15 maio 2012

um a dois anos

Um homem com poder absoluto e lealdade ao bem comum põe a economia portuguesa e o emprego a crescer vigorosamente no espaço de um a dois anos.

Que mal é que este presumptivo ditador teria interesse em fazer a alguns comentadores do Portugal Contemporâneo, que o temem, esse é que eu ainda não descortinei. Não descortino sequer o que é que ele teria interesse em ditar-lhes.

39 comentários:

Vivendi disse...

Elementar meu caro professor!

Algumas pessoas temem porque confundem uma ditadura nacional de espírito comunitário com o nacional-socialismo e o totalitarismo, outras porque simplesmente não acreditam na comunidade e suas virtudes e por fim temos aqueles que estão sempre no contra.

zazie disse...

O Poder corrompe, o poder absoluto corrompe duplamente, ou lá como é.

é do senso comum.

Nem na ditadura existiu um homem com poder absoluto.

E é algo absolutamente inviável nas próximas décadas.

Não digo séculos porque as civilizações também acabam e assim e não tenho dotes visionários.

Mas, fora o possível gosto especulativo, que interesse tem para o presente andar a sonhar com utopias?

V.s, os economistas não sabem da poda e depois refugiam-se na poesia, para disfarçar...

":OP

zazie disse...

E muito os tugas gostam de poesia.

Aquecem as cabecinhas com tretas e palavras.

Parole, parole, parole.

":OP

Ricciardi disse...

Detesto discutir conceitos. Porque discutem-se definições de palavras e não as ideias subjacentes. Se um gajo defende um Ditador, pois claro, o pessoal pensam oh caraças ainda nos sai na rifa um sanguinário com o poder TODO nas mãos e depois é o diabo para o tirar de lá.
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Mas o que o PA está a querer dizer é que se trata de um tipo que tem o PODER nas mãos de fazer o bem. Um tipo que, fruto da sua educação, formação e cultura, só tem margem para gostar muito do seu povo e que se rege por Valores assentes na tradição - religiosa e civil.
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A heriditariedade do Poder, ao contrario do que eu próprio pensava, ou melhor, a previsibilidade do Poder, tem vantagens enormes. Desde logo porque, só se sabendo quem vai ser o Rei, é que se pode educar adequadamente a pessoa para a função desde tenra idade.
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Um rei não tem margem para falhar. Ele está lá para a vida toda. Ele leva com as responsabilidades dos seus actos pela eternidade. Não é motivado pela ganancia mesquinha do politico-corrupto que tem de aproveitar os 4 anos de mandato para enriquecer. O rei não precisa disso. Já nasce rico, se quiserem. De forma que o que o motiva é amamentar o povo e cuidar que o povo seja prospero.
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A igreja tenta replicar este conceito. O poder eterno, para a vida, e fá-lo, no entanto a sucessão não é previsivel, não é hereditária, o que é uma pecha colmata por um sistema educativo próprio e colegial aonde todos os cardeiais possuem ensinamentos doutrinadores.
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Rb

zazie disse...

Sim, um tipo que tem poder para fazer o bem.

Mas, esse poder não é absoluto.

Porque, todo o gajo com poder absoluto descamba.

Uma pessoa aprende isto em criança.

zazie disse...

Fazer o bem não é nada. Isso é ser samaritano ou pertencer à AMI e andar numa de caridade on the road.

O que pode existir é outra coisa- pessoas com gigantescas ligações ao seu país e amor a ele por efeito de séculos e séculos no lombo a ser-lhe transmitido.

Costumava acontecer com os reis.

Mas, eu penso que aquilo que se perde e é histórico, não se recupera.

Há perdas destas- perde-se uma tradição, perdem-se séculos de hábitos, ninguém já se lembra e portanto, nem saudades podem existir, a não ser fantasiadas.

Por cá, por via das dúvidas os democacas republicanos e laicos proibiram a república constitucionalmente.

ehehehe

zazie disse...

Queria dizer- proibiram a monarquia por Constituição.

Uma prova que o jacobinismo é uma gigantesca mentira.

Ricciardi disse...

Eu penso que só descambam aqueles que se dislumbram com o poder. Que lá chegam sem nunca o ter experimentado. Ora um principe ou um rei não tem ambições de poder; já nasce com ele. Nem se dislumbra, porque é natural.
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PS. Juro que só comecei a ver as virtudes da monarquia há pouco tempo.
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Rb

zazie disse...

Eu sei de quem defendia essa monarquia não constitucional.

Teoricamente pode ser atractiva mas, o meu pragmatismo diz-me que não pegava.

