podia ser.

Isto agora já é sorte se conseguirem desfazer-se daquilo sem prejuízo para o contribuinte.
Acabei de ler que o "Estado garante 20 milhões de lucro a quem ficar com a RTP."

muja disse...

Pois eu sei que não. Eu também as não tenho.

Eu descrevi o que que achava que devia ser. Mas sei que não é o que vai ser e nem sequer é o que podia ser.

Isto agora já é sorte se conseguirem desfazer-se daquilo sem prejuízo para o contribuinte.
Acabei de ler que o "Estado garante 20 milhões de lucro a quem ficar com a RTP."

Fernanda Viegas disse...

Pois lá estamos nós na mesma. O Estado também garantiu nas ditas parcerias publico/privadas (autoestradas), uns quantos milhões, quer tenham gente ou só formigas a passar. Negócios assim eu também queria!

Anónimo disse...

Ah esquecI-me... A questão online é interessante... Custos infinitamente mais baixos e de facto o serviço público podia passar por aí... Deixa pessoas de fora, mas não as do futuro... Eu desconfio que vão deitar a criança fora junto com a água encardida... -- JRF