23 agosto 2012

dívida cresce que se farta

  1. Economia portuguesa deve 430% do PIB e só famílias estão a corrigir.
  2. Particulares reduziram endividamento para níveis de Junho de 2008, mas a dívida do país cresceu 128 mil milhões desde a mesma altura.

12 comentários:

Lionheart disse...

A coisa vai cmplicar muito para o sector financeiro. O sector da construção, dos mais endividados, está muito mal e isso vai-se repercutir nos bancos. Não será uma crise de dimensões tão grandes como a da Espanha, porque a nossa escala é menor, mas preparem-se porque Portugal vai ter problemas na banca por causa do crédito mal parado na construção.

Fernanda Viegas disse...

A propósito do post de ontem "Miopia": BCP aposta na venda de casas "low-cost" (...quase um terço já está vendido). Há dúvidas sobre o assunto?

marina disse...

sempre quero ver o que dirão os esquerda que afirmavam que o problema era a dívida privada .

joserui disse...

Chocante!... com isto ninguém contava!...
Lionheart, a nossa escala é menor para tudo... ninguém pode esperar uma crise em valor absoluto do tamanho de Espanha... mas as consequências não se vão fazer sentir em Espanha mas sim cá... e vão ser, estão a ser, à nossa medida... e graves... e não se vê solução à vista... não é quem enterrou o país que o vai salvar isso é óbvio... -- JRF

Lionheart disse...

Contava, contava. A crise vai tendo vagas sucessivas, como um "maremoto", em que se sucedem problemas uns a seguir aos outros e não é só cá. Daí que se perspective uma recuperação muito lenta por todo o lado. O maior problema de Portugal é ter Estado e privados muito envidados ao mesmo tempo. Assim não pode haver investimento público nem privado nacional para reanimar a economia, mas ao mesmo tempo temos poucas vantagens comparativas para atrair investimento estrangeiro. E repare-se como o desendividamento das empresas está a ser lento e doloroso por causa da conjuntura nacional e internacional. Não está nada fácil mas não há alternativa alguma ao caminho de redução dos desiquilíbrios externos. É uma questão de sobrevivência nacional, precavendo todos os cenários, incluindo o colapaso do Euro, ou uma saída voluntária ou forçada da moeda única (com outros, com certeza). Em qualquer desses cenários mais imperioso se torna termos a nossa conta corrente em superavit.

Ricciardi disse...

Não se preocupem já. Ainda não é o momento certo.
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Esperem pelos impostos sobre o patrimonio... e depois falamos.
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A execuação orçamental ao nivel das receitas está 3 mil milhoes de euros abaixo do orçamentado. O buraco a tapar para o próximo ano já vai nos 5 mil milhoes... a acrescer à redução do defice normal e prevista, claro.
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É caso para dizer... tranformem tudo em cebolas ou batatas. Embora apodreçam facilmente, mais vale ter uma coisa podre do que ficar sem possibilidade de poder ter o que quer que seja.
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Pelas minhas contas, a receita em IMI terá de quadriplicar para manter os acordos do desprograma de desajustamento. Assim, além das avaliações virem a sofrer actualizações fortes, estou convencido de que a taxa de IMI vai ser multiplicado por três.
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... e eu que pensava que o governo só ia duplicar...
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Rb

Lionheart disse...

Mais para a frente os acordos vão ser ajustados, porque os credores sabem que economias como a portuguesa ou a grega nunca vão poder gerar receitas para pagar tudo o que devem. O propósito é obrigar estes países a ajustar a despesa à receita, o que resulta num empobrecimento claro (porque estes são países pobres à escala europeia ocidental), para depois "alijar" a carga, deixando os çredores de ter encargos com a periferia, mesmo que aceitando um perdão parcial de dívida. O que os alemães querem é um fim à vista dos resgates, o que é razoável. Mas o mais preocupante a médio-longo prazo é que o nosso potencial de crescimento, mesmo após atingir o equilíbrio financeiro (se o conseguir...) continua a ser baixo e a UE não está minimamente virada para o objectivo de convergir o Sul com o Norte da Europa. O que significa que as nossas possibilidades de enriquecer são limitadas...

Filipe Silva disse...

O que assistimos hoje em dia, é ao falhanço total do planeamento central, enquanto existia crédito barato e ilimitado a coisa foi passível de se ir mantendo.
Hoje é impossível manter o Estado no seu presente estado.

É necessário proceder a uma reconstrução do mesmo, passando por um desmantelamento do dito Estado Social.
Este baseou se em pressupostos que hoje não se verificam nem se perspectiva que se iram voltar a verificar num futuro mais ou menos distante.

É necessário explicar Às pessoas que o Estado não cria riqueza, que quando dá algo a alguém (salário, subsídio, pensão, RSI) este é retirado de outra pessoa.

Este fenómeno foi disfarçado com a possibilidade de recurso à divida, mas esse processo acabou em 2007.
Os proponentes do keynesianismo não o perceberam e insistiram na sua receita que o que fez foi empurrar o problema com a barriga e o agravar.

O problema da Banca, é em certa medida uma bomba relógio, mas este problema é criado em parte pelo Estado e na outra pela incompetencia dos banqueiros, interessante que se mantêm todos no mesmo lugar.

Dado que o Estado já não cria moeda do nada, isto é, não tem um banco central que lhe monetize a divida quando este precisa, resta lhe a capacidade dos bancos de criarem moeda do nada, logo para encetar a loucura despesista foi necessário criar uma aliança na banca com o poder da altura (o caso BCP prova-o) para que estes comprassem a divida do Estado e que não faltasse financiamento ao Estado.

Os politicos venderam os contribuintes aos bancos, para poderem "mostrar obra".

Só com uma sociedade verdadeiramente livre conseguiremos ter niveis de crescimento fortes.
Acabar com o Estado socialista corrupto e com a sua oligarquia de empresário que continua a fazer com que o povo seja explorado.

lusitânea disse...

Entretanto e apesar de tudo existem 500000 "legais" listados no SEF que continuam por aí a fazer aquilo que mais ninguém quer fazer...fora os "ilegais" e claro os "nacionalizados" por "afectos"...
Cheira-me que qualquer dia o "contribuinte" passa de peça de caça directamente a caçador...

Anónimo disse...

Bem, ó Lusitanea, se o governo expulsasse os tais 500 mil imigrantes, no dia seguinte teriamos certamene como resposta o repatriamento de uns 3 milhoes de emigrantes portugueses a trabalhar no estraneiro. Nao me parece bom negocio...
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Rb

joserui disse...

Hã... Lionheart... era uma ironia... e nada pequena devo acrescentar... :) -- JRF

André Miguel disse...

Isto não é admirar.
Alguém viu alguma reforma do Estado digna desse nome? No fundo a coisa continua o mesmo lamaçal e se alguma (pouca) coisa foi feita podemos agradecer ao chicote da troika. Esta malta que nos desgoverna ou é louca ou estúpida, pois na verdade anda tudo a ver se coisa amaina, atiram uns pozinhos ao ar, umas manobras de diversão e esperam que daqui a uns anos o regabofe possa continuar em todo o seu esplendor.
Não foi inscrito na constituição que deviamos caminhar para uma sociedade socialista? Pois sejam bem vindos.