Aliás, o meu pragmatismo diz-me que só teríamos monarquia se os espanhóis nos comprassem, o que é inviável.

O Dragão é que tem a teoria de vender Portugal ao José Eduardo dos Santos e depois nacionalizar tudo e fazer uma descolonização

ahahahahahaha

zazie disse...

Descamba sempre. É questão humana. Por isso é que a monarquia católica nunca foi uma ditadura com poder num único homem.

Mentira- isso foram as repúblicas renascentistas. O Maquiavel foi o primeiro a teorizar o que virá a ser o modelo protestante ou anglicano.

zazie disse...

O Dragão acertou em cheio. O PA anda a teorizar anglicanismo com o Papa na boca e nem se dá conta.

Isto tudo já foi escrito pelo Maquiavel e depois pelo Hobbes.

Não tem novidade nenhuma. A não ser o facto de nada disse ter vindo de país de tradição católica.

Os tipos é que, à falta de Papa, fizeram papinhas de coroa e depois laurearam-se.

zazie disse...

Deram sempre em imperadores e imperatrizes que mais parecem meretrizes


":OP

Ricciardi disse...

Eu acho que um politico é facilmente convencido pelos poderes exteriores a ceder aos mesmos. O poder economico compra eleições; o poder da comunicação social elege fantoches. E eu penso que um Rei é mais imune a ser corrumpido por interesses que sejam contrarios ao bem comum. Luta pela nação.
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As guerras hoje não são com exercitos, a figura do Rei a cavalo à frente do campo de batalha passou; mas representa a ideia de combater o inimigo e proteger a nação dos ataques extriores. A guerra hoje é economica, entre paises. A chantagem, a dissimulação, a pressão dos mercados e dos interesses privados que se tornam cavalos de batalha dos seus governos.
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Apesar de não ter uma simpatia especial por D. Duarte, gostei de o ver na causa de Timor. Senti orgulho enquanto português ao vê-lo, mesmo fazendo pouco, mas simbilizando a determinação na defesa de principios.
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Rb

zazie disse...

Sim, por aí concordo plenamente e também acho que, apesar de tudo, até estávamos mil vezes melhor com este Bragança do que com os das casas de Nafarros e Boliqueime e moradias no Vau.

Vivendi disse...

..."Quem quiser resolver um problema, nomeia uma pessoa, se quiser adiá-lo, nomeia uma comissão"...


Por António Oliveira Salazar

zazie disse...

O que significa que já descemos tanto que até o nosso reizinho na reserva se agiganta...

ehehehe

Ricciardi disse...

Um politico não defende a nação, se do outro lado estiver uma cor politica da mesma area ideologica.
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Passos ajoelha-se a Merkel, como Sarkosy o fazia, de uma forma que nunca se ajoelharia a Holland, independentemente dos interesses do país.
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E não nego que seja necessário equilibrios, cedencias e negociações, mas é evidente que a ideologia está sempre primeiro do que os interesses do país.
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Rb

Ricciardi disse...

MAS claro, Zazie, tens razão, isto é um filme.
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Mas pronto, sonhar por sonhar, que se sonhe em grande.
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Rb

zazie disse...

o Coelho é PM, não é presidente. E o presidente não existe.

Eu acho que o Coelho é um palerma mas será honesto, Ora nós temos tido excesso de palermas desonestos, motivo pelo qual este ainda está em estado de graça.

Ricciardi disse...

De acordo. Também acho que está bem intencionado. E, verdade seja dita, não teve margem para fazer as coisas de outra forma.

Rb

zazie disse...

Nem margem, nem cabeça. Mas a falta de margem disfarça bem a careca.

":OP

Ricciardi disse...

Isso. Muito dito.

muja disse...

"Um politico não defende a nação, se do outro lado estiver uma cor politica da mesma area ideologica."

Depende do homem e depende da ideologia.
O poder absoluto pode corromper, mas não há poder absoluto. O poder só existe na medida em que se é obedecido. É impossível fazer-se ser obedecido absolutamente. Só se pode esperar (e fazer por) que as eventuais desobediências sejam cometidas por pessoas responsáveis.

zazie disse...

A principal questão prende-se com a liberdade de expressão.

Toda a concentração de poder numa só pessoa leva a necessidade de purgas de rivais e a impedimento de liberdade de expressão para não ser apeado.

Ora eu, vivi a ditadura e hoje, em jeito de balnaço, tirando ignorância política e folclore de juventude, a única questão que me ocorre que incomodava era a falta de liberdade de expressão.

