27 junho 2012

lol II

AT (antes da Troika)












DT












À hora de almoço encontrei o meu amigo Artur Laughter numa “terraza” onde costumo picar umas tapas e beber uma “caña” (1):
- Artur, nem de propósito, tu és uma celebridade em Portugal.
- E não só, todo o mundo gosta de “laughter”, topas?
- Ahahah, pois... só que ninguém se anda a rir por estas bandas. O governo aumentou brutalmente a carga fiscal e a colecta caiu...
- A minha curva é como as bruxas, há quem duvide, “pero que las hay, las hay”.
Com um trejeito dei a entender que concordava. Será que o Artur lê o Blasfémias? Gostava de lhe colocar o desafio que o Joãomiranda me lançou, mas como se fosse coisa minha.
- Ó Artur, achas que o aumento da carga fiscal pode contribuir para o desemprego, digamos, por exemplo, na construção civil?
- "Godammit" Joaquim, tens de perder o hábito de ler o Blasfémias, esse Joãomiranda devia ter mais consideração pela minha curva. Joaquim, tu és médico e não percebes nada disto, mas eu vou-te dar um exemplo que até um médico pode perceber: “Os impostos são um veneno para a economia, são como a cicuta para a fisiologia humana”. Se podem provocar desemprego? “You bet”!
- Até na construção civil?
Levei a mão ao queixo, na esperança que o Artur me desse uma resposta para o Joãomiranda. Foi então que o meu amigo sacou de dois guardanapos de papel e começou a escrevinhar uns gatafunhos.
- Joaquim, tu sabes o que é a teoria do fluxo circular do rendimento?
- Sim, vinha lá no capítulo da economia, do meu MBA... "Circular Flow of Income".
- Então olha para aqui, o fluxo de rendimentos alterou-se completamente. As famílias ficam com menos poupança para investir em imóveis e o aumento do esforço fiscal é comido pelo serviço da dívida. A diminuição da procura obriga a despedimentos e é assim que aumenta o desemprego na construção civil. Por seu turno, o governo também já não tem cheta para o Caines, menos grande obras, menos procura...
Vou guardar estes guardanapos, pensei. A curva deste tipo ainda lhe vai dar o Nóbel e eu ponho este espólio à venda no Ebay. “Ganda Laughter”!

1) A moça que serve na esplanada é de Ermesinde.

18 comentários:

Anónimo disse...

O governo que se limpe a esse guardanapo....

Anónimo disse...

Explicação de tremenda complexidade, vai dar pelo mais dois posts de Joao Miranda.

zazie disse...

AHAHAHAHAHAHAHA

Hoje acordou com a veia toda

":O))))))

Anónimo disse...

Hola Zazie,

Obrigado. Esta do Laffer tem muita piada.
:-)

Anónimo disse...

Sabe que ele desenhou a curva num guardanapo numa esplanada?

zazie disse...

ahahahaha

Lembrei-me logo do Birgolino, filósofo da tasca minhota, que também explicava a criação do mundo, num guardanapo

":O))))))

zazie disse...

O João Miranda é que está cada vez mais maoista. Agora quer uma restauração cultural de marmita.

Anónimo disse...

Tenho muita admiração pelo Joãomiranda, é um tipo muito inteligente, com uma retórica formidável.

zazie disse...

Eu também o curto muito pelo sentido de humor.

E é um escolástico.

":OP

zazie disse...

Aquela do "Quer frô?" no dia da mulher, foi das melhores piadas de sempre

Vivendi disse...

E os atributos da moça de Ermesinde?

Sempre que envolver o governo & impostos façam o desenho em papel higiénico.

Fernanda Viegas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernanda Viegas disse...

Não sei o que se passou com o comentário de cima. Parece que saiu aos soluços. O Dr Joaquim bebe as "cañas" e eu é que fico com os copos!

Fernanda Viegas disse...

Gostava de reforçar a pergunta do Vivendi: e os atributos da moça de Ermesinde? Estamos curiosos...

joserui disse...

Joaquim!... esses cafés é com um cheirinho de quê?... -- JRF

Ricciardi disse...

Esta malta torna complicado aquilo que é simples. Qual procura e fluxos e o mais o diabo-a-quatro, a coisa é mesmo básica: quantas mais moças giras servirem nas esplanadas mais impostos vamos pagar - indução ao consumo -
.
Eu até já fui a um restaurante aonde tinha de colocar a minha assinatura no corpo semi-nu das moças. Aquele corpo estava tão cheio de rabiscos fanhosos que pedi à menina a ver se podia apagar umas assinaturas perto do umbigo. E ela deixou. Com a ponta do gardanapo e um bocadinho de agua, apaguei umas três assinaturas e fiz do umbigo o ponto do primeiro «i» - Ricciardi.
.
Afinal, o umbigo era mesmo o ponto G da rapariga. A sério. Enquanto pintava o «i» no umbigo ela estremecia de riso. Fazia-lhe cocegas, é bom de ver.
.
Depois propus cruzar o nome Ricciardi com o nome Berardinelli; a ideia era aproveitar o «r» de ricciardi para na vertical escrever o segundo nome trespassando os nomes.
.
Ela não percebeu a ideia, mas concordou. Comecei a apagar as assinaturas para baixo e para cima. Devido ao facto da minha caligrafia ser muito grande... e chegado a certo ponto, mesmo ali perto de Sillicon Valley, mesmo a chegar, a rapariga finalmente percebeu a ideia e tirou-se a esferografica de supeton e disse-me «Clever».
.
Rb

Fernanda Viegas disse...

Imagino a cena. O Ricciardi é tão engraçado que me faz rir mesmo sem vontade!

joserui disse...

Clever?... Isso foi no Texas caro RB?... é uma espécie de Gondomar da américa, mas maior e mais parola... grande máquina... a rapariga naturalmente não o conhece... julgou que seria só chapéu e nenhum gado (como dizem por lá)... devia-lhe ter mostrado como era... -- JRF