29 julho 2012

não suba o sapateiro além da chinela

Um estudo de três economistas da Universidade de Essex, em Inglaterra, sugere que trabalhar no último mês de gravidez afecta o desenvolvimento do bebé de forma semelhante ao tabaco, levando a que este nasça com menos peso.

Os responsáveis pelo estudo, noticia o jornal britânico The Guardian, analisaram dados de 31 mil mulheres. Esta informação foi retirada de três estudos, dois do Reino Unido e um dos EUA. Os dados das mulheres do Reino Unido foram recolhidos entre 1991 e 2001 e os das mulheres nos Estados Unidos dizem respeito a nascimentos entre o início da década de 1970 e 1995.
As mulheres que pararam de trabalhar entre os seis e os oito meses de gravidez tiveram bebés, em média, 230 gramas mais pesados do que as que trabalharam para lá do oitavo mês. Este efeito no peso é semelhante ao das mulheres que fumam quando estão grávidas.
Os investigadores observaram ainda que nas mulheres com menos de 24 anos o facto de trabalharem não teve efeito no peso das crianças.
Marco Francesconi, um dos académicos que assina o estudo, lembrou ao Guardian que o baixo peso no nascimento está correlacionado com um menor sucesso escolar, mortalidade mais elevada e salários mais baixos.

Comentário: As mulheres que param de trabalhar entre os seis e os oito meses de gravidez, em muitos casos, têm gravidezes de alto risco. Isto é, têm patologias associadas que podem afectar o peso dos recém-nascidos. Para este estudo ser válido teria de ser prospectivo e randomizado, e não necessitaria de avaliar mais de 200 a 300 mulheres em cada grupo - (Grupo A a trabalhar e Grupo B a descansar).
A metodologia utilizada pode ser válida para estudos económicos, mas não é válida para a medicina.

4 comentários:

JoaoMiranda disse...

Mulheres que não param de trabalhar no último mês provavelmente precisam de trabalhar. São de uma classe social mais baixa e provavelmente alimentam-se pior.

muja disse...

Os economistas são muito engraçados. Mas é raro dizerem alguma coisa que se aproveite... eheheh

Seja como for, não vejo de onde infere o Joaquim a metodologia usada. Ou melhor, não usada.

Fui à procura do estudo para ver, por acaso. Mas não encontrei. Não sei que raio de estudos são estes que se não podem encontrar. E que raio de jornais que não fornecem maneira de o fazer...

lusitânea disse...

Isto não será nada, comparado com aquele artigo futurista, em que o mundo vai ser informado da gravidez do homem fêmea, vulgo paneleiro...

Euro2cent disse...

> A metodologia utilizada

Isso é preciso?

Não basta um escriba jacobino qualquer, tipo Oliveira, escrever que "acha que" e a coisa fica resolvida?