E defendo-a em absoluto. Não encontro aliás, nenhuma boa razão (excepto em questões pontuais de costumes e tradições) para haver censura e impedimento de expressão de ideias opostas.

zazie disse...

tirar vírgula entre sujeito e predicado.

zazie disse...

Liberdade de expressão e uma justiça autónoma, são questões das quais não abriria mão.

De resto não tenho o vício de votar. Nunca me habituei a isso e cada vez me parece mais sem sentido.

zazie disse...

E farto-me de rir com os gozos que o Dragão faz com esse folclore de ir á urna porque penso o mesmo.

Ou sou demasiado básica ou nunca entendi o folclore democrata.

E, ainda menos, a tanga partidárias. As "esperanças" no "agora é que vai trudo mudar"; apenas por ir gajo de clube oposto para o poleiro.

Nunca entendi o valor que o maralhal dá à urna e a anomia geral perante tudo o que acontece no intervalo.

zazie disse...

Tenho fobia às partidarites. É como se fosse ET quando estou a falar com gente de clube partidário.

Não sei o que é isso. Literalmente. É experiência mística que me transcende.

E parece que dá pica. Vêem-se com a partidarite e os bons dos seus filhos-da-puta. Que são sempre melhores que os filhos da puta da claque rival.

zazie disse...

Vêm-se- às ceguinhas, queria dizer.

zazie disse...

Ainda que também nem tenha vivido a falta de liberdade de expressão.

Era uma questão simbólica.

Mais outra. Fingia-se que não havia e a gente acreditava e exprimia e lia tudo o que era proibido.

A nossa ditadura foi muito engraçada- Até tinha eleições e tudo

ahahahahahah

zazie disse...

Era tudo a fingir para meter medo aos sacanas dos comunas.

Esses é que nunca fizeram nada a brincar.

zazie disse...

Ora, portanto, habituada a eleições que não serviam para mudar nada já eu estava.

Não precisava agora de fingir que ia à urna com esperança, né?

zazie disse...

Só vou à urna com gozo em referendo. Sempre para pôr NÃO.

E para dar voto ao Ribeiro Telles.

Anónimo disse...

O português anda a precisar de ser relembrado que ainda a maior parte das nações europeias andavam de cueiros e ao estaladão, já nós tínhamos as nossas fronteiras (fora o resto que os destruidores destruíram). Publique este mapa Joaquim! -- JRF

dragão disse...

O Pedro Arroja, se bem o entendo, e apesar dos naturais deslizes de quem vem das economias, aposta num Despotismo Esclarecido. Não é nenhuma utopia e é plenamente defensável. Até porque já foi experimentado. Por exemplo, durante as monarquias absolutas - em França, com Mazarin e Richelieu; e em Portugal, onde a coisa aterra sempre uns tempos depois, com o Marquês de Pombal. Agora a piada da monarquia absolutista também é essa: o verdadeiro tirano acaba por ser o Primeiro-Ministro. Ou seja, dado que o rei anda muito ocupado a desempenhar o papel do papa (Arroja dixit), o primeiro-ministro vê-se forçado a desempenhar o papel do rei. O resultado disto já todos sabemos qual foi. Ou não?

PS: todavia eu não desgosto do Despotismo Esclarecido (até já escrevi sobre isto). Mas com uma condição: desde que o Déspota seja eu.
E segundo as categorias do exmº Prof. Pedro Arroja até sou o tipo que reúne as melhores condições para o cargo: existe alguém mais impopular que eu na blogosfera?

zazie disse...

ahahahahaha

Anónimo disse...

É pá, tu és dos mais populares. Recebes dos mais rasgados elogios.

Além do mais desejas o poder. O poder absoluto só pode ser dado a alguém que não queira ter poder e só o use quando for mesmo necessário.

Situações de poder absoluto raramente resultaram. Em Portugal resultavam? Claro, rasgavam-se os contratos das energias renováveis (claramente lesivos para o estado) anulavam-se as PPP (idem), corrigiam-se abusos nos hospitais cometidos com a conivência dos diretores, corrigiam-se abusos nas baixas fraudulentas, corrigiam-se os valores de algumas reformas (basicamente os professores que se reformam com 52 anos e mais de 2500 euros mensais - um exército de dezenas de milhares nesta situação)... façam as contas e podem verificar que o défice que asfixia a economia nacional esfumava-se.

Camilo

dragão disse...

exmº cidadão Camilo,

e vossência, pela amostra, chegou agora de Marte.
Os elogios da Zazie, toda a gente sabe que não contam: eu pago-lhe para isso. Aliás, custa-me os olhos da cara, tanto que eu já mal vejo as letrinhas e só semeio gralhas por tudo quanto é sítio.

zazie disse...

":OP