Eu enganei-me a seu respeito, confesso. . Tinha-o como um neo-comunista, como quem diz, um liberal, mas a prova de que, afinal, estava enganado é precisamente a pouca relevancia que deu ao assunto Pingo Doce aqui nos seus prezados posts. . Tenho um defeito muito grande: mudo várias vezes de opinião acerca de várias coisas. Tenho para mim de que se a realidade muda, a forma de a perceber também deve mudar.
Olhe, o exemplo mais recente tem a ver com a moeda. Sempre fui partidário do EURO porque achava que a UE estava num caminho de convergencia politica, fiscal e economica. A realidade, afinal, não é essa; nesse sentido mudei de opinião, o Euro já não pode servir a estados que não se entendem. . Anyway, isto a proposito do Pingo Doce. Nunca me preocupa muito as iniciativas de uma empresa. Se faz descontos, se não faz... enfim, é lá com eles. A única objecção da minha parte a essas práticas seria se, uma dada empresa estivesse a práticar uma politica tendente a eliminar a concorrencia. Pois bem, não é o caso, existe alguma concorrencia com o mesmo nivel de quota de mercado da JM, cujo futuro não está colocado em causa por estes descontos. . Sendo assim, e apesar de achar que este tipo de descontos devem ser antecipaveis pelo mercado, como acontece nos paises menos africanizados, nos black friday amercianos e na inglaterra, considero que esta campanha do Pingo Doce não tem cariz empresarial, de mercado, mas sim politico. A escolha do 1º de Maio é prova cabal. . Ora bem, nós sabemos que existem datas ou feriados que são particularmente importantes para determinados grupos ou tendencias politicas; Olhe o 25 de Dezembro é importante para os Cristãos, porque nasceu o Mestre. O 25 de Abril e 1º de Maio também são importantes para porque representam o Trabalhador e a conquista da Liberdade etc que são fezadas que as esquerdas consideram. . Pois bem, escolher uma data destas para fazer (anti) politica não me parece coisa boa.
Nem concordo que se possa fazer esse tipo de campanhas no 25 de Dezembro, nem concordo que se faça no 1º de Maio ou 25 de Abril. Fazê-lo é uma forma despodurada de provocar a ira dos outros.
É uma tentativa de quebrar pela força (economica ou outra) a alma alheia, certa ou errada, não interessa.
Se o Modelo viesse a anunciar uma campanha para a Meia-noite da noite de Natal, pode crer que não gostava nada da iniciativa, porque iria mexer com suscepibilidades de pessoas que tem o direito de as ter intocáveis. Afinal de contas tambem vivemos de simbolos e rituais. . Quando lia estas noticias acerca do assunto, lembrei-me imediatamente dos meus livros de DON CAMILO e PEPPONI. Don camilo era uma padre católico e Pepponi uma comunista activista da aldeia, presidente da junta.
Pepponi usava os domingos, à hora da missa para fazer politica, com festarolas e tudo. E isso irritava solenemente DON Camilo que, meia volta, pegava no cajado e corria tudo à paulada. É claro, a guerra entre os dois nunca acabava. Pepponi esperava momentos certos para reagir e Don camilo para contraatacar. . A Blogosfera, mormente os neo-comunistas dos blasfémias, regozijam com a campanha do Pingo Doce. Mas não é pela campanha em si, mas sim pelo que ela representa no dia em que é e, sobretudo, por fazerem questão em humilhar e subjugar os comunistas classicos.
Mas sabe, sempre admirei o sô Santos da JM. Um senhor empresário e filantropo também. Mas não gosto nada quando os empresários ostentam o poder economico que tem para fins ideologico-politicos. De um lado e do outro.
Além dos outros accionistas da JM não terem gostado nada da brincadeira, não querem lutas politicas, porque o seu negócio não é politica, mas empresarial, nem tampouco querem entrar em guerra de preços com a Sonae. . O sô Santos tem 12 feriados para escolher fazer uma campanha. Se tivesse escolhido um feriado sem importancia teria os mesmissimos resultados empresariais. As massas ocorreriam na mesma. Mas não tinha a vitória, balofa, politico-ideologica. . Não gosto nada deste ambiente. É um ambiente eplosivo.
As massas vão ao supermercado aos descontos com de repente incendeiam aquilo tudo.
O sô Santos deu o mote. A neo-esquerda liberal aplaude, a esquerda classica promete vingança.
Para quê?
Para dizer yeess pusemos os comunas sindicalistas de joelhos?
Há cinco familias apenas em portugal, com distinta riqueza e sabedoria que nunca fariam isto. Eles sabem, souberam, o que lhes custou reganhar o que perderam...
3 comentários:
Meu caro Joachim,
Eu enganei-me a seu respeito, confesso.
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Tinha-o como um neo-comunista, como quem diz, um liberal, mas a prova de que, afinal, estava enganado é precisamente a pouca relevancia que deu ao assunto Pingo Doce aqui nos seus prezados posts.
