Um Estado totalitário verdadeiramente eficiente seria aquele em que os governantes e os seus mandatários controlassem uma população de escravos que não necessitassem de ser coagidos, porque amassem a servidão.
Aldous Huxley
Não me parece que estejamos próximos no momento. Porque o amor à servidão implica a ilusão de se viver n paraíso. E essa ilusão, não há tuga que a compre hoje em dia.
Os nossos problemas no imediato são outros: é a "saudade do Egipto", por medo às dificuldades da travessia do deserto; e a anarquia, por se perder o respeito (no sentido de reconhecer a sua função) a toda a autoridade. E aí, sim, começará a tornar-se deveras atraente um projecto totalitário...
o amor à servidão implica a ilusão de se viver n paraíso
Há muitas concepções de paraíso. E a maior parte pode ser fabricada ou impingida ou distorcida na cabeça das pessoas. Também pode ser veiculada pelo absurdo ou pelo contrário.
Uma delas e a mais comum hoje em dia é a da "liberdade". Hoje em dia tenta-se perpetuar a noção de que a "liberdade", como entendida pelos "democratas" é a coisa mais importante do mundo e que, se tê-la não equivale ao paraíso, perdê-la equivale garantidamente ao inferno.
Na realidade, é uma liberdade distorcida e longe de paradisíaca. Equivale a pouco mais que ao direito de enfiar um papel numa urna. Nem direito dá a escolher o que diz o papel à partida. A liberdade real é severamente limitada a quase todos os níveis da nossa vida. Para contrapor a percepção desta realidade, é feita a demonização de toda e qualquer outra forma de governo que não esta, porque esta é a única "livre". Assim, V. convence as pessoas que, embora não vivam num paraíso, vivem no que mais parecido há, porque tudo mais é inferno. O que é suficiente para o propósito de inculcar o tal "amor à servidão".
Se acha que é livre, experimente revoltar-se contra a liberdade que lhe dão. Todo o homem verdadeiramente livre deverá ser capaz de o fazer. Experimente V. a ver se consegue.
Hoje o Joaquim acordou no lado esquerdo da cama... No admirável mundo novo havia a ilusão de liberdade, necessidades básicas preenchidas e o belo prazer... e a droga... soma, se me lembro... já faltou mais... -- JRF
9 comentários:
Portugal esta la muito proximo.
Não me parece que estejamos próximos no momento. Porque o amor à servidão implica a ilusão de se viver n paraíso. E essa ilusão, não há tuga que a compre hoje em dia.
Os nossos problemas no imediato são outros: é a "saudade do Egipto", por medo às dificuldades da travessia do deserto; e a anarquia, por se perder o respeito (no sentido de reconhecer a sua função) a toda a autoridade. E aí, sim, começará a tornar-se deveras atraente um projecto totalitário...
o amor à servidão implica a ilusão de se viver n paraíso
Há muitas concepções de paraíso. E a maior parte pode ser fabricada ou impingida ou distorcida na cabeça das pessoas. Também pode ser veiculada pelo absurdo ou pelo contrário.
Uma delas e a mais comum hoje em dia é a da "liberdade". Hoje em dia tenta-se perpetuar a noção de que a "liberdade", como entendida pelos "democratas" é a coisa mais importante do mundo e que, se tê-la não equivale ao paraíso, perdê-la equivale garantidamente ao inferno.
Na realidade, é uma liberdade distorcida e longe de paradisíaca. Equivale a pouco mais que ao direito de enfiar um papel numa urna. Nem direito dá a escolher o que diz o papel à partida. A liberdade real é severamente limitada a quase todos os níveis da nossa vida. Para contrapor a percepção desta realidade, é feita a demonização de toda e qualquer outra forma de governo que não esta, porque esta é a única "livre". Assim, V. convence as pessoas que, embora não vivam num paraíso, vivem no que mais parecido há, porque tudo mais é inferno. O que é suficiente para o propósito de inculcar o tal "amor à servidão".
Se acha que é livre, experimente revoltar-se contra a liberdade que lhe dão. Todo o homem verdadeiramente livre deverá ser capaz de o fazer. Experimente V. a ver se consegue.
Hoje o Joaquim acordou no lado esquerdo da cama...
No admirável mundo novo havia a ilusão de liberdade, necessidades básicas preenchidas e o belo prazer... e a droga... soma, se me lembro... já faltou mais... -- JRF
Caro joserui,
a citação não é minha.
é dar-lhes heroína ( se não a tiverem de comprar traficada podem fazer uma vida normal de escravo )tipo o soma do huxley .
“O irregular e promíscuo funcionamento dos poderes públicos é a causa primeira de todas as outras desordens que assolam o país
António de Oliveira Salazar
por Luxor
Não pensei que fosse do Quim Huxley... é autor que ainda não li... :) -- JRF
O nosso paraíso em construção é o "sobado".Com muitas linhas de coca e sem diferenças de género...porque o amor anda no ar...
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