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Tenho um defeito muito grande: mudo várias vezes de opinião acerca de várias coisas. Tenho para mim de que se a realidade muda, a forma de a perceber também deve mudar.
Olhe, o exemplo mais recente tem a ver com a moeda. Sempre fui partidário do EURO porque achava que a UE estava num caminho de convergencia politica, fiscal e economica. A realidade, afinal, não é essa; nesse sentido mudei de opinião, o Euro já não pode servir a estados que não se entendem.
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Anyway, isto a proposito do Pingo Doce. Nunca me preocupa muito as iniciativas de uma empresa. Se faz descontos, se não faz... enfim, é lá com eles. A única objecção da minha parte a essas práticas seria se, uma dada empresa estivesse a práticar uma politica tendente a eliminar a concorrencia. Pois bem, não é o caso, existe alguma concorrencia com o mesmo nivel de quota de mercado da JM, cujo futuro não está colocado em causa por estes descontos.
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Sendo assim, e apesar de achar que este tipo de descontos devem ser antecipaveis pelo mercado, como acontece nos paises menos africanizados, nos black friday amercianos e na inglaterra, considero que esta campanha do Pingo Doce não tem cariz empresarial, de mercado, mas sim politico. A escolha do 1º de Maio é prova cabal.
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Ora bem, nós sabemos que existem datas ou feriados que são particularmente importantes para determinados grupos ou tendencias politicas; Olhe o 25 de Dezembro é importante para os Cristãos, porque nasceu o Mestre. O 25 de Abril e 1º de Maio também são importantes para porque representam o Trabalhador e a conquista da Liberdade etc que são fezadas que as esquerdas consideram.
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Pois bem, escolher uma data destas para fazer (anti) politica não me parece coisa boa.
Nem concordo que se possa fazer esse tipo de campanhas no 25 de Dezembro, nem concordo que se faça no 1º de Maio ou 25 de Abril. Fazê-lo é uma forma despodurada de provocar a ira dos outros.
É uma tentativa de quebrar pela força (economica ou outra) a alma alheia, certa ou errada, não interessa.
Se o Modelo viesse a anunciar uma campanha para a Meia-noite da noite de Natal, pode crer que não gostava nada da iniciativa, porque iria mexer com suscepibilidades de pessoas que tem o direito de as ter intocáveis. Afinal de contas tambem vivemos de simbolos e rituais.
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Quando lia estas noticias acerca do assunto, lembrei-me imediatamente dos meus livros de DON CAMILO e PEPPONI. Don camilo era uma padre católico e Pepponi uma comunista activista da aldeia, presidente da junta.
Pepponi usava os domingos, à hora da missa para fazer politica, com festarolas e tudo. E isso irritava solenemente DON Camilo que, meia volta, pegava no cajado e corria tudo à paulada. É claro, a guerra entre os dois nunca acabava. Pepponi esperava momentos certos para reagir e Don camilo para contraatacar.
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A Blogosfera, mormente os neo-comunistas dos blasfémias, regozijam com a campanha do Pingo Doce. Mas não é pela campanha em si, mas sim pelo que ela representa no dia em que é e, sobretudo, por fazerem questão em humilhar e subjugar os comunistas classicos.
É claro que não perdem pela demora...
Rb
Mas sabe, sempre admirei o sô Santos da JM. Um senhor empresário e filantropo também. Mas não gosto nada quando os empresários ostentam o poder economico que tem para fins ideologico-politicos. De um lado e do outro.
Além dos outros accionistas da JM não terem gostado nada da brincadeira, não querem lutas politicas, porque o seu negócio não é politica, mas empresarial, nem tampouco querem entrar em guerra de preços com a Sonae.
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O sô Santos tem 12 feriados para escolher fazer uma campanha. Se tivesse escolhido um feriado sem importancia teria os mesmissimos resultados empresariais. As massas ocorreriam na mesma. Mas não tinha a vitória, balofa, politico-ideologica.
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Não gosto nada deste ambiente. É um ambiente eplosivo.
As massas vão ao supermercado aos descontos com de repente incendeiam aquilo tudo.
O sô Santos deu o mote. A neo-esquerda liberal aplaude, a esquerda classica promete vingança.
Para quê?
Para dizer yeess pusemos os comunas sindicalistas de joelhos?
Há cinco familias apenas em portugal, com distinta riqueza e sabedoria que nunca fariam isto. Eles sabem, souberam, o que lhes custou reganhar o que perderam...
Rb
Bom comentário Ricciardi.
O sr. Santos tem dias. É para o que lhe dá.
Eu preferia uma promoção, como canta a música, o ano inteiro. Uma via equilibrada.
http://www.ionline.pt/mundo/carrefour-deixa-cobrar-iva-clientes-mais-65-anos
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